NOTÍCIAS IMPORTANTES DE 2009




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Solidariedade ao Movimento Tamoio


Por Santuário dos Pajés 19/12/2009 às 16:25

fonte: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2009/12/461304.shtml

Todo apoio dos Grandes Pajés, guerreiros de nossa ameríndia terra ancestral.

A Comunidade Indígena Tapuya da Terra Indígena Santuário Sagrado dos Pajés em Brasília e a Associação Cultural Povos Indígenas (ACPI) do Santuário dos Pajés repúdiamos o atentado sofrido pelos nossos irmãos indígenas no Museu do Indio no Maracanã no Rio de Janeiro na madrugada desse sábado dia 19 de dezembro e nos solidarizamos com a luta de resistência do Movimento Tamoio de Defesa desse Patrimônio Indígena na nossa eterna capital Tupinambá.



A reocupação Tribal do espaço do Museo do Índio no Maracanã e sua destinação indígena para fortalecer os laços de identidade indígena e étnica e a valorização de nossa Tradição e Cultura pelo próprio movimento indígena autonônomo e tribal é um grande exemplo do Altaneiro Espírito das Sementes Ancestrais de nossos maiores guerreiros e guerreiras, uma luz que desperta nossa profunda ligação com essa terra..



Todo a moléstia anti-indígena que asssola o Brasil procurou destruir sistematicamente nossos territórios, nossa tradição, cultura e a desindianização de nossa alma ancetral sustentado com o apoio patrimonialista do Estado brasileiro e com o racismo da subcultura colonial ocidental luso-brasileira em terras ameríndias deve ser denunciado e combatido com a força de nossa Tradição Viva e o aparo da Constituição Federal que lutamos para conquistar a duras penas.



É fato sabido que os maiores golpes e ataques aos povos e comunidades indígenas e suas terras ocorrem justo no período entre dezembro até fevereiro, período que se encontra em recesso as autoridades e os Poderes Públicos. Não é de estranhar essa sistematicidade de violações aos povos indígenas nesse período em que a "cultura do papai noel" está envenenada e embreagada com o glamour do consumo que esses ataques ocorram contra nosso patrimônio indígena. Fiquemos atentos e de alerta em todos os espaços indígenas, terras, territórios e locais de destinação indígena, pois a insana "tradição" luso brasileira vive de queimar indios, malocas, tribos e aldeias durante esses 510 de invasão. Não esqueçamos de nosso parente Galdino Pataxó que foi vitimado por incêncio criminoso na capital do Brasil!! E nosso cacique Kachaipina Korubo que está a 8 meses desaparecido do Santuário dos Pajés depois de sistemáticas ameaças de morte e perseguição por lutar peloa terra e a biodiversidade tribal!!



Todo apoio dos Grandes Pajés, guerreiros de nossa ameríndia terra ancestral. E Já Basta de especuladores corruptos que visam construir shopings e bairros burgueses e o império da destruição, da ignorância e da exploração!

Que a Justiça Iluminada do Grande Espírito Tupã, Maíre Moñan, Grande Sol da linha da Justiça, da Verdade e da Imortalidade do Espírito Índio proteja nossos irmãos do Museu do índio dando força e paz. O Santuário dos Pajés está de pé também nessa luta por Autonomia e Terra e Liberdade aos nossos povos históricos originários com nossos irmãos do Museu do Indio no Maracanã



!!O Museo do Índio do Maracanã Não Se Move!!

!!O Santuário dos Pajés Não Se Move!!

!!Demarcação Já: Santuário dos Pajés!!

!!AyaAya!!

!!Cauiré Imana!!





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qua  9 dez  2009

[Dinamarca] “O único caminho para longe da catástrofe ecológica é destruir o capitalismo”




Créditos de Carbono



A COP15, 15ª Conferência das Partes, realizada pela UNFCCC – Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, de 7 a 18 de dezembro deste ano, em Copenhague, irá apresentar os mercados de créditos de carbono como a solução para as mudanças climáticas, expandindo o capitalismo à mais alta atmosfera. Mercados negociam produtos por lucro, não para preencher as necessidades humanas – menos ainda para “salvar o planeta”. Emissões de carbono deveriam supostamente diminuir, por mérito da negociação de carbono no mercado, mas a sacanagem é que ninguém sabe como valorar eqüitativamente um dólar à uma molécula de carbono. Assim como os mercados financeiros, mercados de carbono são um terreno para fraudes e especulações ferozes, seguidos por um “crack” do acúmulo, tanto financeira quanto ecologicamente.



O problema não é o mercado de créditos de carbono: o problema é o mercado em si.



Mercados existem apenas para comprar e vender, na base do lucro, e diretamente impulsionam a produção de cada vez mais mercadorias. O crescimento impiedoso dessa produção devora o nosso mundo limitado, liberando inevitavelmente mais carbono no processo. O capitalismo inexoravelmente leva à uma crise ecológica global. Se não for a atmosfera, será a extinção dos peixes, o desaparecimento das abelhas, esgotamento do solo; e terras produtivas transformando-se em deserto.



A única maneira de parar uma catástrofe ecológica é a sabotagem da produção capitalista e a comunalização do dia-a-dia. Não há espaço para mentirmos para nós mesmos com sonhos doces de mercados de carbono. Não podemos pagar para sair dessa confusão. Queimar uma revenda de carros em sinal de resistência é mais sustentável ecologicamente que o comércio de carbono. A sustentabilidade real na Cúpula do Clima da COP15 precisa de uma espécie diferente de crédito de carbono.



Combustíveis Alternativos



Na aurora da era do capitalismo verde, onde contar partes de carbono por milhão é a nova frivolidade do ambientalismo, combustíveis fósseis ganharam uma má reputação, e com razão. Mas quais são as alternativas apresentadas pelas corporações de energia globais e os governos que fazem suas licitações?



Carvão é relançado como “carvão limpo” e a energia nuclear é empurrada como uma alternativa à energia poluente; uma ironia doentia. A retórica é transparente, mas existem novos truques no estoque. Um dos mais perversos são os biocombustíveis.



A COP15 irá lançar na roda os combustíveis “alternativos”, como aqueles derivados de “biomassa”, de partes de plantas, animais e microorganismos. Porém, esses biocombustíveis são apenas uma outra roupagem para os métodos de recombinação de DNA, dos mesmos biotécnicos que trouxeram a nós as comidas alteradas geneticamente, somente camuflados com a mortalha do verde da natureza. Com a rejeição global aos alimentos transgênicos, um novo mercado é necessário para décadas de um investimento falido. O capitalismo verde é esse novo mercado. O lançamento dos organismos transgênicos do ambientalismo global agrada mais ao paladar, pois biocombustíveis não serão ingeridos por seres humanos – afinal de contas, nada deve ficar no caminho de “parar as mudanças climáticas”. Como se ecossistemas fossem receptivos a comandos e controles.



As especulações de mercado, associadas ao cultivo de biocombustíveis já causaram saltos devastadores nos preços de alimentos, resultando em manifestações ao redor do mundo. Economistas e financistas estão inventando idéias no sentido de trocar a produção de alimentos para combustíveis em terras ainda cultiváveis ao sul do globo, aprofundando o deslocamento das pessoas para o pesadelo neoliberal. Pessoas têm fome, não porque não há comida suficiente, mas porque o mercado está evitando que elas se alimentem.



Não existem combustíveis alternativos sob o capitalismo. Redes locais e descentralizadas de produção de energia autônomas nunca serão compatíveis com os sistemas existentes de distribuição de combustíveis líquidos – sejam biocombustíveis ou fósseis. A única alternativa e o único caminho para longe da catástrofe ecológica é destruir o capitalismo e sua solução falsa: a Cúpula do Clima da COP15.



Energia Sustentável



A idéia da COP15 de energia sustentável simplesmente não funciona. Qualquer um com uma calculadora pode determinar que manter o padrão de vida de um indivíduo burguês, e querer propiciar o mesmo padrão para o resto do mundo é matematicamente impossível.



Eólica, geotérmicas, energia das ondas, etc., etc... Essas energias sustentáveis, mesmo que exploradas ao máximo através das expansões propostas, não conseguem cobrir nem mesmo um terço do consumo atual. Construir essas estruturas em uma escala global demandaria um gasto enorme de combustível fóssil e de recursos naturais raros. Qualquer mudança aceitável para a “energia sustentável” implicaria em projetos loucos como fazendas solares massivas nos desertos, ou recomeçar a energia nuclear. Nos disseram que é isso ou continuar usando combustíveis fósseis. Não, obrigado; rejeitamos ambas as opções.



A fala dos novos tratados verdes, e de fazer o consumo individual mais eficiente, afasta uma questão central: há algo sustentável em um sistema econômico baseado num crescimento canceroso, dependente de transporte ilimitado e produção de energia centralizada, ou em suas soluções tecnológicas desesperadas para se salvar?



Quando o maior investimento em “energia sustentável” vem das maiores companhias petrolíferas sem interesse em descentralizar a produção energética, a neblina de CO2 à nossa frente desaparece.



Não precisamos de um climatologista para nos dizer para onde o vento sopra. Mais do que energia sustentável, é preciso sustentar o mundo. O necessário hoje é energia revolucionária. Não uma revolução tecnológica, mas social para um planeta, que tornaria desnecessária toda a fé cega em dispositivos industriais.



Poder ao povo!


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08 dez 2009

Novos confrontos na Grécia




Novos confrontos entre a polícia e centenas de jovens registraram-se hoje (7) em Atenas na manifestação de estudantes em memória de Alexis Grigoropoulos morto há um ano por um polícia.



Jovens mascarados lançaram pedras contra várias lojas burguesas, agências bancárias e contra a polícia anti-distúrbios, que respondeu lançando gás lacrimogêneo e balas de borracha.



Os confrontos de hoje ocorreram no curso de uma manifestação que juntou milhares de pessoas, na sua maioria alunos do secundário, no centro de Atenas.



Várias dezenas de jovens que seguiam na "rabeira" da manifestação lançaram pedras, coquetéis molotov e foguetes contra a polícia anti-distúrbios e romperam vidros de paradas de ônibus, cabines telefônicas, bancos 24 horas, câmeras de vigilância, incendiaram caixotes de lixo e queimaram alguns dos carros de luxo que foram encontrando pelo caminho.



O centro de Atenas estava tomado de pichações e cartazes antimilitaristas, anticapitalistas, antipolíticos e contra a miséria do trabalho.



Primeiramente cerca de 6000 polícias foram destacados desde domingo em Atenas para tentar impedir a repetição dos protestos do ano passado na capital grega, mas o novo governo “socialista” reforçou o policiamento nas ruas da cidade com mais 4000 policiais.



Numa outra manifestação, com aproximadamente 10000 pessoas, principalmente estudantes do secundário, realizada em Tessalônica, no norte do país, registraram-se também confrontos com a polícia, que lançou gás lacrimogêneo para dispersar grupos que lançavam pedras e outros objetos.



Depois da manifestação, uma assembléia dos estudantes foi esquematizada na Universidade Politécnica. Mas as forças especiais da polícia entraram pela terceira vez na universidade lançando gases químicos para desocupar o prédio e prender os manifestantes. A intenção da polícia era matar ou ferir gravemente alguém.



Na Grécia a polícia está proibida de entrar nas universidades por causa do direito de asilo estudantil que foi criado em 1973, quando os militares entraram na Escola Politécnica de Atenas e mataram dezenas de estudantes. Estes protestavam contra a junta militar que governou o país entre 1967 e 1974, a ditadura conhecida por "regime dos coronéis".



Outras cidades gregas menores também organizaram protestos hoje como parte do aniversário de um ano da morte do jovem Alexis Grigoropoulos.



As várias ocupações de instituições públicas e de ensino em homenagem a Alexis devem ser finalizadas ainda hoje. Nas ocupações eram organizadas várias atividades culturais, desde concertos até exposições fotográficas da rebelião de Dezembro de 2008.



Estes últimos dias muitos prisioneiros gregos realizaram uma greve de fome parcial em protesto contra a violência policial e em memória de Alexis.



Os números da polícia indicam que nos últimos dias 823 pessoas foram detidas por desordem pública em conexão com as manifestações. Mas estes números podem ser maiores. A maioria dos presos já foram soltos. Pelo menos 159 responderão processos judiciais.



Analistas políticos gregos avaliam que o “6 de dezembro” se tornou um novo “17 de novembro” das novas gerações de estudantes do país, que tradicionalmente celebram nesta data o aniversário das revoltas estudantis contidas com violência na Universidade Politécnica de Atenas em 1973.



O CMI Atenas continua com problemas, mas na página central há vários vídeos e fotos dos protestos em toda a Grécia, alguns explicitam a violência policial, que alguns avaliam como mais brutal que no dezembro de 2008.

Solidariedade sem fronteiras




Em Luxemburgo, na capital do mesmo nome, aconteceu uma manifestação não autorizada contra a repressão e a violência policial, bem como em memória de Alexis Grigoropoulos e todas as vítimas do capitalismo. "Sem justiça não há paz, lute contra a polícia", "Polícia Assassina", foram alguns slogans gritados no protesto. Alguns fogos de artifício foram utilizados no ato. A manifestação foi acossada pela polícia, mas ninguém foi ferido ou preso.



Também ocorreram manifestações de solidariedade em Boston, nos Estados Unidos, Madri, na Espanha, Hamburgo e Düsseldorf, na Alemanha e Perugia, na Itália.








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seg , 07 dez  2009

Anarquistas atacam delegacias e escritórios políticos na Alemanha




[Ataques anarquistas em delegacias e escritórios políticos em Berlim e Hamburgo durante a noite de quinta-feira foram “uma declaração de guerra contra a polícia e o Estado", segundo declarações de autoridades alemãs.]



Várias dependências do Escritório Federal de Investigação Criminal da polícia e da alfândega em Hamburgo e Berlim foram alvo ontem (3) à noite de ataques com coquetéis molotov, bombas de tinta e pedras.



Em Hamburgo, os incidentes ocorreram no bairro de Schanzenviertel, que no passado viveu repetidamente distúrbios protagonizados por grupos da esquerda radical. Cerca de dez pessoas mascaradas atacaram uma delegacia com pedras e atearam fogo a dois carros da polícia. Foram ainda registrados alguns confrontos entre os anarquitas e policiais. No bairro de Hammerbrook, um grupo pôs fogo a dois veículos da alfândega.



Já em Berlim, coquetéis molotov foram atirados contra uma sede do Escritório Federal de Investigação Criminal.



Já nesta sexta-feira (4), à tarde, também foram atacadas três árvores de Natal com bombas de tinta. Ao mesmo tempo, as sedes de um partido de centro-esquerda social-democrata e outro de conservadores democratas-cristãos, igualmente foram vandalizados com pichações anti-guerra.



Ninguém ficou ferido em nenhum dos ataques, que as autoridades avaliaram como “sinal de uma escalada da nova espiral de violência anarquista". Também disseram que "esta é uma declaração de guerra contra a polícia e o Estado."



Um comunicado libertário enviado por e-mail para parlamentares alemães, explicou que os ataques da quinta-feira em Berlim foram uma resposta a votação no Bundestag, câmara baixa do Parlamento alemão, que aprovou à solicitação do governo de elevar de 3,5 mil para 4,5 mil soldados o contingente alemão no contingente da Isaf (forças da Otan no Afeganistão), bem como de prorrogar a missão do Bundeswehr, pela primeira vez, por outros 14 em vez de 12 meses. O comunicado acusava os políticos de serem belicistas, e terminava com a frase, "Não há lugar seguro [na Alemanha]!".



Alguns dos outros ataques foram assumidos por um grupo chamado "Alexis Grigoropoulos", em alusão ao jovem libertário grego assassinado pela polícia em 6 de dezembro de 2008, em Atenas.



Em 2009, cerca de 200 carros de luxo foram queimados pelos chamados autônomos em Berlim. Este número mais que dobrou desde o ano passado, quando 72 carros foram alvejados. Já em Hamburgo,150 carros foram queimados. Em outras cidades alemãs também há registros de ataques semelhantes.



No dia 16 de novembro um anarquista foi preso em Berlim, acusado de ser um dos responsáveis pelos ataques incendiários aos automóveis de luxo.



A cena autônoma em Berlim e Hamburgo vem crescendo nos últimos anos, e é comum nestas cidades registros de confrontos com a polícia durante manifestações e contra grupos neo-nazistas, além de danos à propriedade associados com sentimentos anti-gentrificação, anti-militaristas, anti-repressão.




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seg , 07 dez  2009

Manifestações e repressão policial na Grécia




Milhares de pessoas fizeram manifestações nas ruas de Atenas hoje (6) para lembrar o assassinato há um ano do adolescente Alexis Grigoropoulos por um polícia, o que causou um grande distúrbio. Estima-se que 15.000 pessoas participram dos protestos na capital grega.



Polícia e manifestantes envolveram-se em duros confrontos. Os agentes policiais recorreram a gás lacrimogêneo e cassetetes para dispersar os populares revoltosos. Várias pessoas saíram feridas, incluído policiais. Pelo menos três pessoas foram atropeladas de propósito por policiais de motocicleta na manifestação. Uma mulher está em estado crítico. Atenas tá tomada de policiais.



Jovens encapuzados destruíram lojas, carros, caixotes do lixo foram incendiados e viaturas policiais. Pelo menos 150 manifestantes foram presos, incluindo espanhóis, italianos e albaneses.



Segundo a mídia ateniense, mais de 150 anarquistas vieram de outros países europeus para participar das manifestações.



Em Tessalônica, milhares de pessoas participaram da passeata. Os manifestantes lançaram coquetéis molotov contra a polícia e destruíram a fachada de um café Starbucks e agências bancárias. 80 pessoas foram detidas.



Também foram registrados incidentes em Corinto e na ilha de Creta, quando grupos anarquistas se envolveram em confrontos com efetivos da polícia, a quem arremessaram bombas incendiárias. Outras cidades gregas também realizaram protestos que evocam a morte de Alexis.



Na manhã do domingo foi celebrada uma missa pela morte de Grigoropulos, no cemitério do bairro ateniense de Nea Smirni, com a presença da família e de um pequeno circulo de amigos.



Ontem (5), anarquistas e anti-autoritários ocuparam o mais antigo cinema da cidade, o Olympion, que é um símbolo de prosperidade, no ponto mais central da principal avenida da cidade. Eles anunciaram que a ocupação vai durar até segunda-feira. Subiu as ocupações de universidades em todo o país, de 40 para 50. Centenas de escolas continuam ocupadas.



Informes indicam que o servidor do CMI Atenas está sob ataque e/ou está sendo bloqueado.














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03/12/2009




Vitória: o slogan “Sorocaba sem Rodeio” vira realidade!


Nascido no Fórum sobre os Direitos dos Animais, realizado em agosto último, na Câmara Municipal de Sorocaba, o Movimento Sorocaba Sem Rodeio comemorou na manhã de hoje, a sua grande vitória. Seu slogan virou realidade.


Incorporando o texto do projeto de lei de iniciativa popular que os ativistas do movimento elaboraram, a Câmara de Vereadores aprovou, sob aplausos de dezenas de representantes do movimento, a proibição da realização de provas de rodeio no município.



Apesar do grupo ter, inicialmente, optado pela "iniciativa popular" que, em Sorocaba, significaria, na prática, buscar o apoio firmado de cerca de 20 mil eleitores(as, ) as lideranças do grupo comemoraram.



Gabriel Bitencourt, um dos coordenadores do movimento afirma que o grupo, através da iniciativa popular, buscava, também, abrir o debate na sociedade sobre os Direitos dos Animais, contudo, entende que o objetivo central foi atingido, através do projeto de lei do vereador Irineu Toledo.





A partir de agora um outro movimento criado, e que aglutina Organizações não-governamentais e ativistas – o Movimento em Defesa dos Direitos dos Animais - irá se debruçar sobre outras bandeiras de luta de relevância para a causa.



O INR parabeniza a todos os ativistas envolvidos e comemora mais esta

conquista para os animais.



Para receber este informativo, escreva para

institutoninarosa- subscribe@ yahoogrupos. com.br



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TEMAS PRA DISCUTIR NA FACULDADE :


# O MITO DO INDIVÍDUO PERIGOSO --- Esse assunto foi elucidado por Foulcault

Ele fala sobre o seguinte :

Grupos com poder e intere$$e específico

Usando seus meios de comunicação

>>> Cria estereótipos de personalidades <<<

pra querer/tentar/poder justificar suas ideologias

e manter seus sistemas ,

garantir a eficácia de seu$ mecani$mo$ de controle ,

que não tem como função a proteção , a harmonia

>>> MAS SIM A PERMANÊNCIA DE ESTRUTURA$ DESIGUAI$ <<<

Isso foi praticado no Brasil , na época da ditadura militar

Os estudos e aprofundamentos vão falar

DA EVOLUÇÃO DESSAS PRÁTICAS NA HISTÓRIA

ONDE ELAS ESTÃO INSERIDAS HOJE , NA ATUALIDADE

QUEM AS DEFENDE ,

QUEM AS PRATÍCA

>>> E COM QUE INTERESSE <<<<





# o mito do indivíduo perigoso também da margem pra vários outros cerceamentos

# Criando a falsa idéia de que é perigoso , inventam automaticamente motivos pra

# isolamento

# embargo econômico

# E há também , como já vimos no passado

# A invenção , criação , reprodução de realidades

# Que o levam e o obrigam a tomar atitudes que desperte insegurança

# Em resumo seria , em uma comparação imprecisa e simbólica : AMARRAR UM CACHORRO , TRATÁ-LO COM VIOLÊNCIA E AINDA EXIGIR QUE SEJA DÓCIL .



# DO PONTO DE VISTA LIBERTÁRIO ESSA TESE ESTÁ 100 % COMPROVADA

E ESTAMOS ABERTOS PARA RECEBER CRÍTICAS E CONTRA ARGUMENTOS SOBRE ÉLA .


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FABRICIO LOPES DO AMARAL


Em breve estará lançando seu livro :

- COMO IDENTIFICAR FASCISTAS CAMUFLADOS .

O livro é um estudo aprofundado sobre organizações fascistas em geral , e foca principalmente na questão da mutação que essa ideologia sofre pra poder continuar existindo sem ser combatida .



A publicação terá o apoio do MOVIMENTO ANARCOPUNK e de toda comunidade antifascista .

Não existe data exata prevista pro lançamento , devido o documento ainda estar passando por atualizações .


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O MAP –SP - Movimento Anarcopunk de São Paulo faz evento com torcida de futebol ( GAVIÕES DA FIEL ) . Porque eu não divulgaria sambistas no meu blog Internacional Anarcopunk do interior ???? Eu gosto de Samba . Sambistas como Zé Kéti já faziam protesto desde 1956 , quando o punk ainda não existia no mundo ( pelo menos com esse nome e ideologia não ) .


VOU DIVULGAR SIM , MAS SÓ COISA DELICIÓÓÓÓSA MESMO , TIPO :

ADRIANA MOREIRA .

Adriana Moreira é cantora paulistana.Teve o primeiro contato com a música - especialmente o samba - ainda criança na Escola de Samba Camisa Verde e Branco, onde foi praticamente criada. Sua primeira experiência com a música, mais especificamente como cantora veio a acontecer em 1996 participando com a “Orquestra Paulista de Samba” da gravação do disco “O Cúmulo do Samba” do compositor Carlinhos Vergueiro. Em seguida integrou o núcleo de músicos e compositores que constituiu o Mutirão do Samba (1997 – 1999), movimento deflagrador de uma série de outras iniciativas notadamente o Samba da Vela, de Santo Amaro; e o Projeto Nosso Samba, de Osasco. Decididamente a seguir carreira como cantora, Adriana começou a estudar. Em 1997 entrou na Universidade Livre de Música (ULM). Nesse mesmo ano subiu ao palco pela primeira vez em um show com o Trio Bequadro e Mutirão do Samba no Café Piu - Piu em São Paulo. No ano de 1998 participou do show “Pra quem teve paciência” do compositor e cineasta Kiko Dinucci onde se destacou. Depois em Julho do ano de 1999 participou com o coral de estudantes da ULM e Orquestra Jazz Sinfônica, da inauguração da Sala São Paulo. Em 1999 começou a trabalhar com teatro junto a Companhia Incomodada e integrou o Projeto Samba da Benção apresentado no teatro Artur de Azevedo sob direção de Zé Celso Martinez, e depois a série de shows intitulada Mpbar apresentado no Teatro Folha. Trabalhou como backing vocal até 2002, neste período esteve ao lado de vários sambistas, dentre eles: Dona Ivone Lara, Monarco, Walter Alfaiate, Jorge Simas, Almir Guineto, Nelson Rufino, Luis Carlos da Vila e Wilson das Neves. No final do ano de 1999 Adriana conheceu a obra do baiano Batatinha – falecido em 1997 - e se interessou muito, começando um trabalho de pesquisa sobre a obra do compositor. De 2000 á 2002, Adriana Moreira, agora se dedicando a carreira solo, apresentou - se na noite paulistana no tradicionalíssimo Bar Brahma ao lado do pianista Ary Costa e do Sambista Carlinhos do Cavaco, e também fez shows baseado no repertório do baiano Batatinha no Sesc Itaquera e Sesc Santo André. No ano de 2003 participou do projeto Ilustre e Desconhecido no Sesc Pompéia como cantora e também idealizadora do grande show em homenagem ao compositor Batatinha com participações de seus parceiros Nelson Rufino, Walmir Lima, Edil Pacheco, Riachão e seu filho Jorge Penha. Nesta ocasião recebeu da família de Batatinha seu acervo de fotos e toda o obra inédita do compositor. Tendo em mãos tal preciosidade, resolveu gravar seu primeiro cd só com musicas de Batatinha. Em 2004 faz um show no Sesc Vila Mariana “As musicas de Baden e Vinícius”. Em meio as gravações de seu primeiro disco já em 2005, Adriana Moreira concorreu ao prêmio de melhor intérprete do Festival Cultura – A Nova Musica do Brasil. Defendo, das eliminatórias até a finalíssima, a música Lama do talentoso compositor Douglas Germano. No começo do ano de 2006 participou do show “Na cadência paulista do samba”, cinco espetáculos que reuniram artistas consagrados como Márcia, Jair Rodrigues, Paulo Vanzolini, Eduardo Gudin e caras novas do samba de São Paulo, na semana de aniversário da cidade. Ainda neste ano participou do novo cd do compositor paulistano Eduardo Gudin: Um jeito de fazer samba. Em Outubro lançou seu primeiro cd “Direito de Sambar – Adriana Moreira canta Batatinha (Oscar da Penha)”que tem direção musical de Edmilson Capelupi e arranjos, entre outros, de Eduardo Gudin. O cd foi lançado pela gravadora CPC – Umes, com dois espetáculos no Sesc Santana. Em Novembro se apresentou na Sala Funarte Sidney Miler no Rio de Janeiro, tendo a especialíssima participação de Carlinhos Vergueiro Em Junho de 2007 participou, ao lado de Vânia Bastos e Marilha Medalha, da inauguração do Centro Universitário de Cultura e Arte Gianfrancesco Guarnieri, com a peça Pontos de Partida – Tributo a Gianfrascesco Guarnieri sob direção de Heron Coelho. Ainda em 2007 Adriana Moreira deu continuidade a fase de lançamento de seu cd levando seu show Direito de Sambar ao interior paulista. Passou por Bauru, Araraquara, Sorocaba e Presidente Prudente. De Janeiro a Março de 2008 Adriana se dedicou também ao teatro e esteve em cartaz no SESC Paulista com a peça Calabar de Chico Buarque e Ruy Guerra dirigida por Heron Coelho. No mês de Junho Adriana esteve em temporada na Galeria Olido , apresentando no repertório musicas de seu cd Direito de Sambar e uma prévia de seu próximo cd. Em setembro de 2008 Adriana idealizou um belíssimo show: “Voz Irmã” com Carlinhos Vergueiro, Eduardo Gudin e Elton Medeiros que foi apresentado no SESC Pinheiros com concepção e direção dela própria. Em novembro de 2008 em comemoração ao 120 anos da abolição da escravatura e o dia da consciência negra Adriana Moreira apresentou o espetáculo Ta Layiá-Resistir com participações de João Borba e Nei Lopes, o show consistiu em mostrar alguns do variados ritmos afro-brasileiros. Neste ano de 2009 depois de ser convidada para cantar juntamente com seus respectivos interpretes nas duas mais tradicionais escolas de samba do carnaval brasileiro a Camisa Verde e Branco( sua escola do coração) e a Nenê da Vila Matilde, Adriana Moreira idealizou um grande show em homenagem as mulheres sambistas nesse mês de março. Nos dias 14 e 15 de Março no SESC Vila Mariana foi apresentado o espetáculo “Damas Bambas” Adriana Moreira, Fabiana Cozza, Gisa Nogueira e Dona Ivone Lara, um belíssimo show, emocionante. O repertório trazia a visão feminina nas musicas, lá estavam sambas de Gisa Nogueira como “Opção” gravada por Clara Nunes, sambas de Dona Ivone Lara, musicas gravadas por grandes cantoras como Elza Soares e Alaíde Costa respectivamente Pranto Livre(Everaldo/Dida) e Valha-me Deus (Baden Powell e Hermínio Bello de Carvalho). Atualmente Adriana Moreira esta em fase de concepção de seu novo cd previsto para ser lançado até o final deste ano de 2009.

( O TEXTO É ANTIGO , ELA JÁ DEVE TER LANÇADO ESSE CD , ALIÁS SE ALGUÉM QUISER ME DAR DE PRESENTE EU VOU ADORAR ) - BI .









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O BLOG CONTRACULTURA ANARCOPUNK INTERIOR -SP REGIÃO NOROESTE NÃO É RESPONSÁVEL PELAS INFORMAÇÕES DESSAS PÁGINAS  , SENDO APENAS UM CANAL QUE RECEBE E REPASSA ESSAS INFORMAÇÕES,  QUE SÃO ATUALIZADAS DE FORMA  APERIÓDICA .
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Thu, 29 Oct 2009 20:25:32

sede da FAG é invadida pela Polícia Civil, apreender am material


de propaganda e a CPU!!! Hoje a tarde!!! - FAVOR DIFUNDIR AS TRÊS NOTAS E

TRADUZIR

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3ª Nota



TODA A SOLIDARIEDADE PARA COM A FAG! ANTES A REPRESSÃO FOI CONTRA O SEM

TERRA ELTOM, HOJE É NA SEDE DA FAG, AMANHÃ QUEM SERÁ???







A REPRESSÃO DO GOVERNO YEDA FOI ALÉM DO ESPERADO. DOIS COMPAS FORAM

PROCESSADOS E RESPONDERAM A PROCESSO DE PARTE DE UM GOVERNO ACUSADO DE

DEZENAS DE CRIMES, E ALVO DE INVESTIGAÇÕES FEDERAIS EM SEQÜÊNCIA. ATÉ A

REPRESSÃO DO ESTADO LIBERAL-BURGUÊS VÊ A ESTA GESTÃO COMO ALEGANDO

INVESTIGAR UMA PROPAGANDA CONTRA A SUA GESTÃO, A POLÍCIA CIVIL DO RS

APREENDEU DOCUMENTOS INTERNOS DA FEDERAÇÃO ANARQUISTA GAÚCHA, INTIMOU

AQUELES QUE MESMO PRESTANDO APENAS A SUA SOLIDARIEDADE CONSTAVAM DE

REGISTROS DA PÁGINA DE INTERNET DA ORGANIZAÇÃO. NÃO BASTASSE A APREENSÃO DA

CPU E DO BACK UP DO COMPUTADOR, LEVARAM DOCUMENTOS INTERNOS (COMO ATA DE

REUNIÕES), MATERIAL DE PROPAGANDA PÚBLICO E ATÉ OS RESÍDUOS QUE ESTAVAM NA

LIXEIRA DA SEDE.



IMEDIATAMENTE A SOLIDARIEDADE DE CLASSE SE FEZ NOTAR, REPERCUTINDO NO RIO

GRANDE DO SUL, POR TODO O BRASIL, NA AMÉRICA LATINA E, A PARTIR DA ESPANHA,

POR ORGANIZAÇÕES ANARQUISTAS E MOVIMENTOS POPULARES DE TODO O MUNDO.




PEDIMOS A SOLIDARIEDADE DE COMPANHEIRAS E COMPANHEIROS PARA DIFUNDIREM E

TRADUZIREM ESTA TRÊS NOTAS EM SEQÜÊNCIA.



SOLIDARIAMENTE, FEDERAÇÃO ANARQUISTA GAÚCHA




WWW.VERMELHOENEGRO.ORG/FAG




_____





1ª nota



5ª, 29 de outubro de 2009, a partir das 16 hs







Solidariedade com a Federação Anarquista Gaúcha - FAG







Neste exato momento a Polícia Civil do RS sob o comando da governadora Yeda

Crusius promove diligência na sede da Federação Anarquista Gaúcha (FAG). O

mandado de segurança do governo busca apreender material de propaganda

política contra o governo acusado de corrupção. Os cartazes abordam o

empréstimo junto ao Banco Mundial e o assassinato do sem-terra Eltom Brum.

Este ato é pura provocação do Executivo gaúcho, atravessado por atos de

corrupção e situações até hoje sem explicação, como a morte de Marcelo

Cavalcante em fevereiro desse ano. Conclamamos as forças vivas da esquerda

gaúcha para reagirmos de forma unificada contra mais esse desmando.







Solidariamente, Federação Anarquista Gaúcha



www.vermelhoenegro.org/fag











2ª nota



Material de propaganda e CPU da FAG apreendidos

NESSE MOMENTO, 29 DE OUTUBRO 2009, 17.31 TEMOS COMPAS DEPONDO NA 17a DP,

LOCALIZADA NA RUA VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA, 1500, PERTO DA RODOVIÁRIA DE PORTO

ALEGRE. A POLÍCIA CIVIL APREENDEU MATERIAL IMPRESSO, CHAPAS DE CARTAZES E

INCLUSIVE A CPU DO COMPUTADOR DA SEDE. ISSO SE TRATA DE UMA CONSPIRAÇÃO

OFICIAL PARA ATACAR UMA DAS FORÇAS DA ESQUERDA NÃO PARLAMENTAR E COM BASE

SOCIAL REAL NO RS!



ERA DE SE ESPERAR UMA REAÇÃO COMO ESSA, EM FUNÇÃO DA FAG SEMPRE HAVER ATUADO

COM MODÉSTIA MAS TENACIDADE, SENDO DAS MAIS AGUERRIDAS EM TODAS AS

CIRCUNSTÂNCIAS NA DEFESA DOS INTERESSES E OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO POVO

GAÚCHO. VAMOS FAZER UMA DENÚNCIA PÚBLICA E PROVAR PARA AS CLASSES OPRIMIDAS

DO RS A NATUREZA DESSE ATAQUE VIL SOB ORDEM DE UM GOVERNO ACUSADO DOS MAIS

GRAVES CRIMES.



NÃO TÁ MORTO QUEM PELEIA!



FEDERAÇÃO ANARQUISTA GAÚCHA!









En este exacto momento la Polícia Civil de Río Grande do Sul sob o comando

da governadora Yeda Crusius promueve una diligencia en la sede da Federação

Anarquista Gaúcha (FAG). La orden de la seguridad del govierno busca

apropiarse de material de propaganda política contra este govierno acusado

de corrupción. Los carteles de la dirección del préstamo del Banco Mundial y

el asesinato del campesino sin tierra Eltom Brum. Este acto es pura

provocación del Ejecutivo gaucho, atravesado por actos de corrupción y las

situaciones hasta ahora inexplicables, como la muerte de Marcelo Cavalcante,

en febrero de este año. Hacemos un llamamiento a las fuerzas vivas de la

izquierda gaucha deja reaccionar de una manera más unificada en contra de

esta atrocidad.



Solidariamente, Federação Anarquista Gaúcha



www.vermelhoenegro.org/fa



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Enviadas: Ter, Outubro 13, 2009 7:36:26 PM


Assunto: Ações pela Libertação Animal e da Terra pelo mundo


Ações pela Libertação Animal e da Terra pelo mundo


[México] Ataque incendiário contra museu de caça Albarran em Guadalajara



Comunicado:



Na escuridão da noite de 8 de outubro, a nossa célula penetrou em uma das colônias mais luxuoso da nossa cidade onde se encontra um lugar que expõem cadáveres de animais como troféus, assassinados por um dos homens mais ricos de Guadalajara que pensa que pode abusar dos animais sem receber um merecido revide, e assim foi. Mais de 11 litros de gasolina arderam na fachada do lugar, e ainda deixamos uma mensagem: "respeite a vida selvagem animal e da terra - FLA". E escapulimos na escuridão como sombras.



Queremos esclarecer à imprensa e à polícia que o nosso grupo não é apenas um bando de "jovens" sem qualquer fundamento ideológico, nossos fundamentos se baseiam na liberdade e respeito por todos os seres que existem, por isso lutamos para abolir o antropocentrismo, culpado pelo assassinato da terra e pela dominação dos animais; ressaltamos que nossos ataques seguirão, e nossas ações serão cada vez mais eficazes.



Frente de Libertação Animal (Animal Liberation Front, ALF)



[Suécia] Visons liberados em Eksjo



A mídia informou que cerca de 1.000 visons foram liberados de suas gaiolas em uma fazenda em Eksjo, em 5 de outubro.



Tubulações de água e equipamentos agrícolas da fazenda também foram destruídos. Esta é a quarta vez que a fazenda é alvo de uma ação liberacionista, a mais recente foi levada a cabo em abril último.



O agricultor já anunciou que irá fechar a fazenda.



[Dinamarca] Mais de 10 mil visons liberados



A mídia dinamarquesa informou que mais de 10000 visons foram libertados das gaiolas de duas grandes fazendas de peles nesta semana. Durante a noite de 6 de outubro 6000 visons foram libertados de uma fazenda perto de Søndervig após as gaiolas serem abertas e os portões da propriedade destruídos. Em seguida, na madrugada do dia 9 de outubro, 5000 visões foram liberados de suas gaiolas em uma fazenda na cidade de Fousing.



[Reino Unido] Sabotagem contra carros de um circo



No norte de Londres, vários veículos do Zippos Circus foram arranhados e suas portas sabotadas (coladas) na noite de 4 de outubro, em nome da Frente de Libertação Animal (Animal Liberation Front, ALF). “Os animais não são propriedade do circo e pessoas compassivas não deixarão de realizar essas ações até que se acabe a escravidão.“



[Reino Unido] Peixe resgatado de um parque



Na sexta-feira, 3 de outubro, um peixe foi liberado de um stand de um parque de diversões onde estava a ser usado como um prêmio. Lá muitos peixes são tratados como brinquedos, em vez de indivíduos vivos, e estão todos em pequenos sacos de plástico, onde apenas conseguem dar uma volta ao seu redor. Depois de várias tentativas para matá-lo pelo pessoal do stand, o peixe foi alcançado e levado para uma casa onde ele está atualmente à espera de ser enviado para um lugar melhor.



Até que todos sejam livres!



[Itália] Visons são libertados em Castel di Sangro



130 visons foram liberados de uma pequena fazenda em Castel di Sangro, de propriedade de Raffaele D'Amico. Segundo a imprensa local, todas as gaiolas foram abertas, todos os cartões de reprodução (de identificação) foram destruídos e a sala de extermínio foi incendiada. Essa fazenda já tinha sido alvo do ataque da Frente de Libertação Animal (Animal Liberation Front, ALF) em 2003, e o agricultor está atualmente a ser julgado por agressão contra os ativistas da PETA (People for the Ethical Treatment of Animals - Pessoas pelo Tratamento Ético aos Animais) que organizaram uma manifestação junto com uma equipe de TV no interior da fazenda há alguns anos atrás.



[México] Sabotagem contra torre de telefone celular



Comunicado:



Na noite de 4 de outubro nós nos dirigimos para o matagal próximo do viaduto Atizapana, sobre a rodovia México-Toluca, no Estado do México; para sabotar uma das muitas propriedades da empresa destruidora Telmex, se tratava de uma grande torre de telefone celular que estava protegida por uma cerca de metal. O impacto ambiental de implantar uma torre como esta sobre a terra é indiscutivelmente prejudicial, uma vez que para introduzi-la sobre a natureza teve que ser cortado diferentes árvores onde viviam diversas espécies, contribuindo assim para que muitas das ondas magnéticas que emitem essas torres deixem a terra árida e seca.



Ao analisar esses efeitos e outras coisas, concluímos que a sabotagem contra este maquinário destruídor dos ecossistemas e que expande a civilização deve ser agora! Nós não vamos permitir que empresas como a Telmex continue com o seu luxo de andar transformando a terra em uma mercadoria para lucrar sem receber uma resposta vigorosa dos e das eco-radicais.



É por isso que nós montamos um dispositivo incendiário, com seis litros de gasolina; temos penetrado nesta propriedade “privada” destruindo suas cercas e pusemos tal dispositivo no alto dos cabos que conduziam os sinais telefonia. Como era esperado nosso presente funcionou bem, e o fogo destruiu completamente os cabos, além das caixas centrais que estavam abaixo da torre explodiram deixando a torre do nojento Carlos Slim inutilizada, causando prejuízos de milhares de pesos.



Frente de Libertação da Terra (Earth Liberation Front, ELF)



[Rússia] Ataque incendiário contra máquinas em Moscou



Comunicado:



Chegou a hora de dizermos: "Chega!"



Esta noite de 2 de outubro, proclamamo-la como o início da nossa luta, a luta da Frente de Libertação da Terra (Earth Liberation Front, ELF). Luta contra aqueles que, apesar dos protestos populares, destroem impiedosamente a Natureza para sacar as suas vantagens monetárias.



Desta vez, pagaram por seus atos, queimamos um trator e uma retroescavadeira que cavava uma trincheira ao longo da floresta Butovskiy para colocar uma tubulação de água quente para o edifício do Serviço de Inteligência. Com esse plano eles pretendem cortar 135 árvores e 268 arbustos. O Serviço de Inteligência quer exterminar a floresta, fato que vai piorar a situação ecológica no sul de Moscou.



Não ouviram (não queriam ouvir) a voz do povo, por isso nessa noite de 2 de outubro iluminamos o nosso caminho de casa queimando suas máquinas.



Queremos que este atuar seja um estímulo para mais ações audazes, contra aqueles que estão matando a terra.



Quando não ajuda a força da palavra, ajuda a força do fogo.



Madrugada de 3 de outubro...



Frente de Libertação da Terra (Earth Liberation Front, ELF)



agência de notícias anarquistas-ana



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DIREÇÃO NACIONAL DO MST



ESCLARECIMENTOS SOBRE OS ÚLTIMOS EPISÓDIOS VEICULADOS PELA MÍDIA





Diante dos últimos episódios que envolvem o MST e vêm repercutindo na

mídia, a direção nacional do MST vem a público se pronunciar.



1. A nossa luta é pela democratização da propriedade da terra, cada

vez mais concentrada em nosso país. O resultado do Censo de 2006,

divulgado na semana passada, revelou que o Brasil é o país com a maior

concentração da propriedade da terra do mundo. Menos de 15 mil

latifundiários detêm fazendas acima de 2,5 mil hectares e possuem 98

milhões de hectares. Cerca de 1% de todos os proprietários controla

46% das terras.



2. Há uma lei de Reforma Agrária para corrigir essa distorção

histórica. No entanto, as leis a favor do povo somente funcionam com

pressão popular. Fazemos pressão por meio da ocupação de latifúndios

improdutivos e grandes propriedades, que não cumprem a função social,

como determina a Constituição de 1988.



A Constituição Federal estabelece que devem ser desapropriadas

propriedades que estão abaixo da produtividade, não respeitam o

ambiente, não respeitam os direitos trabalhistas e são usadas para

contrabando ou cultivo de drogas.



3. Também ocupamos as fazendas que têm origem na grilagem de terras

públicas, como acontece, por exemplo, no Pontal do Paranapanema e em

Iaras (empresa Cutrale), no Pará (Banco Opportunity) e no sul da Bahia

(Veracel/Stora Enso). São áreas que pertencem à União e estão

indevidamente apropriadas por grandes empresas, enquanto se alega que

há falta de terras para assentar trabalhadores rurais sem terras.



4. Os inimigos da Reforma Agrária querem transformar os episódios que

aconteceram na fazenda grilada pela Cutrale para criminalizar o MST,

os movimentos sociais, impedir a Reforma Agrária e proteger os

interesses do agronegócio e dos que controlam a terra.



5. Somos contra a violência. Sabemos que a violência é a arma

utilizada sempre pelos opressores para manter seus privilégios. E,

principalmente, temos o maior respeito às famílias dos trabalhadores

das grandes fazendas quando fazemos as ocupações. Os trabalhadores

rurais são vítimas da violência. Nos últimos anos, já foram

assassinados mais de 1,6 mil companheiros e companheiras, e apenas 80

assassinos e mandantes chegaram aos tribunais. São raros aqueles que

tiveram alguma punição, reinando a

impunidade, como no caso do Massacre de Eldorado de Carajás.



6. As famílias acampadas recorreram à ação na Cutrale como última

alternativa para chamar a atenção da sociedade para o absurdo fato de

que umas das maiores empresas da agricultura - que controla 30% de

todo suco de laranja no mundo - se dedique a grilar terras. Já

havíamos ocupado a área diversas vezes nos últimos 10 anos, e a

população não tinha conhecimento desse crime cometido pela Cutrale.



7. Nós lamentamos muito quando acontecem desvios de conduta em

ocupações, que não representam a linha do movimento. Em geral, eles

têm acontecido por causa da infiltração dos inimigos da Reforma

Agrária, seja dos latifundiários ou da policia.



8. Os companheiros e companheiras do MST de São Paulo reafirmam que

não houve depredação nem furto por parte das famílias que ocuparam a

fazenda da Cutrale. Quando as famílias saíram da fazenda, não havia

ambiente de depredações, como foi apresentado na mídia. Representantes

das famílias que fizeram a ocupação foram impedidos de acompanhar a

entrada dos funcionários da fazenda e da PM, após a saída da área. O

que aconteceu desde a saída das famílias e a entrada da imprensa na

fazenda deve ser

investigado.



9. Há uma clara articulação entre os latifundiários, setores

conservadores do Poder Judiciário, serviços de inteligência,

parlamentares ruralistas e setores reacionários da imprensa brasileira

para atacar o MST e a Reforma Agrária. Não admitem o direito dos

pobres se organizarem e lutarem.



Em períodos eleitorais, essas articulações ganham mais força política,

como parte das táticas da direita para impedir as ações do governo a

favor da Reforma Agrária e "enquadrar" as candidaturas dentro dos seus

interesses de classe.



10. O MST luta há mais de 25 anos pela implantação de uma Reforma

Agrária popular e verdadeira. Obtivemos muitas vitórias: mais de 500

mil famílias de trabalhadores pobres do campo foram assentados.

Estamos acostumados a enfrentar as manipulações dos latifundiários e

de seus representantes na imprensa.



À sociedade, pedimos que não nos julgue pela versão apresentada pela

mídia. No Brasil, há um histórico de ruptura com a verdade e com a

ética pela grande mídia, para manipular os fatos, prejudicar os

trabalhadores e suas lutas e defender os interesses dos poderosos.



Apesar de todas as dificuldades, de nossos erros e acertos e,

principalmente, das artimanhas da burguesia, a sociedade brasileira

sabe que sem a Reforma Agrária será impossível corrigir as injustiças

sociais e as desigualdades no campo. De nossa parte, temos o

compromisso de seguir organizando os pobres do campo e fazendo

mobilizações e lutas pela realização dos direitos do povo à terra,

educação e dignidade.



São Paulo, 9 de outubro de 2009





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Fri, 9 Oct 2009 12:32:13

CAMPANHA : ANIMAL NÃO É BRINQUEDO












"Conheço inúmeras “pessoas” desprovidas do mínimo de consciência para saber que animais não são brinquedos, devem achar que eles não sentem fome, dor, frio, calor e/ou que não precisam de amor, carinho e atenção…

Essa campanha foi criada pela RSPCA "

Esse post foi escrito por Links do autor: brasilserv.com
klaudin.com@klaudin (siga no twitter)


Quinta-feira, 8 de Outubro de 2009 15:57:41


[Canadá] Chamado internacional para Ação Direta e Solidariedade contra os Jogos Olímpicos de Inverno de 2010



[Convite internacional para a Ação Direta e a Solidariedade, em 29 e 30 de outubro de 2009, contra os Jogos Olímpicos de Inverno de 2010, na cidade de Vancouver. Até final de outubro, a tocha olímpica virá da Grécia para o Canadá. Contrariamente ao que divulga o governo canadense e as grandes empresas multinacionais sobre os benefícios econômicos e sociais que dizem respeito aos jogos, as Olimpíadas são, efetivamente, uma ameaça real contra os povos indígenas, os pobres urbanos (muitos dos quais também são nativos), o meio ambiente, as liberdades civis e os direitos humanos básicos.]



"A nossa luta já começou antes e vai continuar para além de 2010!"



Como vimos aqui na Colúmbia Britânica, no Canadá, o verdadeiro projeto dos Jogos Olímpicos é o aperfeiçoamento do capitalismo, a colonização e o controle social. Novas infra-estruturas de segurança, de treinamento da polícia e forças de segurança, que serão exportadas daqui para toda a parte. Os efeitos dos Jogos Olímpicos serão para todos, em todo os lados.



A ação direta, bloqueios ou atos de protesto, em geral, e contra o revezamento da tocha podem ser parte de uma estratégia para desestimular a ganância, a exploração e a destruição de povos e terras na Columbia Britânica, uma das dez províncias do Canadá.



Entre 29 e 30 de outubro (e depois), serão bem vindos todos os atos de solidariedade sob o lema: "Tudo o que se faça reforça o contexto do que se pretende".



De todos os lados, em todo o mundo, essas ações diretas fortalecerão a nossa comum revolta!



Informações sobre o Revezamento da Tocha



A convergência está prevista em Victoria, a capital da província canadense da Columbia Britânica, para bloquear o revezamento da tocha, no percurso do Canadá.



A chama da Tocha Olímpica 2010 será acesa na Grécia, em 22 de outubro de 2009, e entregue a um representante do Canadá, em Atenas, em 29 de outubro, antes de vir para o Canadá.



O revezamento da tocha olímpica dos tempos modernos que transporta a chama da Grécia para os vários locais designados dos jogos não tinha precedentes nos jogos antigos. A tocha foi introduzida em 1936, nos Jogos Olímpicos de Berlim de Hitler, para espalhar o espírito do fascismo na Europa. Na atualidade a tocha é um símbolo para difundir a ideologia do nacionalismo, a colonização, o progresso econômico capitalista e as marcas das grandes empresas patrocinadoras dos jogos. A tocha dos jogos de Vancouver foi projetada pela Bombardier, fabricante canadense de ferrovias e aviões.



Algumas grandes empresas multinacionais que estão patrocinando os jogos de inverno do Canadá: Coca-Cola, General Electric, Samsung, Dow, Petrocanada, General Motors, Visa, McDonald´s, entre outras.



O percurso no Canadá do revezamento da tocha olímpica começará em Victoria BC, no litoral, na manhã de 30 de outubro. Ela vai permanecer cinco dias na ilha de Vancouver antes de voar para o Yukon, atravessando a região Norte do país para a costa do Atlântico. Em seguida, segue para o Oeste, percorrendo todas as províncias, para chegar a Vancouver, para as cerimônias de abertura, em 12 de fevereiro de 2010. O revezamento vai durar 106 dias e percorrerá 45.000 km. Passará por 1.000 comunidades canadenses.



Se for o caso, por favor, envie quaisquer relatos ou indicação de ações de solidariedade a realizar para:



a.solidarity2010@gmail.com



Mais infos:



http://victoriatorch.wordpress.com



http://no2010.com/



http://contrelesolympiquesde2010.anarkhia.org/



http://www.olympicresistance.net



Vídeo:



Resist 2010: 8 Razões para se opor aos Jogos Olímpicos de Inverno de 2010 (15 min): http://vimeo.com/4869353



Tradução > Liberdade à Solta



agência de notícias anarquistas-ana



ipê amarelo

até a calçada

floresce



Ricardo Silvestrin

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Thu, 8 Oct 2009

[Turquia] Segundo dia de protestos anti-FMI nas ruas de Istambul; "Vá embora FMI, o mundo é nosso"


Nesta quarta-feira (7), pelo segundo dia consecutivo, milhares de pessoas saíram às ruas de Istambul para protestar contra o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (Bird). Como ocorreu ontem, a polícia voltou a reprimir com violência as manifestações. Centenas de pessoas foram presas e feridas.



O policiamento turco voltou a usar jatos d'água, bombas de gás lacrimogêneo e veículos blindados para dispersar os manifestantes. Policiais chegaram a dar vários tiros para o alto para afastar os ativistas.



A coalizão libertária “Resistambul” convocou para hoje várias ações autônomas de protesto por toda a cidade. No bairro de Pangalti, cerca de 300 jovens, em sua maioria anarquistas, mascarados, jogaram pedras, pedaços de metal e outros objetos contra os policiais. Também atacaram com barras de metal, pedras e bombas de gasolina agências bancárias, caixas eletrônicos 24 horas, um supermercado e uma lanchonete da rede McDonald´s.



Segundo a imprensa, em dois dias de distúrbios nas ruas, foram danificados diversos veículos policiais, edifícios consulares, agências bancárias e outros estabelecimentos comerciais de grandes multinacionais.



Ontem, um homem de 55 anos morreu de enfarte após uma investida das forças policiais com bombas de gás lacrimogêneo no centro de Instambul. Este incidente é parecido à morte do manifestante britânico Ian Tomlinson durante os protestos contra o G20 em abril deste ano, em Londres.



Mais de 10 mil policiais reforçaram a segurança na capital turca para proteger a reunião anual do FMI e do Banco Mundial, que foi concluída nesta quarta-feira.



http://resistanbul.wordpress.com/



agência de notícias anarquistas-ana



Haicais tão novos,

Morrem tão cedo: lidos

Ou devorados.



Ricardo Borges








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[Turquia] Duros protestos contra o FMI terminam em confronto entre a polícia e manifestantes em Istambul




Milhares de manifestantes entraram em confronto com a polícia nas ruas de Istambul hoje (6), onde ocorre a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (Bird). Pelo menos 100 pessoas foram presas.



Os policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água para dispersar os manifestantes, que tentavam chegar até o local do encontro. No início, a concentração na praça de Taksim ocorreu de forma tranqüila, mas logo os policiais usaram a força para dissolver a manifestação.



As ruas do centro de Istambul se transformaram então numa praça de guerra, com pessoas correndo por todos os lados.



Manifestantes, munidos de máscaras, quebraram a fachada do restaurante da cadeia estadunidense McDonald's, de vários bancos e vitrines de lojas de luxo, que se situavam a uma distância de menos de um quilômetro do local do encontro.



Alguns manifestantes lançaram coquetéis molotov contra a polícia antidistúrbio que estava armada com escudos.



Istambul está sediando nesses dias a reunião anual do FMI, que acaba nesta quarta-feira (7), onde ministros de finanças, presidentes de bancos centrais e economistas estão reunidos para discutir a economia global.



http://resistanbul.wordpress.com/



http://istanbul.indymedia.org/



agência de notícias anarquistas-ana



O vento leva

as folhas e a poeira...

voam as lágrimas



Karen Aniz

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USP desenvolve pele artificial para evitar testes com animais



Posted: 02 Oct 2009 01:51 PM PDT



Um laboratório da USP desenvolveu uma pele artificial que pode substituir testes de cosméticos em animais e ajudar também em sua redução nos testes farmacológicos.



Agora, as pesquisadoras estão em fase de contatos com empresas para viabilizar o financiamento da utilização do modelo desenvolvido, apesar de ele já estar pronto há cerca de um ano.



Vote na enquete: “Você é a favor da interrupção do uso de animais em testes?”



De acordo com a professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP Silvya Stuchi, responsável pela pesquisa, já existem outros modelos de pele artificial sendo utilizados nos Estados Unidos e Europa. No entanto, há dificuldades de transporte e importação, já que é um material vivo e sensível.



Assim, quando há a demanda de não usar animais no Brasil –ou pelo menos usar menos–, o que acaba acontecendo é o envio dos princípios ativos dos cosméticos para testes no exterior. O problema é que a indústria brasileira gasta muito para fazer testes em outros países.



“Desenvolvemos uma estrutura de pele completa, com três elementos”, diz Stuchi. “o melanócito, responsável pela pigmentação; o queratinócito, responsável pela proteção; e o fibroblasto, segunda camada”, explica ela.



Tendência: sem animais



“A partir deste ano, na Europa, já não há testes em animais para cosméticos, é algo mandatório”, afirma a professora Silvia Berlanga, corresponsável pela pesquisa na USP. “É uma tendência mundial.”



Para cosméticos como filtro solar e creme antirrugas, a questão fica mais fácil de resolver com a pele artificial e por isso animais já foram totalmente substituídos no continente europeu. Porém, a questão fica mais dificil no que toca à indústria farmacêutica, diz Berlanga. “Os medicamentos podem envolver também ingestão via oral, ou mesmo endovenosa [pelo sangue]”, explica ela.



Fármacos envolvem absorção pelo organismo, o que vai além da pele em si. Por isso, neste caso, o que ocorreu foi a redução do uso de animais, já que ao menos certas etapas de testes puderam ser substituídas.



Motivações



O representante da Interniche (International Network for Humane Education) no Brasil, o biólogo e psicólogo Luís Martini, estima que ainda mais de 115 milhões de animais sejam usados por ano no mundo em experimentos e testes.



Uma motivação para a transferência para modelos de laboratório é a própria importância científica de trabalhar com a pele da própria espécie humana, que é específica. “Assim trabalha-se com algo mais fidedigno ao que é real”, explica a professora Silvya Stuchi.



Martini esclarece ainda que, devido às diferenças fisiológicas entre as espécies, há “inúmeros casos em que medicamentos que foram desenvolvidos e testados em animais tiveram que ser retirados do mercado por terem causado efeitos adversos severos quando foram utilizados por seres humanos”.



Outro motivo é a “ética da experimentação” ao lidar com os animais, como diz Berlanga. “Mesmo que fique mais caro com a pele artificial, é importante reduzir o uso de animais”, diz ela.



George Guimarães, presidente do grupo de defesa dos direitos animais Veddas, vai mais além. “Consideramos isso [uso de animais] inaceitável do ponto de vista moral e ético, uma vez que esses animais não escolheram ser usados para servir aos nossos interesses.”



O ativista e nutricionista afirma ter levado a Brasília, na época da aprovação da lei Arouca, que regulamentou os experimentos com animais em outubro de 2008, um total de 26 mil assinaturas buscando expor sua visão. Mas diz não ter obtido espaço com os parlamentares, que só recebiam “representantes das instituições científicas”.



Martini completa dizendo que “os experimentos em animais causam dor e sofrimento”. Assim, “segundo o princípio da igual consideração de interesses semelhantes, deveríamos respeitá-los nos seus direitos básicos que são o direito à vida, à integridade física e à liberdade.”



Desenvolvimento



A matéria-prima utilizada para criar a pele é na verdade de doadores humanos mesmo, que fazem cirurgias plásticas –no caso do laboratório da USP, são utilizadas doações do Hospital Universitário. Assim, as células são cultivadas em placa de petri e são formados os tecidos, incluindo a derme e epiderme.



O objetivo original do desenvolvimento da pele, no entanto, que começou há 15 anos, foi para o estudo do melanoma, um tipo grave de câncer de pele.



De lá para cá, a professora Stuchi cita dois marcos importantes. O primeiro foi a parceria com os pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Câncer Ludvig, estabelecido no Hospital do Câncer em São Paulo, com quem aprendeu muito o isolamento das células, a partir de 2005.



O segundo marco foi com uma primeira bolsa da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) entre 2007 e 2008, sua temporada como pesquisadora visitante na Universidade de Michigan, EUA. Lá adquiriu diversos tipos de tecidos de pele humana e pôde fazer testes com eles no Brasil, obtendo realmente o conhecimento sobre como fazer a estrutura da pele.



Em 2009, o projeto de pesquisa na USP obteve nova verba da Fapesp, por meio do qual, aprimoramentos no modelo de pele estão sendo realizados.



FONTE: FOLHA ONLINE



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ONG defende fim das vaquejadas em Campina Grande (PB)




Posted: 01 Oct 2009 02:00 PM PDT



A ONG Proteção Animal e Vegetarianismo (PAV) vai realizar na próxima segunda(5), a partir das 8 h, na Praça da Bandeira, na Paraíba, uma feira de doação de cães e gatos.



Segundo o presidente da ONG PAV, Johanns de Andrade Bezerra, na oportunidade também haverá uma mobilização contra a atividade grotesca representada pelas vaquejadas. Segundo ele, serão distribuídos material impresso e adesivos às pessoas interessadas na causa.



A ONG irá fazer no local uma consulta popular sobre a aprovação de uma Lei Municipal determinando a proibição de vaquejadas em toda a área do Município de Campina Grande (PB). A ONG Proteção Animal e Vegetarianismo é uma associação sem fins lucrativos de defesa dos direitos fundamentais dos animais não humanos.



A PAV desenvolve campanhas de educação e informação do público acerca dos animais não humanos, das suas características, necessidades, interesses e direitos fundamentais.



Mais informações pelo telefone (83) 8849-6478.

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Frigorífico deve ser envolvido em denúncia de tentativa de genocídio




Posted: 30 Sep 2009 10:14 AM PDT



Um ataque a um acampamento de índios na região de Curral do Arame, em Dourados (MS), na madrugada do dia 18 de setembro, deve ser considerado pelo Ministério Público Federal (MPF) como tentativa de genocídio. Durante a ação, os pertences e o barraco dos acampados foram incendiados e o indígena Eugênio Gonçalves, de 62 anos, baleado.



A história abaixo foi relatada por Verena Glass, da Repórter Brasil.



De acordo a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Ministério Público Federal, o ataque ocorreu por volta da uma hora do dia 18, quando o grupo de índios dormia em um acampamento construído no dia anterior no km 10 da rodovia BR-463, ao lado da Fazenda Serrana, arrendada, de acordo com os índios, para o plantio de cana pela usina São Fernando.



O MPF, que foi ao local logo após o ataque, foi informado que cerca de oito pessoas, algumas armadas, teriam participado da ação. “A movimentação do grupo [de indígenas no dia 17] deve ter atraído a atenção do proprietário da fazenda [Serrana] ou de quem a arrenda para fins de plantio de cana. Os índios narram que já era madrugada, cerca de uma hora da manhã, quando começaram os tiros. No momento da investida, “foi uma correria”. Mães agarravam seus filhos pequenos e tentavam fugir. Duas pessoas saíram feridas (…). O barraco construído por eles foi completamente queimado e as paliçadas erguidas para a construção de mais habitações arrancadas e/ou queimadas”, afirma o relatório do MPF.



Nos relatórios da Funai e do MPF, funcionários da usina São Fernando e da empresa de segurança Gaspen são apontados como responsáveis pelo ataque. No documento da Funai, consta depoimento que afirma que “eles chegaram de repente com lanterna na mão, não falaram nada, foram rasgando as lonas com facão e colocaram fogo no barraco. Quem atirou foi o Paulinho, funcionário da usina São Fernando, e o Gerente, [que] chama Roberto (…)”. Ao MPF, os indígenas também apontaram os seguranças da Gaspen como principais responsáveis. “A comunidade estima que, ao todo, naquela noite, compareceram ao local umas 20 pessoas. Frisaram que, na fazenda Serrana, enquanto ocorria a desocupação, um carro da firma dava cobertura”. Para o analista pericial do Ministério Público, um funcionário da Gaspen explicou que a empresa havia sido contratada para guardar materiais da usina.



De acordo com o procurador do MPF em Campo Grande, Marco Antonio Delfino, o caso deve ser tratado como tentativa de genocídio – “um grupo armado teve intenção explicita de atacar outro grupo por suas características étnicas, porque são indígenas”. As investigações sobre o ataque devem ser apressadas e os resultados apresentados em menos de um mês. “Em relação à empresa de segurança Gaspen, vamos atuar na área cível, criminal e administrativa – responsabilização criminal pelo ataque, indenização por este fato e outros semelhantes relacionados à participação da empresa. Do ponto de vista administrativo, será pedida a cassação do registro da empresa em face das irregularidades”. Já a usina São Fernando, arrendatária da fazenda Serrana e que teve participação de funcionários no ataque de acordo com o documento da Funai, deve ser co-responsabilizada.



No processo, afirma Delfino, a Gaspen poderá ser denunciada também por outras ações, como a participação no despejo de indígenas kaiowá da Fazenda Campo Belo, na região de Porto Cambira, em 2004, a morte do índio Dorvalino Rocha, 39, em Antonio João, na fronteira com o Paraguai, em 2005, e a morte da índia Xurete Lopes, 70, durante desocupação forçada da fazenda Madama, no município de Amambai, em 2007.



Instalada em Dourados em 2009, a usina São Fernando é um empreendimento dos grupos Agropecuária JB (Grupo Bumlai), especializado em melhoramento genético de gado de corte, e Bertin, um dos maiores frigoríficos produtores e exportadores de produtos de origem animal da América Latina.



Dono da Agropecuária JB, José Carlos Bumlai foi apresentado em 2002 ao então candidato presidencial Luiz Inácio Lula da Silva, que gravou ali os programas sobre agronegócio que foram usados na campanha, segundo matéria da revista Dinheiro Rural reproduzida no site da Agropecuária JB. De acordo com a matéria, nos vídeos de campanha Lula teria assumido “um compromisso em defesa da propriedade e da produção, afugentando o fantasma de uma reforma agrária radical, que sempre pesou sobre os ombros do PT”.



O Grupo Bertin, que está em processo de união com o frigorífico JBS Friboi, maior empresa do setor no mundo, tem 27,5% de suas ações controladas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em 2008, a São Fernando, primeiro empreendimento do Bertin na produção de etanol, foi beneficiada com um empréstimo de R$ 338 milhões do BNDES.



Em junho deste ano, a usina aderiu ao Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na cana-de-açúcar, acordo firmado entre o Governo Federal e os setores produtivo e sindical com vistas a melhorar a aceitação do etanol brasileiro como combustível “limpo” no mercado internacional.



Procurado para comentar o ataque ao acampamento indígena em Dourados, o Bertin, através de sua assessoria de imprensa, afirmou que “os seguranças da usina [São Fernando] não andam armados e não se envolveram em nenhum conflito. Não temos nenhuma notícia em relação ao fato e estamos apurando a informação. A usina São Fernando não é proprietária de nenhuma terra na região”.



Já o diretor-superintendente da usina São Fernando, Paulo César Escobar, confirmou que “existe um contrato de parceria agrícola entre a usina e a Fazenda Serrana, ou seja, a usina planta cana na área de fazenda e divide os frutos com o proprietário”. Segundo Escobar, este teria informado que “o conflito não ocorreu na área de plantio de cana (onde ocorre a parceria com a usina São Fernando), mas em outra parte da fazenda”. Mas esta afirmação contraria o parecer da Funai e a de que “seus seguranças não se envolveram em conflito algum”. Escobar também negou qualquer relação com a empresa de segurança Gaspen, que teria sido contratada pelo proprietário da Serrana.



Histórico de conflitos

Há seis anos, o grupo guarani-kaiowá do Curral de Arame está acampado às margens da BR-463, há aproximadamente sete km da cidade de Dourados. Segundo a Funai, por duas vezes o grupo tentou voltar aos territórios originários, hoje nas mãos de grandes fazendeiros. Em junho de 2008, houve uma ocupação de um pequeno pedaço da Fazenda Serrana, próximo à mata da reserva legal da área, onde os indígenas fizeram pequenas roças.



De acordo com o MPF, naquela ocupação a estratégia da fazenda foi “sitiar os índios através dos serviços da empresa de segurança Gaspen, que impedia que a Funasa e a Funai promovessem atendimento e assistência médica. Naquele tempo, os índios só puderam ser visitados pelos órgãos indigenistas graças à intervenção da Polícia Federal”.



Com a reintegração de posse da área, os índios foram obrigados a ocupar a outra margem da BR-463, por causa de obras de duplicação da rodovia. Cerca de vinte pessoas formaram o acampamento, onde construíram seis barracos e passaram a viver na dependência total das cestas básicas distribuídas pela Funai.

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BROCOLIS COM ALHO E CEBOLA




ANIGAV/LUKO (INCÓGNITOS, incógnitos)

L@Putoema















MONÓLOGO DAS ESTAÇÕES

Suavemente o vento

A pequena borboleta

O pequeno beija-flor

A serpente do deserto

O pé de jaca

Dividem a primavera

Com o dragão-de-Komodo.

Dividem o outono

Com o crocodilo;

Dividem o verão

Com as piranhas;

Dividem o inverno

Com o elefante

E os camundongos.

Suavemente as estações

São para todxs!

(Varanus komodoensis – Não acreditamos que a democracia seja o melhor dos sistemas possíveis, essa é outra mentira de merda! Acreditamos em nós, e nos nossos, aqueles tanto anônimos que afiam seus sonhos de liberdade em cada rincão, nas ruas dos inimigos, acreditamos e lutamos pela Anarquia!

Por isso estamos em guerra!

Liberdade para os prisioneiros do Estado e do Capital!

Liberdade para todos nós! Amor e Revolução!)



FODAM-SE os direitos autorais: acreditamos que qualquer expressão que sirva para melhorar, evoluir o sentimento e o pensamento humano é um bem comum. Portanto não deve ser considerada uma propriedade privada. Este trabalho pode ser reproduzido ao todo ou em parte desde que não vise à produção com finalidade de lucro. Viva o livre pensar, expressar e sentir! Viva a livre poesia! CITE A FONTE.


Contatos: dadazdawa@hotmail.com



Ao acordar

Lua descobriu

Que a palavra adorar

Não mais fazia parte de seu vocabulário.

Adorar?

Nem nada nem ninguém.

(Guano – as aves guaneiras são as mais valiosas do mundo)



MONÓLOGO DA SERVIDÃO MODERNA

Caminhando a passos lentos

A bactéria encontrou pelo caminho

A resposta para a servidão moderna

Zeitgest

Por concessão

Ou imposição?

(Linfócitos – Boicote empresas que fazem testes em animais - Pantene (Procter & Gamble), 1 Procter & Gamble Plz., Cincinnati, OH 45202; 800-945-7768; www.pantene.com)



‘Biriba é pau é madeira, biriba é pra tocar...” – mestre Boca Rica suavemente canta e joga capoeira angola com o vira-lata seu melhor amigo no quintal de casa. Do outro lado da rua observa Bemtevi a sombra de Boca Rica e começa a jogar. ‘Biriba é pau é madeira, biriba é pra tocar...”

(Josefina - sou a criadora de mim mesma)















69.Joselice chega em seu barraco com uma trouxa de roupa.Depois de passar o dia inteiro na beira do riacho. Deixa em cima da mesa. Respira fundo. Caminha até a cozinha e toma um copo de água. Respira fundo novamente. Abre a janela. Observa o morro. O sol despede-se no horizonte. Caminha até seu quarto e pega seu fuzil G3. Volta a sentar perto da janela e espera. Dia de eleição.

(Nojo - Os ídolos não reconheço)







INCÓGNITO

Caíram as flores do outono,

Queimaram a derma ao verão.

No inverno caíram em sono,

Na primavera flores serão!

E assim se transformarão!

Faça-me pensar em teu pensamento,

Faça-me cantar nosso momento,

Faça-me não cair em lamento.

Faça-me teu incógnito sentimento.

Incógnito, incógnito sentimento...

Não busquei teu eu pois achei injusto,

Cobrar algo tão fútil e tão simplório.

Não cobrei nem quis saber o custo

De se descontar a presença num velório.

Faça-me por um momento,

Teu incógnito sentimento.

Incógnito, incógnito sentimento.

(luko)

O KE VC KER?


Um pequeno amendoim

Uma flor

Uma rima

Uma lágrima

Uma dor?

O ke vc ker?

Participar

Observar

Peidar

Ou ficar do lado

A esperar?

O ke vc ker?

Ser apenas um expectador

Atriz

Ator

Cantora

Uma expectadora

Da sua realidade?

Vc ker chá?

(Nauá - O homem não é superior a outros animais, não tem uma vida mais perfeita que uma ameba, por exemplo, não é mais ou menos perfeito ou real que uma pulga ou uma gota d água. Acontece que sempre se imaginou o homem como uma fina flor da criação! Uma fina flor que gosta muito de defecar e que freqüentemente tem espalhado muita merda na natureza! Pior ainda, o homem é o único animal dentre todos que está separado do que pode, o único que não efetua plenamente suas potências porque criou para si muros e barreiras através de sua rede de valores negativos e de sentidos reativos. (...) é preciso dizer que o homem impotente se revela o mais miserável e inferior dentre os seres vivos. Qualquer carrapato leva suas potências ao limite máximo. Mas é fácil constatar que o homem médio conserva sua vida nos graus mais baixos de intensidade, atrelado a valores vis que impõe a si próprio, prisioneiro de um círculo vicioso gerado pelo movimento estéril de sua impotência.” - in FUGANTI, Luiz Antônio. Saúde, Desejo e Pensamento.)



Observa-se nua. Diante do espelho. Verônica. Masturba-se. Na fantasia de ser possuída por si mesma.

(Tíbias – Que um fenômeno tão universal como é a masturbação tenha sido um segredo tão bem guardado por milhares de anos, nos da uma medida da capacidade humana de autoenganar-se.)



RETRATO DE NÓS MESMOS

Na obscura fotografia

Que habita o reflexo de mim mesmo

Na solidão de minhas entranhas

A masturbação é meu melhor prazer.

Povoar minha solidão.

(Anigav - “Nada é mais falso do que crer que os objetivos e as intenções são uma coisa, os métodos e as táticas outra coisa” – Emma Goldman)



Ao passar pelo jardim de Judith o pequeno beija-vagina lhe presenteou com a masturbação dos prazeres. Logo se foi sem dizer nada. Voando para outros jardins.

(Arqueobactérias – "O eletrodoméstico impôs à família a necessidade do supérfluo: refrigerantes, sorvetes etc. A economia de mercado, centrada no lucro e não nos direitos da população, nos submete ao consumo de símbolos. O valor simbólico da mercadoria figura acima de sua utilidade.")


O KE VC KER?


Um pequeno amendoim

Uma flor

Uma rima

Uma lágrima

Uma dor?

O ke vc ker?

Participar

Observar

Peidar

Ou ficar do lado

A esperar?

O ke vc ker?

Ser apenas um expectador

Atriz

Ator

Cantora

Uma expectadora

Da sua realidade?

Vc ker chá?

(Nauá - O homem não é superior a outros animais, não tem uma vida mais perfeita que uma ameba, por exemplo, não é mais ou menos perfeito ou real que uma pulga ou uma gota d água. Acontece que sempre se imaginou o homem como uma fina flor da criação! Uma fina flor que gosta muito de defecar e que freqüentemente tem espalhado muita merda na natureza! Pior ainda, o homem é o único animal dentre todos que está separado do que pode, o único que não efetua plenamente suas potências porque criou para si muros e barreiras através de sua rede de valores negativos e de sentidos reativos. (...) é preciso dizer que o homem impotente se revela o mais miserável e inferior dentre os seres vivos. Qualquer carrapato leva suas potências ao limite máximo. Mas é fácil constatar que o homem médio conserva sua vida nos graus mais baixos de intensidade, atrelado a valores vis que impõe a si próprio, prisioneiro de um círculo vicioso gerado pelo movimento estéril de sua impotência.” - in FUGANTI, Luiz Antônio. Saúde, Desejo e Pensamento.)



Observa-se nua. Diante do espelho. Verônica. Masturba-se. Na fantasia de ser possuída por si mesma.

(Tíbias – Que um fenômeno tão universal como é a masturbação tenha sido um segredo tão bem guardado por milhares de anos, nos da uma medida da capacidade humana de autoenganar-se.)



RETRATO DE NÓS MESMOS

Na obscura fotografia

Que habita o reflexo de mim mesmo

Na solidão de minhas entranhas

A masturbação é meu melhor prazer.

Povoar minha solidão.

(Anigav - “Nada é mais falso do que crer que os objetivos e as intenções são uma coisa, os métodos e as táticas outra coisa” – Emma Goldman)



Ao passar pelo jardim de Judith o pequeno beija-vagina lhe presenteou com a masturbação dos prazeres. Logo se foi sem dizer nada. Voando para outros jardins.

(Arqueobactérias – "O eletrodoméstico impôs à família a necessidade do supérfluo: refrigerantes, sorvetes etc. A economia de mercado, centrada no lucro e não nos direitos da população, nos submete ao consumo de símbolos. O valor simbólico da mercadoria figura acima de sua utilidade.")

O KE VC KER?


Um pequeno amendoim

Uma flor

Uma rima

Uma lágrima

Uma dor?

O ke vc ker?

Participar

Observar

Peidar

Ou ficar do lado

A esperar?

O ke vc ker?

Ser apenas um expectador

Atriz

Ator

Cantora

Uma expectadora

Da sua realidade?

Vc ker chá?

(Nauá - O homem não é superior a outros animais, não tem uma vida mais perfeita que uma ameba, por exemplo, não é mais ou menos perfeito ou real que uma pulga ou uma gota d água. Acontece que sempre se imaginou o homem como uma fina flor da criação! Uma fina flor que gosta muito de defecar e que freqüentemente tem espalhado muita merda na natureza! Pior ainda, o homem é o único animal dentre todos que está separado do que pode, o único que não efetua plenamente suas potências porque criou para si muros e barreiras através de sua rede de valores negativos e de sentidos reativos. (...) é preciso dizer que o homem impotente se revela o mais miserável e inferior dentre os seres vivos. Qualquer carrapato leva suas potências ao limite máximo. Mas é fácil constatar que o homem médio conserva sua vida nos graus mais baixos de intensidade, atrelado a valores vis que impõe a si próprio, prisioneiro de um círculo vicioso gerado pelo movimento estéril de sua impotência.” - in FUGANTI, Luiz Antônio. Saúde, Desejo e Pensamento.)



Observa-se nua. Diante do espelho. Verônica. Masturba-se. Na fantasia de ser possuída por si mesma.

(Tíbias – Que um fenômeno tão universal como é a masturbação tenha sido um segredo tão bem guardado por milhares de anos, nos da uma medida da capacidade humana de autoenganar-se.)



RETRATO DE NÓS MESMOS

Na obscura fotografia

Que habita o reflexo de mim mesmo

Na solidão de minhas entranhas

A masturbação é meu melhor prazer.

Povoar minha solidão.

(Anigav - “Nada é mais falso do que crer que os objetivos e as intenções são uma coisa, os métodos e as táticas outra coisa” – Emma Goldman)



Ao passar pelo jardim de Judith o pequeno beija-vagina lhe presenteou com a masturbação dos prazeres. Logo se foi sem dizer nada. Voando para outros jardins.

(Arqueobactérias – "O eletrodoméstico impôs à família a necessidade do supérfluo: refrigerantes, sorvetes etc. A economia de mercado, centrada no lucro e não nos direitos da população, nos submete ao consumo de símbolos. O valor simbólico da mercadoria figura acima de sua utilidade.")




Josefina. Uma galinha que vivia na granja de um humano par. Ali nasceu e fez nascer seu filhinho. Ela não desejava aquilo para seu filho, mas não podia fazer nada, apenas lhe ensinar que humano par ou impar só serve para matar. E ensinou seu filho a ler, escrever e serrar grade.


(Eucariontes – “por uma cultura que SOMA e não divide” – Roberto Freire)



ARAMES SOCIAIS

Não se submeta as estúpidas leis,

Leis que não nos dizem respeito...

Códigos que não são os nossos,

Liberdade que é aprisionada em arames farpados.

Arames que são pudores arraigados em todo o resto,

Resto que é a vida tão curta e cruel quanto as leis daqui...

(Luko)



O QUE VOCÊ É? O QUE VOCÊ PODE SER!

O que faz você ser você no âmago e no exterior?

Um braço? Uma perna? Um pênis? Uma vagina?

Quem disse que com tal órgão és superior?

E que esse comportamento te faz menino ou menina?

Quem dita o que você é? Os outros...

Ou o que você sente?

O tempo/espaço tem relação em suas relações?

Você sente que o mais importante sexo é a cabeça...

A mente?

O que você veste e o que você faz têm imbricações?

Com quem ou o que você ou eu faz sexo é tão pertinente?

Ah se você pudesse ver

Além do horizonte das interpretações

Massificadas da alienação social,

Ah se você pudesse ser

Além do monte de besteiras e enganações

Engrenadas no controle mental,

Ah se você pudesse ser

Além da liberdade de construções

Arraigadas em pecado e moral,

Ah se você pudesse ser incógnito ao natural.

(Luko)



PARENTESCO

As flores, as frutas,

Os objetos,

Representam

Os desejos

De sermos

Flores, frutas,

Objetos,

Somente.

(Luko)



SOB UM SÓ GUARDA-CHUVA

Um dia a chuva caiu,

E tudo foi derretendo...

Alguém possuía um guarda-chuva,

E este conveio pra amparar todos

De suas próprias lamúrias.

Um dia tudo foi pelo esgoto,

As bocas-de-lobo lamberam os pés...

Mas o guarda-chuva protegeu

Todos os que queriam,

De suas próprias censuras.

Um dia que não foi só noite,

O guarda-chuva foi o que uniu,

Todos que possuíam a mesma necessidade...

De acolhimento sobre a mesma vontade.

(luko)




 
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Data: Mon, 28 Sep 2009


Mon, 28 Sep 2009

40 Ataques incendiários em solidariedade aos imigrantes



[Rebeldes belgas continuam solidários e ativos na luta contra os campos de detenções e deportações de imigrantes, que são rotineiramente explorados, caçados e expulsos do país; em determinadas regiões belgas há um ultra-nacionalismo muito forte.]



Cinco veículos dos correios incendiados



Na cidade de Gent, no dia 21 de setembro, cinco veículos dos correios foram incendiados no parque de estacionamento da agência postal de Mariakerke, na madrugada de domingo para segunda-feira. Peritos do ministério público informaram a imprensa que o “fogo foi intencional”. Diversos produtos catalisadores incendiários foram utilizados e foyers foram encontrados entre os destroços. O prejuízo foi calculado entre 150.000 e 200.000 euros.



Os bombeiros foram alertados depois de 4 horas do ataque. Os cinco veículos que se encontravam no parque de estacionamento ficaram completamente destruídos. Uma pequena parte da parede do prédio dos correios também foi danificada com o incêndio.



Em meados de agosto, homens não identificados já tinham incendiado sete veículos dos correios no estacionamento de uma agência postal em Nossegemno Brabante.



No mês de junho passado, os jornais locais ainda reportaram que ocorreu uma série de ataques incendiários contra carros pertencentes a partidos políticos e vários veículos da construtora Denys.



O banco dos correios administra as contas bancárias de prisões e centros de detenções belgas, e a empresa de construção Denys participou da reforma da prisão de Gend.



Ação Direta no escritório da De Lijn contra as deportações



Desconhecidos mascarados entraram, no começo da tarde do dia 21 de setembro, na seção de vendas de um escritório da De Lijn, os transportes públicos flamengos em Lovaina, bloqueando as janelas com espuma de extintores e espalhando panfletos.



Os folhetos denunciavam a colaboração da De Lijn com a polícia contra imigrantes em situação irregular, a deportação e a construção de um novo centro de detenção em Steenokkerzeel.



Vidros estilhaçados e janelas destruídas em edifício da Opus Dei



A nova residência estudantil da seita religiosa Opus Dei foi atacada por desconhecidos no dia 16 de setembro, em Bruxelas. As janelas foram quebradas e o edifício coberto de pinturas, incluindo a pichação: "Onde está a cozinha popular?".



Este prédio tinha sido ocupado durante vários anos e foi desalojado em 2007. No início do mês de setembro, uma janela do edifício já tinha sido estilhaçada com uma viga de madeira.



Tradução > Liberdade à Solta



agência de notícias anarquistas-ana



Noite de verão -

O sono custa a chegar

para o cão do vizinho.



João Toloi


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Data: Fri, 25 Sep 2009



[EUA] Protestos contra o G-20 em Pittsburgh


Manifestações coloridas, descentralizadas, pacíficas, barulhentas e violentas contra o G-20 em Piittsburgh marcaram a abertura hoje (24) de mais uma reunião de cúpula dos chefes de Estado do Grupo dos 20 (G-20).


O principal foco de confrontos se deu quando os manifestantes tentaram marchar de um bairro da periferia da cidade para o centro de convenções onde a cúpula está sendo realizada. Policiais fortemente armados lançaram gás lacrimogêneo e de pimenta para dispersar o protesto. Em resposta, os manifestantes, muitos com bandanas, capacetes e óculos de segurança, e roupa preta, jogaram pedras, tijolos, garrafas e outros objetos contra os agentes de segurança. Os manifestantes também jogaram pedras em carros de polícia e chegaram a quebrar janelas de vidro de agências bancárias e danificar diversos estabelecimentos empresariais. Vários ativistas foram detidos. Policias também ficaram feridos.



Temendo uma nova Seattle, as ruas centrais de Pittsburgh foram isoladas e estão tomadas de policiais; e medidas de segurança destinadas a desencorajar e reprimir os protestos e eventos descentralizados de desobediência civil que vão acontecer até sexta-feira à tarde, dia de encerramento do G-20.



Há forças de repressão especiais destinadas exclusivamente para combater grupos anarquistas. Dias atrás espaços de convergência anarquistas montados em Pittsburgh foram acossados pelas forças de segurança. Durante a semana foram registrados atos anarquistas de sabotagem contra alvos capitalistas e policiais.



Mais infos: www.resistg20.org



Fotos, vídeos e notas sempre atualizadas, em: http://indypgh.org/g20/



agência de notícias anarquistas-ana



pousada na lama,

a borboleta amarela,

com calor, se abana



Alaor Chaves














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.....Dinamarca, uma vergonha
















O mar se tinge de vermelho, entretanto não é devido aos efeitos climáticos da natureza.


Se deve a crueldade com que os seres humanos (ser civilizado) matam centenas dos famosos e inteligentíssimos.

Golfinhos Calderon.


Isso acontece ano após ano na Ilha Feroe na Dinamarca. Deste massacre participam principalmente jovens

Por que?

Para demonstrar que estes mesmo jovens já chegaram a uma idade adulta, estão maduros


Em tal celebração, nada falta para a diversão

TODOS PARTICIPAM DE UMA MANEIRA OU DE OUTRA, matando ou vendo a crueldade “apoiando-a como espectador”.


Cabe mencionar que o golfinho calderon, como quase todas as outras espécies de golfinhos, se aproxima do homem unicamente para interagir e brincar em gesto de pura amizade.


Eles não morrem instantaneamente, são cortados uma ou duas vezes com ganchos grossos. Nesse momento os golfinhos produzem um som estridente bem parecido ao choro de um recém-nascido.


Mas sofre e nãp há compaixão até que este dócil ser se sangr lentamente e sofra com feridas enormes até perder a consciência e morrer no seu próprio sangue.


Finalmente estes heróis da ilha, agora são adultos racionais e direitos, já demonstraram sua maturidade.


Basta

Encaminhremos este e-mail até que o mesmo chegue àlguma associação de defesa dos animais, não leremos somente.

Isso nos transformaria em cúmplices, ESPECTADORES.


Cuide do mundo, ele é sua casa!

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Data: Fri, 18 Sep 2009



0 que é o Dia Mundial Sem Carro



O Dia Mundial Sem Carro é um movimento que começou em algumas cidades da Europa nos últimos anos do século 20, e desde então vem se espalhando pelo mundo, ganhando a cada edição mais adesões nos cinco continentes. Trata-se de um manifesto/reflexão sobre os gigantescos problemas causados pelo uso intenso de automóveis como forma de deslocamento, sobretudo nos grandes centros urbanos, e um convite ao uso de meios de transporte sustentáveis - entre os quais se destaca a bicicleta.

Belo Horizonte tem aderido de forma tímida, mas crescente a cada ano, ao Dia Mundial Sem Carro, com campanhas e fechamento de ruas para uso exclusivo de pedestres. Em 2005, foi realizada a primeira pedalada promovida pelo MTB-BH. Em 2006, o pedal-manifesto se repetiu, dessa vez fazendo parte da programação oficial da data, e contando com cerca de 170 ciclistas. E desde então o número vem aumentando a cada edição.

/ Bicicleta: uma boa alternativa para a melhora do trânsito

A bicicleta é um excelente meio de transporte, sobretudo para pequenas distâncias. Leva seu condutor de porta a porta, permite a prática de uma atividade física simultânea ao deslocamento, tem custo baixíssimo e é minimamente afetada por engarrafamentos. Mesmo numa cidade de relevo acidentado como Belo Horizonte, a atual tecnologia de marchas permite a circulação por ruas inclinadas com relativa facilidade. Muitas pessoas têm percebido isso, e o número de ciclistas na cidade tem aumentado visivelmente.

Porém, a nossa infra-estrutura para o uso da bicicleta como meio de transporte é precária. Há pouquíssimos bicicletários e paraciclos, poucas empresas dispõem de vestiários para incentivar seus funcionários a ir de bicicleta para o trabalho, as ciclovias são quase inexistentes e as que existem são pouco estratégicas, o trânsito é hostil aos ciclistas. É com a intenção de procurar reverter esse quadro que o Mountain Bike BH participa do Dia Mundial Sem Carro.

/ Automóveis: problemas causados pelo uso massivo

Os malefícios causados pelo uso de automóveis são inúmeros e evidentes: poluição atmosférica, efeito estufa, poluição sonora, congestionamentos, doenças respiratórias, sedentarismo, irritabilidade, perda de tempo, consumo de combustíveis fósseis, acidentes, comprometimento de grande parte da renda das pessoas.

Além disso, as viagens de carro degradam a relação dos indivíduos com o espaço público, transformando a rua em um indesejável obstáculo a ser superado no deslocamento de um ponto a outro. Elas também significam um uso desproporcional das ruas, já que a imensa maioria dos carros leva apenas uma pessoa - o que é ainda mais grave em áreas densamente povoadas.

Por fim, o automóvel é um meio de transporte não universalizável, já que seria impensável a existência de um carro por habitante no mundo.



Fonte: http://mountainbikebh.com.br/22setembro/pages/sobre.html



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Date: Mon, 27 Jul 2009

FESTIVAL FAÇA VOCE MESM@!

INSCRIÇÕES ABERTAS!TRAGA SUA OFICINA, BANDA, DEBATE, FILME, ETC..



Criaturas e criadores,



Com o intuito de compartilhar conhecimentos coletivamente, questionar a figura do "especialista", ser contrário aos aspectos elitistas do conhecimento em busca da autonomia, surgiu a idéia de se realizar o festival “Faça você mesm@- Uma proposta de troca de conhecimento coletiva”. Que tem como objetivo ser um espaço cultural (nas mais diversas abrangências que o termo pode ter) destinada a troca de conhecimentos que visem os mais distintos aspectos da emancipação dos seres humanos e do planeta..



Faça você mesmo sempre, mas não só pra você mesmo. O que queremos dizer com isso? Queremos sobretudo afastar uma idéia disseminada e praticada do faça-você-mesmo, uma idéia que além de considera-lo um fim em si mesmo é recheada e motivada por intenções extremamente egoístas.

Queremos falar de um faça-você-mesmo que é uma arma, um instrumento para uma coisa muito maior. Um instrumento para uma verdadeira transformação social. Queremos usar o faça-você-mesmo como forma de buscar nossa autonomia e não nossa pureza. Queremos minimizar e simbolicamente demonstrar nosso repúdio ao consumismo mas sem a inocência ou malícia de acreditar que uma sociedade de múltiplas relações possa ser completamente transformada com atos isolados.

A ideia é mesclar diversos aspectos da cultura popular e da contra-cultura em 2 ou 3 dias de música, debates, conversas, filmes, oficinas e o que mais sugerirem. Tod@s que estiverem intessad@s em compartilhar conhecimentos escreva parafacavocemesmofestival@gmail.com até o dia 15 de agosto de 2009 para inscrever sua atividade no evento. Ainda não fechamos a data e nem os locais exatos, mas provavelmente se dará no Rio de Janeiro: Central e em Niterói. Nos colocamos a disposição para tirar possíveis dúvidas.







Saúde, legumes e Autonomia!

Festival Faça Vocês mesm@

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Lucas Vinci



Medicina da UFRS ensina sem usar animais

Posted: 13 Jul 2009 08:10 AM PDT

O cãozinho é trazido do canil e chega faceiro; caminha até o grupo de alunos de medicina e lambe as pernas de um deles. O clima na sala fica pesado e ninguém quer anestesiar e cortar o bichinho. Alguns estudantes, constrangidos, ameaçam ir embora. Cenas como esta ou parecidas aconteceram por diversas vezes, nos muitos anos em que animais foram usados nas aulas práticas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Famed/Ufrs).



Era assim, anestesiando, cortando e costurando animais vivos (vivissecação), depois sacrificados, que os futuros médicos aprendiam as técnicas operatórias e outros conteúdos. Mas isto mudou em abril de 2007, quando a Famed tornou-se a primeira faculdade de medicina do Brasil a abolir totalmente o uso de animais no ensino de graduação, no que foi seguida logo depois pela Faculdade de Medicina do ABC (SP).

Não se está falando de uma instituição qualquer: fundada há 111 anos, a Famed é considerada a melhor faculdade de medicina do país, tendo conquistado o primeiro lugar no Exame Nacional de Desempenho Estudantil de 2008 (Enade). O conflito ético foi o principal motivo para que o curso abandonasse a vivissecação, adotando o emprego de modelos anatômicos artificiais que imitam órgãos e tecidos humanos.



Aprovação dos alunos

Passados dois anos, a medida tem a total aprovação de alunos e professores, que garantem não haver nenhum prejuízo para o aprendizado médico. Aluna do quarto semestre, Sabrina de Noronha, 22 anos, diz que sequer pensava que pudesse haver a utilização de animais quando ingressou na medicina. Ela já cursou disciplinas importantes, como fisiologia, anatomia, bioquímica, histologia, onde aconteciam aulas práticas com vivissecação, e não precisou passar por esta experiência.

As aulas de anatomia, por exemplo, só utilizam cadáveres humanos. “Não tivemos contato com animais em nenhum momento. Fiquei sabendo há pouco tempo que outras faculdades usam animais e achei isso horrível; a faculdade existe para formar profissionais que vão ajudar pessoas e para isso não precisamos maltratar outros seres, não seria ético; a gente tem tanto direito à vida quanto eles (animais), não vejo diferença”, diz a aluna.

Sua colega Bárbara Kipp, 22 anos, coordenadora-geral do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Ufrgs concorda. Segundo ela, há outros métodos já bem desenvolvidos para se aprender as técnicas médicas sem precisar recorrer à vivissecação dos cães, coelhos e outros bichos. “Nunca usei animais no curso e estou aprendendo muito bem; não me sentiria à vontade se isso acontecesse e também não vejo ninguém, nenhum colega, sentindo falta”, afirma Bárbara.

“Abolimos o uso de animais porque hoje não se precisa mais disso”, destaca o diretor da Famed, o médico endocrinologista Mauro Antônio Czepielewski. Não faltaram razões, pois havia alunos que não concordavam com o sacrifício dos cães e outros bichos nas aulas. Além da questão ética, a pressão das entidades protetoras dos animais era cada vez maior, conta o diretor.

Também estava cada vez mais difícil conseguir os animais para servirem de cobaias, havendo ainda o problema de alojá-los e depois descartá-los, após serem sacrificados. Por isso, este procedimento vinha diminuindo ano á ano e quando foi abolido, em 2007, cerca de cinco ou seis animais ainda eram retalhados por semana nas mesas de cirurgia do curso.



Modelos artificiais

A mudança foi bastante discutida, e resultou na implantação de um Laboratório de Técnica Operatória, que funciona apenas com réplicas artificiais das partes do corpo humano, explica o diretor. O projeto todo, com reforma de instalações e aquisição dos modelos, importados, custou cerca de R$ 300 mil, com recursos da própria Ufrgs, Famed, Hospital de Clínicas (o hospital universitário) e Promed, um programa do Ministério da Saúde que incentiva mudanças nos currículos dos cursos de medicina.

O médico Geraldo Sidiomar Duarte, que deixou o cargo de diretor do Departamento de Cirurgia no início do mês, foi o responsável pela implantação do moderno laboratório. “Era uma deficiência grave do curso (a técnica operatória), tínhamos problemas para obter o animal, onde deixá-los, os cuidados pós-operatórios e o Ministério Público e as entidades protetoras vinham se manifestando, havia muitas objeções que criaram um conjunto de dificuldades”, relata.

O trabalho era considerado insalubre e aconteciam muitos acidentes biológicos (quando alunos se cortam acidentalmente), com risco de infecção pelo sangue dos animais. Agora, o local é totalmente asséptico, não se vê uma gota de sangue no espaço de 120 metros quadrados. Duarte mostra uma peça sintética que imita perfeitamente a pele humana, inclusive na textura, onde os alunos podem fazer e refazer várias vezes cortes superficiais ou profundos, costuras e pontos. E os acidentes não acontecem mais, o risco é zero, acrescenta.

Outra peça imita um intestino, a ser costurado. Numa mesa ao lado, um tórax artificial permite o treino de punções em vasos profundos, como uma imitação da veia jugular cuja pulsação é possível sentir ao toque. Membros sintéticos apresentam ferimentos diversos a serem tratados cirurgicamente. O que parece ser apenas uma pequena caixa, com uma cobertura da cor da pele, representa a cavidade abdominal para a prática de cirurgia.

O médico e professor mostra catálogos com uma infinidade de órgãos artificiais que podem ser adquiridos: “Há modelos artificiais para todos os tipos de treinamento, pode-se montar um laboratório gigantesco com eles”, diz Duarte. “Estamos muito satisfeitos, e os alunos muito mais”, completa.

“Isso qualificou enormemente os alunos”, reforça Mauro Czepielewski, o diretor do curso. Ele acredita que esta é uma tendência irreversível e que o emprego de modelos artificiais acabará chegando a todas as faculdades de medicina, em substituição aos animais. Diversos cursos, do Rio Grande do Sul e de outros estados, já pediram informações sobre o laboratório da Famed. “A consciência do não-uso de animais é importante para fortalecer uma visão de valorização da vida”, afirma.

O diretor apenas considera muito difícil substituir animais na área de pesquisa, na pós-graduação. Mas garante que os procedimentos, neste caso, seguem rigorosos requisitos do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa, com uso controlado e número limitado dos animais que servem de cobaias.



Objeção de consciência

O debate ético sobre vivissecação ganhou impulso no Estado a partir da atitude de um aluno do curso de Biologia, Róber Bachinski, que ingressou na justiça, em 2007, para ser dispensado das aulas que sacrificam animais, alegando objeção de consciência. Chegou a ganhar uma liminar, mas ela foi cassada, mediante recurso da Ufrgs, e o caso segue tramitando no Judiciário.

Segundo ele, a abolição do uso de animais na Famed reflete uma tendência mundial: “Ao abolir o uso de animais a Famed mais uma vez demonstra a sua qualidade no ensino e o seu avanço ético e metodológico. Espero que outras universidades e cursos também sigam esse modelo e que esses métodos de ensino sejam divulgados”.

Bachinski diz ainda que a abolição do uso de animais em disciplinas da medicina comprova que é possível a sua abolição em outros cursos com disciplinas equivalentes, como na farmácia, educação física, psicologia, enfermagem, biologia, veterinária. Na opinião do estudante, um novo paradigma educacional precisa ser criado, levando em conta não apenas o bem estar da sociedade e do aluno, mas também o respeito aos direitos básicos dos outros animais.



Fonte: Anda








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Fri, 19 Jun 2009

A truculencia da PF se repetiu, como podemos constatar em http://www.midiaindependente.org/pt/red/2008/11/432966.shtml, não é um fato isolado.



Há mais de 10 anos os/as Tupinambas solicitaram a demarcaçao das terras, o que esta faltando apenas a homologação. Mas os mais de 500 proprietarios, utilizando de seu poder economico e a influencia politica estão fazendo de tudo pra impedir a conclusão dos trabalhos de demarcação. E a midia quando não ataca diretamente os povos indiginas induz a opinião publica contra os indios, com titulos de materia que dá margem a duvida quanto a veracidade do depoimento das vitimas, como fez o jornal folha de sao paulo "Índios afirmam que foram torturados pela PF na Bahia". Esse titulo diz claramente "São eles que estao dizendo" "Pode ser verdade ou não".



Pela imediata homologação das Terras Indigenas Tupinambá no sul da Bahia.



Israel Sassa Tupinambá



fonte: www.indiosonline.org



TUPINAMBA por terra com paz

STÃO DA DEMARCAÇÃO DAS TERRAS TUPINAMBÁ.

Os ataques que estamos sofrendo, partem de um pequeno grupo sem bandeiras, sem rumo e sem amor no coração, que tenta a todo o momento desmoralizar a nossa luta e colocar a população regional contra nossa comunidade, utilizando-se de dados falsos e incitando os pequenos a lutarem contra os pequenos, porque eles fazem isto? Por mais puro preconceito étnico, ou seja, por racismo, eles não nos acham à altura de ter de volta as terras que foram tomadas a força de nossos antepassados e que constitucionalmente nos pertencem.

O grupo chefiado pelo Vereador Alcides Kruchevesky da cidade de Ilhéus e ex-administrador da Vila de Olivença, e pelos empresários Marcelo Mendonça de Ilhéus e Armando Falcão de Buerarema, pregam explicitamente o ódio racial contra o nosso povo, e não faz isto de forma escondida, eles utilizam a imprensa para desferir ataques criminosos contra o povo Tupinambá, chegando até a declarar que nós seriamos o “ovo da serpente” – termo usado pelos nazistas contra os Judeus, onde eles para justificar o holocausto de um povo, diziam que os Judeus eram culpados de todas as mazelas humanas – e agora alguns destes senhores, tentam comparar os índios Tupinambá a Vassoura de Bruxa, numa clara agitação para que sejamos extirpados, assim como foram os pés de cacau infectados pela terrível doença que abateu sobre a nossa região.

Não podemos e nem iremos nos intimidar, no entanto, sabemos que nossos inimigos são poderosos dispõem de recursos financeiros e de apoio político, há poucos dias na presença do governador da Bahia, Jacques Wagner, a Deputada Estadual Ângela Souza, declarou que iria lutar até o fim contra a demarcação de nossas terras.

Os setores mais conservadores da sociedade regional estão contra a nossa luta, pois sempre mantiveram a terra sobre o seu domínio e são até senhores da vida e da morte, não conseguindo compreender que acabou o tempo dos coronéis, e que seus filhos e netos, por mais que assustem mostrando seus caninos não nos intimidarão na nossa luta justa e pacifica pelas nossas terras.

Não seremos os causadores de nenhuma guerra, queremos nossa terra de forma pacifica, pois o nosso sangue já correu no passado, manchando toda a extensão destas praias, nossos mártires a exemplo do Caboclo Marcelino estão ai para nos lembrar que esta terra, não nos foi dada por concessão. Só estamos retomando o que é nosso por direito, afinal somos nativos e descendentes de um povo “intitulado” durante muito tempo de “Caboclos de Olivença”, mas que na realidade são os verdadeiros donos dessa terra, nós os Índios Tupinambá.

Não vamos descer ao nível daqueles que nos atacam, sabemos que a nossa luta pela terra é justa, e que conseguiremos quebrar tabus e derrubar preconceitos, pois nossa identidade que foi ao longo da história sendo violentada, pelos portugueses, pelos coronéis do cacau, agora por pessoas preconceituosas não nos impedirá de lutar pelo que é nosso.

Olivença, junho de 2009.

Comissão de Lideranças do Povo Tupinambá de Olivença.

INDÍGENAS TUPINAMBÁ SÃO TORTURADOS PELA POLICIA FEDERAL DO BRASIL



Prezad@s Companheir@s,



Estamos encaminhando para o conhecimento dos companheir@s caso de tortura contra membros do Povo Indígena Tupinambá na Bahia.



No dia 2 de junho, quatro homens e uma mulher dos Tupinambá (Ailza Silva Barbosa 49 anos, Osmario de Oliveira Barbosa 46 anos, Alzenar Oliveira da Silva 23 anos, Carmerindo Batista da Silva 50 anos e José Otavio de Freitas Filho 30 anos ) foram vítimas de tortura por agentes da Polícia Federal (PF) de Ilhéus, sul da Bahia. Esses policiais aplicaram choque elétrico nas costas e nos órgãos genitais de indígenas e usaram spray de pimenta. Os Tupinambá estavam sendo forçados a confessar o assassinato de um homem, cujo corpo foi encontrado numa represa da Fazenda Santa Rosa, em Buerarema, município próximo de Ilhéus. Os índios torturados só foram soltos à noite.



No dia 25 de maio, os Tupinambá fizeram a retomada de parte de suas terras tradicionais invadida pela fazenda Santa Rosa. Na ocasião, os indígenas encontraram um corpo em estado decomposição e informaram a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a PF. Horas depois da denúncia, agentes da PF entraram na área e levaram 15 indígenas presos. Após depoimentos, todos foram liberados, exceto Jurandir de Jesus, irmão do cacique Rosivaldo (Babau), pelo fato de que estava transportando alimentos para os índios, na área retomada, num veículo de uma empresa que prestava serviços a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).



Jurandir está sendo acusado de peculato, por utilizar o carro da empresa que aparentemente prestava serviços para a Funasa. O Ministério Público Federal (MPF) e a Funai impetraram Habeas Corpus (HC) no Tribunal Regional Federal da 1ª Região contra o decreto de prisão preventiva, pois o simples fato de Jurandir levar alimentos aos seus companheiros não ofende a ordem pública, nem se caracteriza como fomento a um possível crime de esbulho.



O objetivo da tortura dos agentes da PF contra os cinco Tupinambá era fazer com que eles confessassem a participação no crime de homicídio. Mas não obtiveram êxito, e à noite soltaram os indígenas torturados. Em seguida, os índios procuraram a Funai e o MPF, prestaram depoimentos e fizeram exames de corpo de delito, comprovando-se a tortura levada a cabo pelos policiais.



Contexto das torturas



Em outubro de 2008, a comunidade da Serra do Padeiro foi violentamente atacada pela Policia Federal de Ilhéus, que causou uma serie de indignação na sociedade nacional, inclusive motivou uma campanha da Anistia Internacional.



No dia 20 de abril a Funai publicou no Diário Oficial da União (DOU) o Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação da Terra Indígena Tupinambá de Olivença com o total de 47.376 hectares dentro dos municípios de Buerarema, Una e Ilhéus. A partir dessa publicação intensificaram-se as ações discriminatórias na região de Ilhéus, no sul da Bahia. O povo Tupinambá vem sofrendo, inclusive, ameaça de vereadores num intenso processo discriminatório por parte da imprensa da região. O empresário e pecuarista Marcelo Mendonça, Presidente do Grupo da Ação Comunitária, em sessão especial na Câmara de Vereadores de Ilhéus declarou que seus pares se armariam para impedir a demarcação.



Há uma campanha mentirosa por parte dessas pessoas, segundo a qual a demarcação da terra Tupinambá atingirá as sedes dos municípios onde ela se localiza. Nas ações, a Polícia Federal é acompanhada pelos fazendeiros das áreas retomadas.



Na ação da PF em 2008, ninguém foi responsabilizado pelo excesso e pelas ilegalidades dos atos, criando um clima de impunidade em relação aos abusos de autoridade de agentes e delegados da Polícia Federal.



Estamos encaminhando os depoimentos e os laudos do exame de corpo de delito para conhecimento de vocês.



E gostaríamos de contar com o apoio da Anistia Internacional na divulgação e denúncia desse crime tortura. Entendemos que se não for feita uma pressão externa (nacional e internacional) esse caso de tortura será arquivado. Pedimos o apoio e atenção da Anistia.



No caso de necessitar de maiores informações pode entrar em contato conosco ou com a equipe do Cimi em Itabuna - cimiita@veloxmail.com.br

Um abraço



Cláudio Luiz Beirão

advogado e assessor jurídico do Cimi

contato: 61 21061650 - 96964841



RESUMO DAS TORTURAS



Ailza Silva Barbosa, mulher, 49 anos (nasc. 22/10/1959) - Foi jogada no chão, bateram na suas costelas com cabo de arma, ameaçaram de cortar seus cabelos, jogaram spray de pimenta em seus olhos e bateram em sua cabeça várias vezes na parede.



Osmario de Oliveira Barbosa, homem, 46 anos ( nasc. 16/04/1963) - Foi jogado no chão, deram chute, usaram spray de pimenta em seus olhos, sofreu choque elétrico em suas costas, costelas e órgão genitais.



Alzenar Oliveira da Silva, homem, 23 anos ( nasc. 20/01/1986) - Foi jogado no chão, usaram spray de pimenta em seus olhos, deram chute e recebeu choque elétrico em seu pescoço e costelas.



Carmerindo Batista da Silva, homem, 50 anos ( nasc. 12/07/1958) - Foi jogado no chão, deram chute, usaram spray de pimenta em seus olhos. Pisaram de bota em seu pé que ficou a marca, ficou algemado das onze (11:00) da manhã até as vinte e uma horas de trinta minutos (21:30) foi jogado na parede que machucou sua testa.



José Otavio de Freitas Filho 30 anos ( 03/12/1978) - Foi jogado no chão, deram chute, bateram em sua cabeça, usaram spray de pimenta em seus olhos, sofreu choque elétrico no pescoço, órgão genitais. Recebeu várias ameaças de morte.





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Data: Quarta-feira, 17 de Junho de 2009, 10:03

[Itália] Greenpeace: a ambigüidade de uma ONG

Com quase quarenta anos de experiência e com sedes estáveis em quarenta países do mundo, o Greenpeace demonstra ser a multinacional eco-pacifista mais famosa do planeta. Numa perspectiva de liberação sócio-ambiental, oferecemos algumas reflexões críticas sobre a prática e a modalidade de ação deste gigante do ambientalismo.

Com 2 milhões e 800 mil sócios, entre cidadãos de base e entidades sem fins lucrativos, a organização não aceita dinheiro nem de governos nem de grandes empresas, a fim de manter sua independência e imparcialidade. Mas está também imersa no mercado mundial e sujeita às leis e às lógicas mercadológicas. Esta sua característica de estar com um pé nas lutas ambientais, com ações e outras coisas mais, e outro nos serviços de contratação dos governos e das grandes empresas, mesmo que seja para o desenvolvimento da tecnologia verde e para salvaguardar o meio ambiente, o une, sem concessões, a este sistema capitalista gerador de toda a problemática contra o que ele mesmo combate.

A ação do Greenpeace se baseia em poucos, mas fundamentais temas, entre eles a luta contra as usinas nucleares, o carvão mineral, o uso de organismos geneticamente modificados, o desmatamento e outros mais. É notório que a política do grupo se centra na realização de grandes ações espetaculares com o objetivo de atrair, o tanto quanto possível, a atenção dos meios de comunicação sobre temas particulares, apresentando aos cidadãos a iniqüidade de determinadas opções político-ambientais.

Estas ações podem ser complexas e perigosas, e cada ativista é provido de material e preparação técnica necessária para que tudo corra bem. Da roupa ao material de escalada, cada detalhe é organizado e financiado de maneira que não se deixe nada à sorte do acaso e assim se reduzam os riscos ao mínimo.

Visto de fora, o Greenpeace pode parecer que não vai mais além da luta ambiental e pacifista, enchendo de protagonismo o ativista comum que cheio de energia embarca em um navio zodiac para enfrentar as maléficas multinacionais, mancha de tinta os petroleiros, navega pelos mares ou se acorrenta com o/as companheiro/as em uma central nuclear.

Mas além do desejo de lutar na primeira linha de combate, da notícia nos meios de comunicação, existe uma realidade tremendamente hierarquizada que reduz o campo de ação à um círculo de temas muito restrito, minimizando a iniciativa local e se relacionando com o/as ativistas de base com critérios nada diferentes dos que podemos encontrar entre um trabalhador e um diretor empresarial. Da sede central de Amsterdã partem as decisões dos dirigentes sobre qualquer tema, das campanhas a serem realizadas aos métodos de ação, e chegam até os grupos locais, espalhados um pouco por todo o mundo, que levam à pratica as decisões tomadas na cúpula.

Cada grupo local trabalha ao redor dos mesmos temas e o método é “a união faz a força”, que podia ser muito bom se não fosse por alguns defeitos essenciais que reduzem a potência aos efeitos. O Greenpeace, por exemplo, não leva em conta, nem um pouco, os problemas das realidades locais, das pequenas e grandes desgraças político-ambientais das comunidades nas quais está inserido. Nestes tempos absurdos em que é difícil estabelecer uma relação entre áreas extremas com temas como a ecologia e o meio ambiente, o Greenpeace evita lutar na batalha das comunidades locais, que são as que se manifestam mais próximas, que nos tocam de perto e nos faz sentir parte da luta. Por isto é fácil de compreender porque uma realidade tão eco-pacifista não se encarnou nos milhões de comunidades em luta ao redor do mundo.

Também está claro que o Greenpeace dificilmente terá muita agilidade em propor seus temas aos cidadãos de Nápoles que suportam pela enésima vez o escândalo do amianto e o regime militar. Igualmente será difícil de consolidar em Vicenza um grupo local frente ao silêncio do Greenpeace sobre a devastação ambiental (para não falar das manobras políticas) que acontecerá em Del Molin. O mesmo pode se dizer dos milaneses, que terão muito trabalho para conseguir acabar completamente, de cara, com a inauguração da Expo 2015. E os exemplos se acumulam nos múltiplos desastres ambientais que devastam os territórios até agora desprezados pelo Greenpeace. Está claro como uma organização de tal envergadura econômica poderia se relacionar com todas as comunidades em luta do mundo, criando um sistema de contestação e de apoio mútuo muito superior à suas forças atuais.

Mas a política do grupo não contempla o chamado à ação cidadã, à sensibilização das pessoas, à colaboração com o resto do mundo do associativismo. Falta uma clara referência à participação popular para a resolução dos problemas ambientais e, em conseqüência, frente à impossibilidade, na prática, de bloquear minas com grandes gestos e grandes manchetes, falta a retroalimentação cidadã que com sua ação direta poderia continuar as mobilizações e as ações.

Falta uma clara correlação entre as causas e os problemas que se buscam afrontar. Como sempre, o dinheiro e o poder são os responsáveis pelas opções políticas mais desastrosas, como o uso da energia nuclear ou do carvão mineral. E atrás de certas opções existem nomes e sobrenomes que se movem somente pelo poder e benefício. Nomes e governos que dificilmente a multinacional verde se oporá.

Através do uso de um ecologismo light, sempre escandaloso e nunca profundo, se cria uma sensação de distância entre o problema enfrentado e as pessoas que os criaram. Problema, este último, gerador de disfunções psicológicas dificilmente superáveis, como o profundo sentimento de impotência e de distância às questões afrontadas.

Não podemos julgar em um contexto separado a luta ecologista das outras lutas porque cada uma delas forma parte de uma grande rota de libertação que, incompleto, tenderá a recriar os mesmos conflitos.

Marco Rizzato

Fonte: “Umanità Nova”, semanário da Federação Anarquista Italiana (FAI)

Tradução > Marcelo Yokoi

agência de notícias anarquistas-ana

Vaga-lumes voam

giram círculos no lago —

Dezenas de luzes...

Rosangela Aliberti



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Date: 2009/6/3

[Dinamarca] 71 presos em Copenhagen no protesto contra o encontro mundial de negócios e mudanças climáticas

Manifestantes se confrontaram com policiais em Copenhagen esta semana enquanto tentavam interromper o encontro das corporações sobre mudanças climáticas, o World Business Summit on Climate Change (WBSCC), um apanhado dos mais importantes grupos econômicos e não coincidentemente, os maiores poluidores do Planeta.

Organizado pelo governo dinamarquês, o WBSCC ofereceu aos interesses corporativos acessos sem precedentes às sucessivas discussões sobre mudanças climáticas das Nações Unidas, incluindo um “face time” (cara-a-cara) com o Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e o tão aclamado “herói” do clima, Al Gore, o ex-vice-presidente dos Estados Unidos.

O grupo de manifestantes, conduzindo uma faixa que dizia “Nosso Clima não é o seu Negócio”, tentou romper as linhas policiais para acabar com o encontro. O animado grupo de ativistas queria ressaltar o papel destruidor das multinacionais e de grandes corporações nas discussões climáticas internacional. A lista de corporações participantes incluiu o nº 1 em emissão de carbono no mundo, a Shell, a Duke Energy e a British Petroleum, entre outras corporações criminosas do clima e do meio ambiente.

“O governo dinamarquês parece estar sob a impressão de que algumas das companhias mais poluidoras do mundo vão propor fortes medidas para atacar as mudanças climáticas”, disse Kenneth Haar, pesquisadora do Observatório Europeu de Corporações (CEO), grupo de pesquisa baseado em Amsterdã, Holanda, “Mas infelizmente isto não parece ser o caso. As corporações participantes do WBSCC estão mais dedicadas a perseguir os negócios de sempre, o lucro, a qualquer custo – com as promessas de que as futuras tecnologias resolverão todos os problemas.”

Grupos lobistas das grandes corporações estão tentando influenciar as discussões sobre as mudanças climáticas nas Nações Unidas desde o começo, e sobre os governos. Mas agora eles estão sendo convidados para compor a agenda das Nações Unidas sobre mudanças climáticas antes mesmo dos negociadores terem sentado à mesa.

Como podemos confiar em um processo que abre suas portas para tantas corporações que criam a crise climática, enquanto fecha as portas aos pobres, indígenas e camponeses, que são os menores responsáveis pelas mudanças climáticas, porém sofrerão a forças de seus impactos?

Para se envolver com a resistência ao controle corporativo sobre as discussões sobre o aquecimento global, mudanças climáticas, visite:

www.klimakollektiv.dk

www.actforclimatejustice.org

www.risingtidenorthamerica.org

Tradução > Marcelo Yokoi

agência de notícias anarquistas-ana

Casarão antigo

rodeado de amoreiras -

Mal se vê a entrada.

João Toloi



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De 06 e 07 de junho de 2009

Local:( APEOESP -Casa do Professor) Rua Bento Freitas, 71, largo do Arouche-SP

OBS:Em frente á FUNASA( estação metrô República)



Encontro kariri / Fórum Indígena Permanente



06/06/2009

Abertura Cultural Kariri Xoco, Kariri, Kaimbé



09 às 12h

Terra/Meio Ambiente: Rosi Kariri , Yaporan Kariri xoco

Cultura e Tradições: Tekaine Kariri Xocó, Egina Kaimbe

Educação: Aurilene Tabajara , Zenilda Mura, Joel Karai Mirim Guarani



14 às 18h

Saúde: Yaporan Kariri Xocó, Magna Kaimbe, FUNASA-SP

Direitos Indígenas: Joel Karai Mirim Guarani ,Dr. Helio Bicudo - FIDDH ,

Índios na Cidade: Ava Fulni-ô

Mulheres Indígenas: Diva Wassu Kokal, Maria Aparecida( INSPIR)



Fórum Indígena Permanente (FIP)

07/06/2009



09 às 12h

Mesa de Debate: Fórum Indígena Permanente e Articulação Movimento Indígena

Conselho dos Povos Indígenas de SP(CEPISP), Coletivos Jovens Indígenas(CJI), Flavio Jorge (CONEN)



14 às 18h

Mesa de Debate: Direitos Indígenas

Coordenação Fórum Indígena Permanente - FIP

Lideranças Indígenas SP –Ataide Guarani( Aldeia Tenondé Porá-SP)

Lideranças Indígenas Nacional – Zezinho Banê Kaxinawa – ASKARJ - Acre

Lia Lopes (Yowli Brasil)

Vereadora Juliana Cardoso (SP)



Realização: AIKA-Associação Indígena Kariri e Fórum Indígena Permanente(FIP)

Apoios: Agentes da Cidadania, Defensoria Social, APEOESP, SindCom, ACT Brasil, CEPISP, USP LESTE,



Contatos: 11-3101-7065 ou 9787-5723 rosicariri@yahoo.com.br ou egina-india@hotmail.com ,Rua do Ouvidor, 54, 4º andar, conj. 41, Anhangabaú-SP



OBS: Haverá Exposição e Venda de Arte Indígena





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Date: 2009/6/3

Governo grego anuncia um pogrom e a criação de um gueto para imigrantes

[O Ministério da Ordem Pública anunciou o lançamento de um pogrom massivo aos imigrantes do centro de Atenas após as eleições no Parlamento Europeu, assim como o deslocamento destes imigrantes para um grande campo de concentração localizado fora da cidade.]

O ministro da Ordem Pública, o senhor Makroyannakis, anunciou o lançamento de um pogrom (1) de grande escala para o/as habitantes imigrantes do centro de Atenas após as eleições européias. Prometeu “limpar” o centro da cidade de imigrantes e deslocá-lo/as ao que têm chamado de “um gueto” localizado fora da cidade. A base da OTAN em Aspropyrgos, em um polígono industrial altamente contaminado, espera alojar mais de 2.000 imigrantes ilegais. As instalações já foram propostas no passado para servirem como um campo de concentração temporário para imigrantes, dependentes de drogas e sem-tetos durante os Jogos Olímpicos de 2004, mas o plano foi abandonado devido a um protesto público massivo. Um grande número de forças políticas, assim como os meios de comunicação, denunciaram os novos planejamentos por se tratarem da construção de um campo de concentração.

Como parte do plano de “limpeza de Atenas”, o Ministério da Ordem Pública anunciou também operações massivas para “varrer” os dependentes de drogas, coincidindo com o fechamento do Centro de Metadona de Atenas, que transferirá as instalações aos hospitais.

Além do mais, o Ministério da Ordem Pública divulgou que uma terceira parte das operações incluirá “operações de limpeza” contra os centros sociais anarquistas e anti-autoritários por toda a capital grega.

A tensão pública sobre os assuntos relacionados com a imigração tem sido acentuada por parte dos meios de comunicação que informam sobre os bairros onde moram trabalhadores imigrantes, em especial o bairro de Agios Panteleimonas, onde grupos fascistas paraestatais têm imposto o terror nas últimas semanas. Os moradores denunciam que os neonazistas, com o respaldo da polícia, têm ameaçado as pessoas que não querem participar de suas manobras anti-imigrantes. Até mesmo o padre da igreja local anunciou que tem recebido ameaças de morte por seu férreo apoio ao/às imigrantes. Na semana passada foram cancelados todos os eventos públicos que grupos locais haviam organizado na praça do bairro (teatro de marionetes, apresentações de livros etc.), devido aos ataques dos capangas fascistas que, inclusive, fecharam o pátio de jogos para não permitir “que os afegãos contaminem o sangue grego”. A onda de terror fascista na área alcançou seu ponto culminante após as manifestações de imigrantes em resposta a um incidente policial racista ocorrido na semana anterior, que tinha como objetivo o Alcorão.

(1) A palavra de origem russa Pogrom denomina um ataque violento massivo a pessoas, com a destruição simultânea do seu ambiente (casas, negócios, centros religiosos). Historicamente, o termo tem sido usado para denominar atos massivos de violência, espontânea ou premeditada, contra Judeus e outras minorias étnicas da Europa.

Tradução > Marcelo Yokoi

agência de notícias anarquistas-ana

no filme mudo

uma ave que eu cria extinta

está cantando

LeRoy Gorman



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Date: 2009/6/3

[Canadá] Expulsão brutal do Centro Social Autogerido: a repressão asfixia os “squaters”

Comunicado de Imprensa

30 de maio de 2009

Um grupo de repressores expulsou as pessoas que ocupavam o edifício entre a San Patrick e a Atwater esta tarde. Ontem a noite uma centena de pessoas ocuparam o prédio para instalar o Centro Social Autogerido. A presente hora todas as pessoas que estavam em seu interior saíram do prédio e se juntaram à manifestação de apoio, com algumas centenas de pessoas que tomaram a rua no momento.

Próximo das 15h00, os policiais prometeram que iam discutir com os “diplomatas” do Centro Social antes de fazer a intervenção. Na hora do encontro, a polícia forçou a barreira que cercava o espaço. Naquele momento várias dezenas de pessoas, entre elas algumas famílias com crianças pequenas aproveitavam o sol para tocar musicas, conversar ou comer. Os policiais cortaram os cadeados da trava, forçaram a porta de entrada lendo a primeira ordem de evacuação recebida pelos ocupantes.

As pessoas que se encontravam no interior conseguiram fechar a porta e obstruí-la com barricadas. Após varias tentativas a policia conseguiu romper a barricada. Eles cercaram a construção instalando atiradores de elite sobre os tetos, jogando gás pelas janelas. Em assembléia geral de urgência eles e elas decidiram deixar o lugar. Vários conseguiram sair e foram calorosamente acolhidos pela manifestação de apoio. Um outro grupo de manifestantes retornou para continuar defendendo o prédio. A intervenção policial intensificando-se, eles e elas finalmente decidiram sair pela San Patrick e se juntar à manifestação de apoio. Todo mundo conseguiu sair do prédio com suas bagagens e quase todo os seus pertences.

Soubemos que a polícia tenta justificar esses atos ilegais junto às mídias. Relatam que os ocupantes utilizaram os extintores para se defender contra eles e que então não tinham outra opção senão intervir. Esta alegação é falsa. Foram os policiais que atacaram o Centro Social e não o contrário. A utilização de força excessiva é prova de que vivemos numa sociedade autoritária que não tolera a dissidência e que busca sufocar todo projeto que questione os fundamentos desse sistema.

O projeto do Centro Social continua. A Luta continua. Nós não nos deixaremos esmagar pelo que ocorreu hoje. Ao contrário, nossa vontade de botar em prática nossos sonhos por uma sociedade sem relação de autoridade, baseada em valores de autonomia, de apoio mútuo e de respeito se reforça. Longa vida ao Centro Social Autogerido!

Para mais informações, visite nosso site: www.centresocialautogere.org

Tradução > Allyson Bruno

agência de notícias anarquistas-ana

Café da manhã -

O canto do sabiá

embala a conversa.



Regina Alonso



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Date: 2009/6/2

[EUA] Feira Livre, Realmente Livre

A primeira Feira Livre, Realmente Livre da Filadélfia está para ser realizada neste próximo sábado (6). Será no Parque Clark, às 12h00. Traga amigo/as e coisas para compartilhar.

Uma Feira Livre, Realmente Livre é um convite para você dar e/ou levar o que quiser. Você já trouxe um prato para um encontro como este e foi embora de barriga cheia e uma refeição balanceada? Todo mundo traz algumas coisas e vai embora com muito mais.

Todos nós temos habilidades, idéias, objetos, sorrisos, talentos, amizades, brincadeiras, discussões e muitas outras coisas para partilhar. Se trouxermos todas elas juntas à Feira Livre, Realmente Livre, poderemos prover vidas mais completas e equilibradas para todo mundo.

Como comunidade, temos muitos mais recursos do que temos como indivíduos. Se compartilharmos nossos recursos, não precisaremos comprar tantas coisas novas. Isto faz com que usemos menos recursos da Terra, e menos de nossas horas de trabalho, nos deixando mais tempo para devotarmos a nós mesmos e às nossas comunidades.

Todos nós trabalharíamos quarenta horas por semana em um trabalho se não sentíssemos que deveríamos? O que acham se, ao invés, trabalhássemos para melhorar nossos talentos e habilidades individuais e os dividir, umas com as outras? Poderíamos passar o tempo fazendo coisas que gostamos.

A Feira Livre, Realmente Livre é uma tentativa de colocar estas idéias na prática.

Se você está neste sítio de internet, poderá perceber a importância de eventos como a Feira Livre, Realmente Livre. Se quisermos construir este mundo melhor, precisamos questionar o status quo, assim como construir alternativas que funcionem neste sentido. Como radicais, anarquistas, autônomo/as e seres-humanos preocupado/as com a sociedade, o Planeta, esta é nossa oportunidade para fazer isto.

É a nossa oportunidade de dar um passo para fora da isolação, dos guetos de nossa “subcultura” e construir conexões significativas com o/as nosso/as vizinho/as e a comunidade em geral. Esperançosamente esta é a primeira de muitas feiras livres na Filadélfia. Quanto melhor ela for, mais fácil será para realizar outras no futuro, e assim se tornar algo maior. Vamos começar as coisas direito.

A Feira Livre, Realmente Livre é uma chance de saciar necessidades imediatas de uma maneira diferente (e contrária) ao modo proposto pelo capitalismo.

Baseada no apoio mútuo, na solidariedade e na generosidade, a Feira Livre, Realmente Livre permite experimentamos e vivenciarmos uma realidade além da opressão do mercado, do consumismo, das disputas entre pessoas e da exploração.

Através da doação mútua e do reaproveitamento de itens que não têm sido utilizados pelas pessoas, é possível conseguir as coisas que precisamos passando longe do dinheiro, dos impactos ambientais, do consumismo, da utilização e gasto de dinheiro.

Projetos desse tipo fortalecem nossa autonomia frente ao capitalismo, nosso espírito de comunidade, e contribuem reduzindo nossa necessidade de dinheiro, do consumo e da geração de lixo com produtos novos.

Como a Feira Livre, Realmente Livre funciona?

Se você tem algo que pode e gostaria de doar a alguém você a expõe no espaço da Feira Livre, Realmente Livre. As outras pessoas ou você mesmo, se acharem exposto algo que interesse, pode pegar e levar sem gastar nenhum centavo.

Para aquele/as não-familiarizado/as com a Feira Livre, Realmente Livre, aqui tem mais infos do projeto que se espalha em várias cidades dos Estados Unidos: www.reallyreallyfree.org

Com amor,

Um anarquista da vizinhança...

Tradução > Marcelo Yokoi

agência de notícias anarquistas-ana

Gotas de sangue

estão prestes a pingar:

pitangas maduras.



José N. Reis



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Date: 2009/5/29

Anarquistas na mira da polícia canadense

Ativistas da rede anarquista Causa Comum, de Hamilton, temem que a polícia desta cidade criminalize o/as organizadores da 2ª Feira de Livros Anarquista de Hamilton, após um relatório policial ter identificado a feira como sendo uma fonte potencial de crime de ódio.

Ao apresentar o relatório “Crime de Ódio do Fim do Ano” (disponível na internet) para a Junta Policial de Hamilton em 19 de maio, o Sargento Michael Goch declarou que a polícia estará “monitorando ativamente” a feira de livros programada para o dia 6 de julho.

Alex Diceanu, tesoureiro de Ontário do Causa Comum respondeu: “Assim como o/as organizadore/as da anual feira de livros, e assim como o/as anarquistas e ativistas locais, o Causa Comum está profundamente preocupado com estas declarações”.

“Esta é uma manipulação das leis do crime de ódio para criminalizar o/as ativistas. Nestes tempos de crises econômicas e ambientais, acompanhado de um desengajamento político crescente, eventos educativos e de ativismo como a feira de livros deveriam ser encorajados, e não arrefecidos com vigilância”.

O relatório também identifica o encontro do G8 em 2010 (Huntsville, ON), a Olimpíada de Inverno de 2010, as “questões de recuperação de terras nativas locais”, o “movimento anarquista” e a “reação anti-governo e anti-instituição gerada pela crise econômica e a perda de emprego” como tendências e eventos que “talvez tenham impactos e repercussões significantes sobre a comunidade de Hamilton em termos de incidentes relacionados à propensão ao ódio”.

Pela primeira vez o relatório também inclui pichações e grafites que fazem menção à polícia, mesmo embora isto contradiga a própria definição do relatório sobre o que seria um crime de ódio.

Diceanu comentou: “Estamos preocupados que os recursos públicos destinados a investigar crimes de ódio estejam sendo focados sobre pessoas que estão tentando melhorar esta sociedade, defender à Natureza”.

A Feira de Livros Anarquistas não é uma ameaça à sociedade!

Ela é aberta ao público e a toda a família, oferecendo cuidados infantis sem custo e oficinas para crianças.

Aproximadamente 300 pessoas participaram da feira de livros do ano passado. Ativistas irão se reunir novamente para trocar literatura e outras formas de informação.

As oficinas na feira de livros tentarão abarcar questões enfrentadas pelos grupos marginalizados nomeados na legislação de crimes de ódio, incluindo os povos indígenas, grupos que sofrem preconceito racial, pessoas encarando barreiras de incapacidade e outros. Outras oficinas tratarão da crise econômica, justiça ambiental e organização no espaço de trabalho.

Os Princípios Básicos do Causa Comum declaram claramente que: “Nós não somente nos opomos a todas as manifestações de opressão como o racismo, o sexismo, o sectarismo religioso e a homofobia, mas também lutamos ativamente contra todas elas”.

“De fato, o/as anarquistas sempre procuraram entender e acabar com todas as formas de opressão em nossas lutas para criar um mundo marcado pela igualdade verdadeira, liberdade, paz e harmonia com a Natureza”, explica Diceanu.

Tradução > Marcelo Yokoi

agência de notícias anarquistas-ana

instante do passarinho

fui olhar

fiquei sozinho



Ricardo Silvestrin



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Date: 28/05/2009 17:29

[Alemanha] Dias de ação em Berlim

De 6 a 21 de junho. Venha a Berlim para os dias de ações em solidariedade aos espaços livres. Estamos todos firmes contra a gentrificação, pela liberdade! Ação Direta!

Este ano o “Nós todos ficamos! Semanas de ações” será realizado novamente. Visto que o descentralizado conceito de protesto Faça Você Mesmo teve tanto sucesso no ultimo ano, que iremos continuar a contar com ele este ano. Um grupo de preparação fornecerá uma infra-estrutura com lugares para dormir, pontos de informação, internet, rádio etc., o resto do programam estará em breve em suas mãos. Pense sobre como organizar seu protesto contra o dominante planejamento da cidade. Seja criativo e visível para o público em geral ou se organize silenciosamente.

Queremos dar às pessoas uma oportunidade para expressar suas frustrações e rejeições sobre as já enunciadas evicções de espaços autônomos, aumentos de aluguéis, crescente vigilância, controle dos espaços públicos e, é claro, sobre a política orientada pelo lucro, excluidora, do governo de Berlim. Mas não trataremos exclusivamente de Berlim. Queremos oferecer uma etapa para todos os projetos emancipatórios, coletivos e campanhas que desejam informar às pessoas sobre elas mesmas, sobre suas lutas, seus problemas e seus sucessos. Aqui novamente: Faça Você Mesmo! Realize oficinas, faça ação direta!

O destaque será a já divulgada ocupação em massa do antigo aeroporto de Tempelhof. Esta área é um grande exemplo de como o governo de Berlim somente lida com interesses monetários. Shows de Moda e o Exército Alemão podem usar a área sem nenhuma objeção, enquanto a cultura não-comercial está excluída por uma grade de segurança e seguranças privados. Tudo nos enche de raiva! Esta é a nossa cidade! Temos um direito de, democraticamente, decidir como o nosso ambiente – nossa cidade – se desenvolve e como ela é usada. Vamos mostrar aos burocratas de políticas autoritárias o que pensamos de suas decisões!

Por todos os projetos e espaços autônomos que estão em perigo de serem desalojados!

Contra os altos e crescentes aluguéis! Contra a vigilância pública e a repressão!

Contra a gentrificação! Pelos nossos direitos na cidade!

Todo/as nós ficaremos!

www.actiondays.blogsport.de

Tradução > Marcelo Yokoi

agência de notícias anarquistas-ana

morro alto

sobre o som do mar

o som do grilo



Ricardo Portugal



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Date: 2009/5/27

“O desenvolvimento não pode ser sustentável”

[Defensor do decrescimento, Carlos Taibo, é professor de Ciências Sociais e de Administração na Universidade Autônoma de Madri (UAM), na Espanha. É autor de mais de uma dezena de livros, o mais novo se chama "En defensa del decrecimiento. Sobre capitalismo, crisis y barbarie" (Em defesa do decrescimento. Sobre capitalismo, crise e barbárie), que lança luz sobre o decrescimento, um novo movimento nascido na França, em 2003, e que já conta com adeptos em diversas partes do mundo. Entre outras coisas, eles lutam contra o totalitarismo economicista, desenvolvimentista e progressista, a sociedade de consumo, do automóvel, da publicidade, do individualismo, da industrialização mundial, a medicação da vida, dos deslocamentos de pessoas e mercadorias... Buscam a valorização do tempo, da regionalização das atividades, de uma alimentação natural... Autogestão.. São defensores da ecologia, dos recursos naturais. O professor concedeu a seguinte entrevista à ANA.]

Agência de Notícias Anarquistas > O tema do decrescimento é novo no meio ecológico e libertário espanhol?

Carlos < É relativamente novo: a palavra “decrescimento” tem sido introduzida nos últimos tempos no debate dos movimentos ecologistas e libertários. Mesmo assim, o conceito correspondente tem uma tradição sólida e visível presença há muito tempo. Na realidade, a proposta é uma conseqüência inevitável de desenvolvimentos teóricos anteriores.

ANA > É urgente pensar numa sociedade de decrescimento, livre da ditadura econômica, do consumo, do sistema capitalista?

Carlos < É o único horizonte defendível no que diz respeito aos países do Norte desenvolvido. Hoje já sabemos que o crescimento econômico não provoca uma maior harmonia social, produz agressões ambientais, em muitos casos, irreversíveis, esgota recursos naturais que não vão estar à disposição das gerações futuras, e facilita o assentamento de um modo de vida escravo que seduz a concluir que a nossa felicidade será maior quanto mais consumamos.

ANA > Mas em países do Sul, como o Brasil, em pleno desenvolvimento, crescimento econômico, uma sociedade de mercado em expansão, estas idéias não têm sentido, não são defendíveis?

Carlos < Tem, evidentemente, um sentido diferente. Mas com certeza há regiões inteiras do Brasil com grandes pegadas ecológicas nas quais é preciso decrescer. Os países do Sul não podem reproduzir mais o modelo agressivo e depredador que os países do Norte estão impondo em todo o Planeta.

ANA > E quais seriam os primeiros passos para uma sociedade de decrescimento?

Carlos < Fechar muitos complexos econômicos -na indústria do automóvel e na da aviação, na construção, nos complexos militares, na publicidade-, recolocar os trabalhadores desempregados nos setores vinculados com a economia social e ambiental, facilitar a repartição do trabalho e, enfim, trabalhar menos e consumir menos. Todo o anterior deve vir acompanhado de um processo geral de redistribuição da riqueza.

ANA > E uma “economia” cada vez mais regional, local, não?

Carlos < Sim. Temos que recuperar o mundo do local frente às supostas vantagens do global. Isso permitiria restaurar boa parte das produções locais. E, além disso, facilitaria a recuperação de formas de democracia direta e autogestão. Quanto menos poder deleguemos, em todos os terrenos, melhor para todos.

ANA > Dentro da política de decrescimento está também uma alimentação natural, vegetariana, em oposição à alimentação industrializada, moderna, causadora de inúmeras doenças e destruição da natureza?

Carlos < Está, naturalmente. O regresso ao local deve permitir a reconstrução de muitos dos elementos da agricultura tradicional e deve fechar o horizonte a muitas das grosserias políticas de intervenção desenvolvidas pelas grandes empresas transnacionais.

ANA > E que setores são esses da economia social e ambiental que você fala?

Carlos < Falo, em geral, de setores não guiados pela lógica do benefício, senão pelo objetivo de satisfazer necessidades e manter o equilíbrio com o meio natural.

ANA > O deslocamento das pessoas também é uma preocupação dos decrescentistas. Você concorda com a tese de que o turismo está afetando o meio ambiente?

Carlos < Concordo, sim. Não podemos permitir-nos manter os níveis atuais de deslocamentos, decisivos em matéria de esgotamento de recursos naturais. Mas o problema não é só o turismo: alcança aos deslocamentos irracionais que se verificam no meio urbano, em todos os lugares.

ANA > E sobre a “aceleração do tempo”, o que você poderia falar?

Carlos < A defesa da vida social acarreta, por lógica, uma defesa paralela de sociedades onde o tempo não está regulamentado como nas nossas sociedades de hoje. A regulamentação do tempo, e aceleração irracional de todas as práticas, é um elemento essencial da lógica do capitalismo.

ANA > Há alguma diferença entre as idéias de decrescimento e as idéias de Liev Tolstói de “simplicidade voluntária”?

Carlos < Há, sim. Ainda que creia que a maioria dos defensores do decrescimento não está a pensar em sociedades marcadas por um código religioso que convoque a reduzir hierarquicamente a manifestação das emoções e das sensualidades. O que temos que defender é, sem mais, a radical virtude da vida social frente às lógicas da produção, do consumo e da competitividade.

ANA > Todos, ou a maioria dos problemas ambientais estão atrelados ao consumo?

Carlos < Estão vinculados com uma explosão irracional das necessidades e, naturalmente, com um aumento importantíssimo da população do Planeta.

ANA > E como mudar o imaginário de felicidade das pessoas quando elas consomem alguma coisa?

Carlos < Sublinhando que, deixados atrás os níveis inferiores de desenvolvimento, o hiperconsumo é bem mais uma manifestação de infelicidade que o procedimento que permite acrescentar esta última. Lembro mais uma vez que, a pesar de a renda per capita ter crescido três vezes desde 1945 nos EUA, a porcentagem de norte-americanos que se declaram cada vez menos felizes têm crescido espetacularmente.

ANA > Qual a importância da criatividade numa sociedade de decrescimento?

Carlos < O ócio criativo, assentado no trabalho coletivo e na investigação consciente, é um elemento central de qualquer projeto de decrescimento. É a antítese de um mundo, o nosso, de hoje, no que a criatividade ficou morta em proveito, sem mais, da produtividade mais mecânica.

ANA > Hoje o conceito de “desenvolvimento sustentável” foi praticamente recuperado pelos capitalistas, corporações, multinacionais... que acreditam que é possível aliar a preservação do meio ambiente ao desenvolvimento econômico. As idéias de decrescimento também não correm esse risco?

Carlos < O risco existe sempre, sim. Mas parto da certeza de que o capitalismo não pode subsistir num cenário de decrescimento. Outra coisa é que consiga aproveitar determinadas ideais vinculadas com o decrescimento para de esta maneira anular o sentido de fundo do projeto que este reivindica. Em qualquer caso, hoje sabemos que o desenvolvimento não pode ser sustentável.

ANA > Dias atrás o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou um plano para tornar os carros e caminhões mais eficientes, que poluam menos e para reduzir o uso de combustíveis. Outros países vão no mesmo caminho. E há também outros exemplos de empreendimentos e iniciativas “verdes”. Há aí algum aspecto de decrescimento? Ou tudo está dentro da lógica de crescimento, do eco-capitalismo?

Carlos < Essas propostas têm pouco ou nada a ver com o decrescimento. Ao cabo o que propõem é desenvolver tecnologias que devem permitir manter os nossos níveis atuais de atividade econômica e, com eles, os nossos níveis de agressão contra a natureza. Além disso, estão claramente desenhadas com o objetivo de manter os benefícios das grandes empresas.

ANA > Qual o principal problema ambiental na Espanha nos dias atuais?

Carlos < As políticas que o Governo espanhol desenvolve em relação com a mudança climática são particularmente pouco eficientes. Do mesmo modo, a costa foi castigada pela construção de milhões de prédios que destruíram lugares de claro interesse ecológico.

ANA > E o que devemos fazer “aqui e agora” como práticas decrescentistas?

Carlos < Temos que nos organizar, naturalmente, e temos que introduzir na nossa vida cotidiana práticas diferentes. Mas isso não é um fenômeno singular do projeto de decrescimento: antes deste estávamos na obrigação de fazer o mesmo.

ANA > Para terminar. Ainda há tempo para salvar o Planeta, parar o desenvolvimento?

Carlos < Para ser sincero, devo confessar que temos pouco tempo. Quanto mais adiemos a nossa resposta, mais difícil será resolver os problemas.

agência de notícias anarquistas-ana

cortinas de seda

o vento entra

sem pedir licença

Paulo Leminski





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Date: 2009/5/27

Mostra internacional de filmes anarquistas franceses na “III Jornada Brasileira do Cinema Silencioso”

[Entre 6 e 17 de agosto será exibido na Cinemateca Brasileira a mostra de filmes anarquistas franceses, dentro da “III Jornada Brasileira do Cinema Silencioso”. A programação inclui um curso sobre “cinema e anarquismo” e o lançamento de um livro.]

Esse ano a Cinemateca Brasileira vai realizar em São Paulo, capital, a terceira edição da Jornada Brasileira do Cinema Silencioso. O evento é uma das principais ações da instituição e contará com a participação de músicos que acompanharão as projeções. A direção musical ficará por conta de Lívio Tragtenberg. Além disso, haverá discussões com pesquisadores e historiadores sobre o cinema das primeiras décadas do século XX.

A programação é diversa, com filmes antigos sobre a Amazônia, homenagem à atriz Eva Nill, destaques da Jornada do Cinema Silencioso de Pordenone e uma mostra de filmes anarquistas.

Os filmes anarquistas foram produzidos pela cooperativa "Cinéma du Peuple" (1913), uma produtora que contava com a colaboração de Sébastien Faure e de Jean Grave. Serão exibidos filmes recentemente descobertos nos porões da Cinemateca Francesa. Filmes como "La Commune", em que velhos communards dão seu depoimento sobre a carnificina de 1871.

Para complementar a mostra, terá um curso sobre cinema e anarquismo, com a historiadora francesa Isabelle Marinone. E mais o lançamento do livro "Cinema e anarquia: uma história 'negra' da sétima arte", da mesma Isabelle.

Outros filmes anarquistas que serão exibidos na mostra: L’assassinat du Ministre Plehve / du Grand duc Serge, Lucien Nonguet (Pathé), 1904; L’Anarchiste, Lucien Nonguet, 1906; Le Meneur, Pathé, 1909; Anarchiste malgré lui, Prod Pathé, 1910; Les bandits en automobile (L’Auto grise, Hors la loi), de Victorin Jasset Éclair, 1913; Manifestations en faveur de Sacco et Vanzetti (1921) de Le Saint; Manifestations en faveur de Sacco et Vanzetti (1927) de Sauvageot; Pourquoi la guerre, de E. Kress – Ligue du Cinématographe, 1912; Les obsèques de Francis de Pressensé, Armand Guerra, 1914 / Cinéma du Peuple, 1914; La Commune, de Armand Guerra / Cinéma du Peuple, 1914; Les misères de l’aiguille, Raphael Clamour / Cinéma du Peuple, 1914; Victime des exploiteurs, Armand Guerra / Cinéma du Peuple, 1914; L’Hiver! Plaisir des riches, souffrance des pauvres, Armand Guerra / Cinéma du Peuple, 1914; Le Vieux Docker, de Armand Guerra / Cinéma du Peuple, 1914; Une visite à l’orphelinat national des chemins de fer à Avesnes, Armand Guerra / Cinéma du Peuple, 1914.

O evento vai acontecer entre os dias 6 e 17 de agosto na própria Cinemateca Brasileira. Endereço: Lgo. Senador Raul Cardoso, 207 - Vila Mariana – São Paulo.

www.cinemateca.gov.br

agência de notícias anarquistas-ana

sopra o vento

sento em silêncio

sentir é lento



Alexandre Brito



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Date: 2009/5/26

Contra o capital, emergem os Black Blocs

[Como se viu na reunião da cúpula do G-20 em Londres, os Black Blocs são a lança inflexível dos enfrentamentos com a polícia, a destruição de propriedades capitalistas e a ocupação momentânea de certas zonas centrais das cidades.]

Hakim Bey poderia contemplar a influência de sua obra através das telas de televisão. O teórico da TAZ, Zona Autônoma Temporária (Temporary Autonomous Zone), criou um conceito que determinados grupos logo converteram nos Black Blocs. Estes grupos são os que, no curso das manifestações contra o G-7, a OTAN, o FMI e o G-20, ocupam a cabeceira das mobilizações e se transformam em comando de choque: sucursais de bancos destruídas, automóveis de luxo queimados, vitrines de lojas “para ricos” quebradas e enfrentamentos diretos com as forças da “ordem” que caracterizam um modo de ação que remonta os anos 80 e que a partir dos 90 utilizou os princípios enunciados por Hakim Bey. Este autor anarquista se chama na realidade Peter Lamborn Wilson. Escritor, poeta e político, Wilson se define como um "anarquista ontologista".

Sua obra, que é escrita com o pseudônimo de Hakim Bey, teoriza uma força crítica de ocupar o espaço controlado pelos aparatos estatais. As TAZ “aparecem e desaparecem para escapar melhor dos agrimensores do Estado. As TAZ ocupam provisoriamente um território, no espaço, no tempo, no imaginário e se dissolve enquanto está sendo repercutida. (...) A TAZ é uma insurreição fora do Tempo e da História, uma tática de desapropriação”. A tradução mais extrema e moderna desse enunciado foi modelada nas operações do que hoje são chamados os Black Blocs: ocupar um território ou espaço durante uma manifestação, destruir propriedades capitalistas como bancos, comércios de luxo, sedes de multinacionais e expressar com isso o repúdio ao sistema.

Como se viu na reunião de cúpula do G-20 em Londres, e a da OTAN organizada dias depois na cidade francesa de Estrasburgo, os Black Blocs são a lança inflexível dos enfrentamentos com as forças da “ordem” e a ocupação momentânea de certas zonas centrais das cidades: “Se trata de mostrar ao poder que isso é uma nuvem de desordem, e de celebração anti-sistema capitalista”, explica Julien, um Black Bloc belga que participou da tomada do Banco da Inglaterra durante a reunião do G-20 e logo depois viajou à França para integrar os BB que participaram das manifestações em Estrasburgo durante a reunião da OTAN.

OTAN, Banco Mundial, G-7, G-20, Fundo Monetário Internacional, Cúpulas Européias, Organização Mundial do Comércio, são “nossos alvos ‘preferidos’ porque estas instituições encarnam a pior versão da gestão de assuntos humanos”, complementa Julien. Os BB não são, contudo, um movimento organizado ou uma estrutura funcional com uma doutrinação. Se trata de um núcleo horizontal, de um grupo de afinidades que se formam segundo as ocasiões e que conta com componentes de várias linhas: anarquistas, anticapitalistas, libertários, extrema esquerda, autônomos, ecologistas radicais, etc, etc. Jonathan, um aguerrido irlandês de 26 anos, adverte que não se é do Black Blocs, como se afirma ser comunista ou de extrema esquerda. Black Bloc não é uma “marca” mas sim pertence em suas atitudes a eles mesmos. “Não somos uma nuvem anarquista como nos definem por aí, mas sim encaramos uma determinada maneira de assumir nossas ações.” Os BB mudaram o esquema de organização tradicional do movimento operário, estudantil e de movimentos sociais. Os chamados “grupos de afinidades” representam a idéia de comunidade ou de pertencimento à uma classe para criar uma gestão não-centralizada, independente das demais, mas com um objetivo de ação em comum, para aquele determinado momento: sejam os bancos, lojas de luxo etc.

A marca operacional dos BB já deu a volta ao mundo, sempre entram em cena com carrinhos cheios de projéteis como limões e soro fisiológico contra os gases lacrimogêneos. Alguns usam capacetes de moto, outros panos cobrindo o rosto, máscaras de natação ou de esqui, máscaras de gás ou com rostos de algum dirigente mundial, paus, correntes e em alguns casos coquetéis molotov. Jean Michel, um BB francês que foi detido em Estrasburgo logo após o incêndio de um hotel e de um centro comercial, admite que com essas ações “não é para mudar a sociedade, ou transformar radicalmente o sistema. Mas queremos ao menos demonstrar que não nos resignamos, que frente à violência oficial que nos é impingida diariamente, à todo o controle, a desigualdade destruidora e à impunidade dos sistemas há uma confraria insurgente que afirma que esse não é o seu sistema, e nem suas práticas”.

O nome Black Blocs provêm dos primeiros grupos críticos, quando no centro das manifestações se agrupavam em bloco, vestidos de negro. As interpretações de suas origens, ainda que divergentes, tem uma mesma raiz: são os movimentos de ultra-esquerda da Europa que iniciaram as ações dos anos 80. Entre eles, se destaca o movimento autônomo alemão, que se caracterizou pelo enfrentamento direto com a polícia, e ocupação de ruas e espaços públicos. O coletivo alemão "Schwarzer Block” se formou nos anos 80 em defesa de lugares autogestionados e do direito à ocupação de casas desocupadas. Este ramo nascente propunha uma crítica e uma prática radical em total ruptura com os modos de protesto tradicionais. Os BB entraram logo em cena, em ocasiões ambas muito reprimidas: uma em 1991 nos Estados Unidos durante a manifestações contra a Primeira Guerra do Golfo, a segunda e mais espetacular em 30 de novembro e 1 de dezembro de 1999, na cidade de Seattle, quando da reunião de cúpula da OMC. A reunião teve de ser interrompida graças às manifestações e ações provocadas pelos BB.

Foram a partir desses episódios que os Black Blocs levaram a prática a idéia de Zonas Autônomas Temporárias teorizada por Hakim Bey. Os BB destruíram vitrines de bancos, cafés, restaurantes, bares burgueses e sucursais da Nike. Ao longo de muitas horas, mais de um bairro da cidade de Seattle foi ocupado e transformado em ZAT.

O grupo Revolutionary Anti-Capitalist Block (RACB) e Anti-Statist Black Bloc (ASBB) são os BB mais conhecidos pela envergadura de suas ações. Há também grupos como os Clown Bloc, que introduziram uma forma distinta de ocupação mediante a paródia na esfera pública oficial e as instituições graças à uma demonstração de espetáculos e teatros de rua.

Ainda que o princípio dos Schwarzer Block estendeu-se ao mundo inteiro, segue sendo na Alemanha onde persistem com mais força. Os BB agrupam mais de 70 organizações cuja atividade vai de Berlim, passando por Hamburgo, Ruhr até Dresde. Segundo informes alemães, esse exército anarquista apresenta por volta de 6000 pessoas. A forma desses grupos se encontrarem tem sido a internet, uma passarela de comunicação ideal que vem “decompor a imagem das instituições e do sistema que domina o mundo”, explica Franz, um BB alemão. Antônio, de origem espanhola, resume todo o pensamento dos BB quando afirma: “A única forma de colocar o capitalismo em perigo é atacando seu coração, ou seja, a propriedade”. Os Black Blocs se apresentam como um antídoto contra o conformismo. No entanto, seu modo de ação há acentuado também a amplitude e brutalidade da repressão policial e das “forças da ordem”. Antonio, porém, descarta essas críticas ao explicar: “É o preço para que o capitalismo exterminador sofra em sua própria carne as degradações humanas que ele mesmo comete”, uma vez que, com ou sem BB, as repressões policiais e violências, sempre estiveram aí.

Por Eduardo Febbro - Desde Paris

Tradução > Palomilla Negra

agência de notícias anarquistas-ana

Azul e verde e cinza –

Olhando bem, o céu

É de todas as cores!

Paulo Franchetti

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Date: 2009/5/22
Chamada Internacional por Ações de Solidariedade aos Antifascistas Russos e Ucranianos em 24 e 25 de maio




[Na Rússia, somente durante os quatro primeiros meses de 2009 pelo menos 23 pessoas foram mortas e 98 feridas em ataques racistas.]



Nos últimos meses temos visto níveis de repressão sem precedentes contra o/as antifascistas na Ucrânia e na Rússia. Antifascistas têm sido incriminados (sob falsas acusações) e punido/as por se defenderem dos ataques nazistas. Na Ucrânia, o presidente proclamou que os antifascistas são “extremistas” e ordenou ao serviço secreto (SBU) “investigar motivações políticas” por trás da morte do ativista nazista Maksim Chayka, que morreu em Odessa após uma tentativa de atacar 5 antifascistas com seus 15 amigos. Se referindo aos nazistas como “patriotas”, Yuschenko mostrou sua simpatia com eles.



Logo, o serviço secreto ucraniano, controlado pelo presidente, anunciou que um partido pró-Rússia estava por trás da morte de Chayka. Obviamente, este incidente é usado por várias forças políticas para lutas políticas internas. No dia 22 de abril, antifascistas de Kiev foram seqüestrados, espancados e transferidos para Odessa, mas finalmente soltos. O SBU está também bradando que o suspeito assassino de Chayka está escondido na Rússia, e exigiu sua extradição para a Ucrânia. Mesmo se este for o caso, é muito pouco provável que ele enfrente uma corte justa e imparcial, dada as intervenções do presidente.



Enquanto isso, a Rússia, um país que, segundo Yuschenko, está por trás dos antifascistas na Ucrânia, está também reprimindo os antifascistas com toda a energia. No dia 21 de abril, o antifascista de Moscou Aleksey "Shkobar" Olesinov foi sentenciado a um ano de prisão por uma briga em um bar, em agosto de 2008, que não aconteceu. No dia 8 de maio em São Petersburgo, o antifascista Aleksey Bychin foi sentenciado a cinco anos de prisão, por uma briga com dois nazistas (um deles um oficial de polícia), em junho de 2008. No dia 14 de maio, em Kazan, o antifascista Artur Valeev foi sentenciado a 4 anos de prisão por infligir pequenos machucados em um nazista que o atacou e mais um amigo em novembro de 2008.



Em Izhevsk, a polícia, na maior cara de pau, cooperou com os nazistas para fabricar casos criminais contra os antifascistas, e durante o ano passado mais de 80 antifascistas foram presos por diferentes causas, atualmente há, ao menos, dois casos graves com seis acusados antifascistas. Em Vladivostok, os procedimentos da corte estão indo contra Yura M., que acidentalmente matou um dos dois Nazis que o atacou em novembro de 2008. E por final, Artyom Lokutov, artista anarquista de Novosibirsk foi acusado de “possuir drogas”, em uma operação policial descaradamente fabricada contra a cultura alternativa na cidade como um todo.



A maioria das provocações e repressões contra o/as antifascistas na Rússia é organizada pelo Centro de Oposição ao Extremismo (CPE), um novo departamento da polícia fundado em New Year para substituir a velha Administração da Luta contra o Crime Organizado (UBOP). Já antes desta “troca”, a UBOP já era notória pelas provocações e, até mesmo, assassinatos de ativistas políticos, portanto a mudança de nome foi somente uma confirmação final de que as autoridades estão lutando contra a oposição política ao invés da máfia.



Mas de qualquer forma, o/as antifascistas não são patrocinados por poderes do “Oeste” ou do “Leste”, nós somente contamos com o apoio popular ao redor do mundo. Em face à crescente repressão, e onde os números de vítimas da violência fascista estão se amontoando (na Rússia, somente durante os quatro primeiros meses de 2009 pelo menos 23 pessoas foram mortas e 98 feridas em ataques racistas), antifascistas estão permanecendo firmes em frente aos ataques de ambos, o Estado e os grupos racistas. Hoje, a solidariedade internacional aos antifascistas da Ucrânia e da Rússia é mais necessária do que nunca!



Antifascistas de Moscou, Kiev e de todo o mundo



O que fazer?



Faça uma ação, pequena ou grande, contra as autoridades ucranianas e russas em sua cidade no dia 24 ou 25 de maio. Se você não tem embaixadas ou consulados em sua cidade, talvez você possa ter como alvo qualquer grande negócio ucraniano ou russo, sendo os alvos mais próprios a corporação Gazprom, que é bem semelhante ao Estado russo. Listas de subsidiários da Gazprom estão disponíveis aqui:



http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Gazprom%27s_subsidiaries



Se você fizer uma ação, por favor, mande uma mensagem para abc-msk (at) riseup (dot) net



Para maiores informações sobre as recentes repressões:



http://antifa-action.org.ua/



http://avtonom.org/abc



http://www.myspace.com/abcmsc



Uma chamada para ação em Londres, no dia 24 de maio:



http://www.ainfos.ca/en/ainfos22644.html



Tradução > Marcelo Yokoi



agência de notícias anarquistas-ana



Grito se agiganta,

embrutece, se enfurece,

morre na garganta...



Flora Figueiredo




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Date: 2009/5/19

“Uma verdadeira consciência ecológica enfrenta radicalmente o discurso da propriedade privada”



[Luis Sabini é jornalista, editor da Revista Futuros e coordenador de Ecologia na disciplina de Direitos Humanos da Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires (UBA), na Argentina. Confira a seguir a entrevista que ele concedeu à ANA.]



Agência de Notícias Anarquistas > Como surgiu seu interesse por questões ambientais, natureza...



Luis Sabini < Tenho a impressão que desde muito pequeno, ligado com certo respeito e espanto pela natureza. De pequeno “trabalhei” em casa empacotando talheres de plástico. Causava-me má impressão terminar minhas curtas jornadas com as mãos “coloridas” dos talheres. Parecia-me insensato colocar na boca semelhantes utensílios. Logo, nos anos 60, uma série de artigos sobre doenças “industriais”, o aquecimento global e o derretimento das calotas polares, publicados no semanário Marcha, de Montevidéu (1939-1974), me pus definitivamente no campo ecológico.



ANA > Você também fez parte da Comunidad del Sur no Uruguai, foi preso político, viveu no exílio...



Luis < Falar desses “pequenos capítulos” de minha vida... daria um livro... A Comunidade Del Sur foi um “invento” que abracei em minha juventude, com nenhuma experiência e muita garra. Pouco a pouco fui aprendendo que era praticamente o oposto do que se devia praticar. Como já havia visto que se passava em relação ao catolicismo e ao comunismo, que as ideologias declaravam uma coisa e que na realidade faziam exatamente o contrário.



A Comunidade Del Sur era uma experiência política verticalista que declarava ser horizontalista, foi se convertendo em uma empresa com êxito, que afirmava ser anticapitalista, defendia publicamente a liberdade e vivíamos uma vida cotidiana absolutamente regida por “deveres”. Por isso, a quantidade de pessoas que se interessaram por essa experiência foram centenas, mas a permanência no grupo sempre se reduziu a poucas dezenas, e no momento mais “intenso” apenas dez, ou cinco, fazendo algumas distinções.



Foi um patético engano. Não no sentido vulgar ou jurídico, mas no seu sentido filosófico. Por isso, se chegou a delírios como “a construção do novo homem”, que em geral não se conhece porque o alcance da Comunidade Del Sur tem sido pequeno. Salvo dentro da “família anarquista” onde se há feito muito pouco, mas existe um culto a ela.



ANA > E a revista “Futuros”, como nasce?



Luis < “Futuros” nasceu como uma necessidade minha. Nos anos 90 tive a alegria de ter uma coluna em uma pequena revista, mas com importante valor histórico “Cadernos de Marcha” (“filha” de Marcha, mais precisamente). Ainda que a coluna não fosse assim tão “livre” como eu esperava, era a forma que eu tinha de “ajustar as contas” com muitas questões políticas e ecológicas tão mal argumentadas, segundo o meu modo de ver, claro.



Mas o Cadernos fechou abruptamente depois de um trágico acidente automobilístico, que terminou com a vida da diretora de produção e do diretor editorial (filha e neto do fundador de “Marcha”, Carlos Quijano).



Voltei a estar “bloqueado”, ou melhor dizendo, o tempo de jornalista free-lance, de ter artigos quando são aceitos... Isso fez com que eu me decidisse a “fazer” uma revista.



ANA > A revista aborda temas e lutas ambientais, certo?



Luis < Em “Futuros” tratamos de questões que consideramos importantes e que não figuram nas agendas midiáticas, ou, quando sim, estão com idéias enviesadas, graças aos capitalistas de plantão. Falamos de questões como o problema alimentar do mundo, das comidas “sujas”, da invasão de aditivos químicos no cotidiano, ou de outra invasão que sofremos na última década, de alimentos transgênicos, que nos obrigam consumir sem nem ao menos sabermos se são ou não organismos geneticamente modificados.



Claro que não nos atemos somente a esta questão; também ao aquecimento global, as assimétricas relações entre o centro e a periferia, e a fé incondicional no Tecnocientífico...



Mas também abordamos questões diretamente ecológicas, ainda que ligadas a outras questões como o destino das populações aborígenes, tanto na América como na África, a questão Palestina etc.



Relacionando todos esses assuntos: agrotóxicos, transgênicos, o avanço do capitalismo, da monocultura na atividade rural, temos textos muito interessantes com a contribuição de Rui Namorado Rosa, Mohamed Habib e Expresso Zica.



ANA > É possível ser ecologista sem ser anticapitalista?



Luis < Não. Definitivamente, não. Uma verdadeira consciência ecológica enfrenta radicalmente o discurso da propriedade privada e, sobretudo, o do lucro.



ANA > Uma vez o pensador Cornelius Castoriadis disse que a ecologia é subversiva, pois ela é intrinsecamente contra o capitalismo. Concorda?



Luis < Sim, estou de acordo, com a afirmação de Castoriadis. Com essa e com muitas outras de suas reflexões sobre o poder burocrático. Ainda que eu discorde muitíssimo de algumas lamentáveis visões de Castoriadis sobre a ex-União Soviética e os EUA, nos anos 80, quando eram “as duas grandes superpotências” do planeta.



ANA > Qual a sua principal crítica às ONGs ambientalistas?



Luis < A maioria, não todas, são financiadas por grupos que atuam geralmente com fundos dos ditos “primeiro mundo”, para trabalhos nos “subúrbios” do planeta. Isso cria um desequilíbrio, uma desigualdade difícil de superar. Ainda que se fale da igualdade entre todos os seres humanos, esse tipo de suporte só acentua as diferenças.



Por outro lado, o trabalho é de grupos fomentados pela iniciativa privada. Temos aí uma questão importante: combate-se sem querer o estatal e o público, que são coisas diferentes, mas que são “varridas” conjuntamente.



E a imensa maioria das ONGs ambientalistas se dedicam a encarar um único ponto, o tema que “quita” a problemática de seu verdadeiro caráter, inter-relacionado com outras questões ou temas. Fazer um trabalho ambientalista mediante métodos que desconhece o abc ecológico, as interpelações que existem não são muito boas.



ANA > No Brasil há centenas, milhares de ONGs ambientalistas, mas pouca luta ambiental efetiva, agitação de mentes e corpos. A maioria delas está voltada para a “educação ambiental”, com uma perspectiva de consumo, capitalista e financiadas com dinheiro público ou privado. Isso também se passa na Argentina, Uruguai...



Luis < Exatamente. É necessário lembrar-se de onde provém a febre de ONGs... Vem do “primeiro mundo”, quando o mundo enriquecendo se distancia mais do mundo empobrecido e o Banco Mundial e outras organizações filantrópicas decidem “ajudar” aos pobres que têm seus estados destruídos pela dívida e pelo roubo, com organizações não governamentais, é afirmar que organizações privadas que vem “finalizar” a tarefa do neoliberalismo: a destruição do público e o enaltecimento do privado.



ANA > Hoje, as grandes empresas gastam milhões de dólares por ano com publicidade nas TVs, jornais, rádios e Internet para divulgar suas “Políticas de Responsabilidade Social e Ambiental”. E normalmente adornadas com imagens de paisagens exuberantes, crianças sorrindo... Tudo uma hipocrisia?



Luis < Talvez não sejam em todos os casos, ou, ao menos, seja uma minúscula parcela de “bens intencionados”. Em alguns casos quem leva a cabo as tais “políticas de responsabilidade social” acreditam no que querem, na “ajuda” deles. Acredito que a maioria das vezes se trata de gente “boa” que não quer se corromper tanto e que aposta em “medidas corretivas”, menores, para obter a consciência limpa sem mudar radicalmente, sem perder privilégios, sem modificar a imagem do mundo que têm e onde eles são os privilegiados.



“Crises de consciência” e hipocrisia andam muito perto, a linha é tênue. Talvez a hipocrisia seja quando a consciência é a da mentira, e seja franca e forte.



ANA > E o que falar do tal “desenvolvimento sustentável”? Atualmente também não há muita farsa por trás destas palavras?



Luis < Certamente. Por trás das “ataduras” que tratava de explicar na resposta anterior. O empresário quer um desenvolvimento sustentável, mas não quer perder todas as vantagens que lhe é outorgado em sua empresa, seu “capital de giro”, sua ganância. Com isso, o “desenvolvimento sustentável” se faz mais propagandístico, mais espetacular do que qualquer outra coisa.



ANA > O curioso, e irônico, é que quem mais fala em “desenvolvimento sustentável” no Brasil, como a petroleira Petrobras e a mineradora Vale, são exatamente as empresas que mais agridem a natureza. É a mesma coisa na Argentina, não?



Luis < Claro! Isso é quase uma lei! Quem mais tem a ocultar a contaminação, por exemplo, só pode mostrar-se “preocupado” com ela. A literatura nos mostra que na História temos muitos exemplos semelhantes de comportamento. Mercantis que posam de generosos, soberbos que fingem ser humildes...



ANA > Qual é a questão ambiental mais urgente na Argentina?



Luis < A perda da biodiversidade.



ANA > E qual sua avaliação da luta ambiental na Argentina?



Luis < A luta ambiental na Argentina é pobre, pobríssima. Mas está avançando. Há que se pensar na seguinte questão: quando tivemos a “invasão” dos organismos geneticamente modificados em todo o mundo, apenas dois países tiveram sua implementação sem problemas, sem discussões, dentro dos vinte ou mais países que questionam essa questão. Os dois únicos países que nada questionaram foram a Argentina e os EUA. Com proporções pequeníssimas de resistência de pessoas, grupos, jornalistas, que estiveram contra essa abominação.



A Argentina viveu com Menem uma miragem coletiva, que fez pensar que aceitando a tudo, estariam entrando no grupo do “Primeiro Mundo”. Mas, já faz algum tempo, a luta e a consciência ecológica vem aumentando.



O povo de Esquel (Patagônia argentina) enfrentou sozinho ao governo e a uma transnacional mineradora e evitou mediante um referendo que se instalasse nas montanhas vizinhas. Isso foi histórico!



Existem muitas populações enfrentando as mineradoras, que só querem resultados máximos para suas extrações, independente do resultado negativo para os habitantes das regiões que são exploradas.



Há uma incipiente tomada de consciência contra o acúmulo do lixo. E agora, finalmente, em 2009, começamos a ver a consciências do perigo da soja “transgênica”.



ANA > O Mar Aral, que alimentava aos países da URSS agora é um deserto improdutivo, por obra da "revolução verde" do Estado soviético. África vai caminhando pelo mesmo caminho, se transformando em outro deserto, os monocultivos e os transgênicos têm devastado este continente e sua ação se aprofunda cada vez mais. Em sua opinião, por que há grande dificuldade para avançar com o tema, preservação e luta ambiental ante às contundentes evidências para, pelo menos, deter essa destruição?



Luis < Porque os interesses econômicos são muito fortes! E porque os paradigmas dominantes no plano tecnocientífico seguem o mesmo “otimismo” tecnológico e à idéia de progresso. Isso ocorre quando tanto a direita quanto a esquerda utilizam o mesmo “espectro ideológico”. Por isso é tão difícil enfrentar essa situação...



ANA > Acredita que somos testemunhas de um genocídio, suicídio ambiental por obra do capitalismo de Estado ou de mercado?



Luis < Sim. Os grandes laboratórios planetários estão espalhando muito sua influência e a guerra contra as “pragas”, os vírus, as bactérias etc., estão procurando deixar um planeta sem microflora nem microfauna. E essa situação, só tende a piorar e transformar a biodiversidade para finalmente, empobrecer toda a vida planetária. Como já foi explicado em 1974, com a invocação do Cacique Seattle, em 1855, ante os “avanços da civilização”.



ANA > Crê que este planeta pode nos sustentar com nossa atual população, cada vez mais crescente?



Luis < Creio que a humanidade tem perdido em ritmo biológico de crescimento vegetativo. O problema é que alguns querem limitar a população de pobres, outros afirmam que a culpa é do “crescimento demográfico”, quando da verdade o problema maior é a exploração dos países periféricos, o que da natureza, o esgotamento dos recursos naturais pela condição capitalista e a comodidade dos consumidores ricos, a contaminação generalizada...



ANA > Você se identifica com o “decrescimento”?



Luis < Parece-me sensato adotar alguma forma de "decrescimento" ao menos de "crescimento zero", estratégia estacionária contra o impulso tecnológico que nos leva, me parece, a um abismo planetário.



ANA > Efetivamente o tema ambiental conseguiu certo grau de penetração no anarquismo?



Luis < Sim. O anarquismo tem boas condições ideológicas para incorporar o tema ambiental, pela questão de defesa do “natural”, que por certo não existe entre todos os seres humanos, mas mesmo assim, acredito eu, que todos, pelo menos, deveriam tentar aprender a respeitar.



ANA > Uma mensagem final, esperançadora para os leitores? Obrigado!



Luis < Acreditar na vida, aprender que todo o planeta é nosso único barco, e que temos por isso que sermos próximos uns aos outros. Temos que ajudar em todas as vertentes de luta: acabar com o racismo, o chauvinismo e os sentimentos de superioridade que o europocentrismo configurou por mais de meio milênio, como também tantas outras “civilizações” também igualmente racistas como os romanos, os astecas e tantos outros.



O futuro não existe, nada sabemos, mas podemos ter certeza de que o resultado dele depende cada vez mais de nós aqui, agora.



www.revistafuturos.org



Tradução > Palomilla Negra



agência de notícias anarquistas-ana



probleminhas terrenos:

quem vive mais

morre menos?



Millôr Fernandes



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Date: 2009/5/14


[Paraguai] Neste sábado inauguração de um espaço anarquista em Assunção



A biblioteca La Comuna de Emma, Chana y todas las demás é um espaço de construção proposto por um grupo de pessoas que nos identificamos/simpatizamos com o ideal do anarquismo, feminismo, anarco-feminismo, antimilitarismo e a teoria queer.



Este novo espaço tem como objetivo difundir os pensamentos, que até hoje são excluídos e marginalizados no Paraguai, e podemos dizer, também, nas zonas circundantes (Norte da Argentina, Sudoeste da Bolívia e do Brasil) onde essa biblioteca pretende de algum modo alcançar.



Nossa biblioteca tem uma breve história: desde 2007 e com ritmo acelerado, temos acumulado materiais e pessoas engajadas para dar vida a este projeto de biblioteca, aonde, em parte, já vem funcionando de maneira informal desde o início de 2008 através de empréstimos e intercâmbios com pessoas conhecidas.



A respeito do funcionamento da biblioteca, devemos dizer que o aluguel do espaço é pago com contribuições próprias e num futuro próximo também com o apoio local (amizades, conhecidos/as, companheiras/os)



La Comuna de Emma, Chana y todas las demás é uma iniciativa de pessoas que procedem do âmbito feminista, lésbico, anarquista e anarco-punk. Conta com o apoio absoluto do Grupo de Afinidade Antimilitarista de Assunção (GAAA!) e da Revista Periférica, assim como, em parte, do Coletivo Catarse Feminista. Nós todos/as, pensamos a biblioteca como um lugar de encontro, organização, pesquisa e informação. O apoio que necessitamos e solicitamos é para conseguir que este espaço consiga ser exatamente como pensamos e sonhamos.



Em relação ao espaço físico, contamos com um grande salão, onde funcionará a biblioteca, a sala de leitura e de vídeos. Há também dois pátios, que devido ao clima do Paraguai, permite seu uso para reuniões e atividades ao ar livre (palestras, conferências, vídeos etc.). Uma sala para oficina de pesquisa. Um dormitório para receber visitas. Uma cozinha grande e espaçosa. À parte, temos banheiros com chuveiros. Por este momento contamos com duas estantes medianas e uma delas já cheia de livros e revistas, a outra vazia está à espera para ficar cheia!



É nesse sentido, que nos interessa pedir o apoio tanta para o sustento econômico como para o crescimento da biblioteca em seus materiais e instalações (computadores, Internet, livros, revistas, periódicos, audiovisuais etc.).



A biblioteca fica na Rua Cerro Corá, 1564, em pleno centro de Assunção.



O tipo de atividade que queremos realizar tem a ver com a divulgação dos pensamentos que nos interessam e a formação, assim como ajudar a realizar ações e organizarmo-nos em torno deles. Os movimentos anarquistas e anarco-punk estão começando a se organizar e La Comuna de Emma, Chana y todas las demás será um espaço aglutinador. As feministas institucionais têm um grande espaço no Estado e nas ONGs, mas aquelas que estão conosco no projeto são autônomas e críticas, tampouco contam com espaço e organização institucionalizadas.



La Comuna de Emma, Chana y todas las demás até o momento serve para grupos e coletivos (por exemplo, de saúde mental, luta antimanicomial, anarquistas, feministas etc.) sua inauguração será dia 16 de maio de 2009.



As pessoas da La Comuna de Emma, Chana y todas las demás fomos em conjunto ao ato que os sindicatos reformistas (não há outros) fizeram no centro da cidade de Assunção. Ao meio- dia fomos escrachar um conhecido torturador (Sabino A. Montanaro) que também foi ex-ministro do interior, na ditadura de Strossner, em uma clínica particular, no centro da cidade. Então a polícia reprimiu fortemente aos manifestantes, dispararam balas de borracha, resultando em alguns feridos, entre outros, nossas companheiras Natalia e Florencia Ferreira.



Daquele momento em diante, os companheiros da biblioteca se mobilizaram para denunciar publicamente Montanaro e ao atual ministro do interior do governo “progressista”, Filizzola, pedindo sua renúncia. Mas a esquerda “subordinada” e também represaliada, manteve seu vergonhoso silêncio para não “prejudicar” o governo. Por sorte, as pessoas que saíram feridas estão bem.



As ações que temos feito serviram para aproximar mais pessoas ao nosso grupo, inclusive, aqueles que há anos estavam “inertes” e agora voltaram a se reorganizar.



Tradução > Palomilla Negra



agência de notícias anarquistas-ana



Vento na folhagem -

Esticada - cai, não cai

a gota de orvalho.





Teruko Oda





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Date: 2009/5/11

Breves da Revolta Social na Bélgica



[Companheiro/as belgas enviaram um resumo das ações ocorridas no último mês de abril naquele país, que também pode ser encontrada regularmente na página Suie & Cendres (Fuligem e Cinzas).]



Lovaina – dois furgões da polícia incendiados



30 de abril de 2009



Comunicado:



Na madrugada de quinta para sexta-feira, 30 de abril, dois furgões pertencentes à polícia da ferrovia foram incendiados próximos à estação de Lovaina.



Saudações ao/às companheiro/as grego/as que se encontram na prisão desde a insurreição de dezembro. Saudações a todo/as que não seguem as ordens dos policiais e resistem.



Muitas vezes isto custou à morte (como em Schaarbeek). Mas não vamos esquecer nem renunciar.



Fogo ao Estado e ao Capital!



Gant – Anarquistas ocupam a Universidade



1 de maio de 2009



Na quarta-feira, 29 de abril, anarquistas ocuparam a faculdade de Direito, mais concretamente as seções de Criminologia da Universidade de Gant, em solidariedade com as revoltas dentro das prisões e os centros de detenção.



As portas foram fechadas, as aulas canceladas, colocaram cartazes, arrancaram uma bandeira e lançaram comunicados para as pessoas que estavam de pé no lado de fora. O/as anarquistas entraram de manhã bem cedo e por volta das duas horas da tarde foram surpreendidos pelos policiais que detiveram sete companheiro/as que foram colocado/as em liberdade logo depois.



Bruxelas – Polícia é atacada em Schaerbeek



27 de abril de 2009



Jovens estavam esperando a passagem da polícia para logo em seguida atirar pedras. As janelas de um carro-patrulha que passou pelo local foram destruídas.



Policiais civis, por casualidade, se encontravam próximo ao local e detiveram uma pessoa de 16 anos com uma bolsa cheia de pedras. Uma segunda pessoa de 37 anos foi presa quando furava o pneu de uma patrulha policial estacionada em frente de uma casa. Ele disse que fez essa ação “porque simplesmente odeia a polícia”. A polícia declarou que freqüentemente tem que lidar com estes tipos de ataques: pessoas que atiram pedras, queimam seus carros e praticam vandalismo. “Não existe mais respeito ao uniforme policial”.



Quase há uma semana, em Schaerbeek, uma pessoa foi morta pela polícia.



Bruxelas – Caixa eletrônico e carro incendiados em Schaerbeek



21 de abril de 2009



Um caixa eletrônico do Banpost (banco que colabora na gestão das prisões e centros de detenção) e um carro foram incendiados na madrugada de domingo para segunda-feira.



Bruxelas – Duas equipes de televisão atacadas em Schaerbeek



20 de abril de 2009



Uma equipe de televisão do canal VTM nacional foi atacada quando tentava entrevistar transeuntes sobre a morte de uma pessoa sob as mãos da polícia. Umas trinta pessoas se reuniram em torno do jornalista e logo em seguida golpearam e destruíram a câmera dele. Um pouco mais tarde, outra equipe de televisão da cadeia nacional RTBF também foi atacada.



Bruxelas – Homem morto pela polícia em Schaerbeek



19 de abril de 2009



Um homem marroquino de 40 anos foi assassinado pela polícia às 7h30 da manhã. Segundo informação da imprensa, a polícia foi buscá-lo porque tinha deixado de ir ao seu trabalho. O homem começou a insultar a polícia, e esta o atacou com gás lacrimogêneo. Para se defender, ele pegou uma faca e feriu um policial. O colega da polícia disparou duas vezes em seu peito, matando-o instantaneamente.



Bruxelas – Fogo na prisão



15 de abril de 2009



Presos atearam fogo em duas celas na prisão de Forest. Os bombeiros e os guardas rapidamente controlaram o fogo. Os guardas estavam em greve de apoio aos seus colegas de uma outra prisão que estavam protestando contra a violenta fuga de uma reclusa há alguns dias atrás. A polícia tomou o controle de ambas às prisões.



Houthalen – Ataque incendiário a um edifício católico



14 de abril de 2009



Desconhecido/as atearam fogo na entrada de um edifício católico de uma paróquia local. Somente a porta de entrada foi danificada.



Andenne – Refém na prisão



12 abril de 2009



Dois presos fizeram um guarda de refém e exigiram que abrisse as portas para eles. Os presos escaparam e a polícia iniciou uma grande operação para encontrar os fugitivos, que foram detidos algumas horas depois.



Namur – Preso escapa durante sua transferência



11 de abril de 2009



Um preso aproveitou sua transferência ao hospital para fugir. Pediu para ir ao banheiro e escapou pela janela. A polícia iniciou uma grande operação com helicóptero e mais de 30 agentes para encontrá-lo. O detido tinha sido condenado por roubo de automóveis e vandalismo.



Bruxelas – Presa escapa de hospital



9 de abril de 2009



Uma reclusa escapou do hospital. Dois cúmplices entraram no hospital e renderam o guarda. O/as três escaparam do hospital.



Bruxelas – Solidariedade com Bruges



10 de abril de 2009



Comunicado:



“6 de abril – Para celebrar a destruição da seção de alta segurança na prisão de Bruges, o saguão da delegacia de polícia, próxima à Estação do Norte de Bruxelas, foi incendiada. Solidariedade!”



Gent – Sindicato em construção incendiado



8 de abril de 2009



As chamas afetaram a construção do Syndicat Acod. Este sindicato nacional engloba vários setores, um deles é o das pessoas que trabalham para o Estado (policiais, militares, burocratas, gendarmes - organizações policiais estruturadas militarmente). Os danos à construção foram estimados em milhares de euros. O incêndio se propagou pelo teto e acabou com todo o lugar.



Ieper – Edifício de companhia ferroviária incendiado



8 de abril de 2009



Por volta das 3h30, o fogo afetou a companhia ferroviária NMBS. O edifício ficou bastante danificado.



Ath – Supermercado em Chamas



4 de abril de 2009



Um incêndio estourou em um supermercado-loja de conveniência. A estrutura ficou incendiada por completo. A polícia abriu uma investigação para determinar a causa do fogo.



No final de janeiro de 2009, o supermercado Intermarché foi completamente destruído por um incêndio provocado. No dia 25 de março, a loja Eldi foi incendiada, ambos na mesma região.



Lovaina – Preso ateou fogo à sua própria cela



3 de abril de 2009



Um preso ateou fogo à sua própria cela por motivos desconhecidos. Ele ficou com feridas e foi transferido para o hospital.



Bruges – Nova unidade de isolamento destruída



2 de abril de 2009



A nova unidade de isolamento, que seria inaugurada em dez meses, foi completamente destruída durante um levante no qual participaram cinco dos sete presos que estão detidos nesta unidade. Primeiramente inundaram todas as celas e logo começaram a destruir tudo. A unidade especial da polícia, COBRA, teve que intervir para pôr fim aos distúrbios que começaram pela tarde e se prolongaram até a noite.



Chatelet – Fogo no Consulado do Chile



1 de abril de 2009



Por volta das 3h00 do dia 1º de abril, um incêndio foi deflagrado no piso inferior do nº 04 da Rua Couillet em Châtelet. Os bombeiros conseguiram apagar o fogo. O edifício afetado abriga o consulado do Chile. Não houve nenhuma vítima e a polícia de Châtelet iniciou uma investigação para determinar a causa exata deste incêndio.



Bruxelas – Dois policiais feridos durante uma patrulha



1 de abril de 2009



Por volta da meia noite, um caminhoneiro se revoltou quando a polícia o deteve durante uma patrulha em Schaarbeek. Começou a gritar, fazendo com que muitas pessoas se aproximassem ao seu lado. Os dois policiais tiveram que chamar reforços. Dois policiais saíram feridos.



Lovaina – Enfrentamentos e destruições



30 de março de 2009



Uma manifestação contra a tradicional marcha dos fascistas da NSV terminou em enfrentamentos com a polícia. Quatro carros da polícia foram danificados, fogos de artifício e bombas de tinta foram lançados contra a polícia, janelas de bancos e de outras instituições capitalistas foram destruídas.



Tradução > Marcelo Yokoi



agência de notícias anarquistas-ana



Lua cheia

Noite escura

Chuva na janela





Bianca Dantas Vieira







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-----------DAte: 2009/5/3

6ª Manifestação Ciclonudista Mundial - 13 de Junho de 2009



[A Coordenadoria de Coletivos Ciclonudistas de Aragão (CCC) e a World Nake Bike Ride, convocam manifestações ciclonudistas em todo o mundo para o dia 13 de Junho de 2009. No ano passado, durante a 5ª convocatória mundial, mais de cinqüenta cidades de todo o mundo participaram.]



"Nus diante do tráfego, Justiça nas ruas"



Justiça nas ruas, isso é o que exigimos com uma forte e séria convicção, mas com simpatia, passando um bom momento. Os carros impõem-nos a sua lei: velocidade, prepotência, fumaça e violência. Por isso ao nos locomovermos de bicicleta a cada dia pela cidade convertemos a nossa mobilidade em um ato de desobediência cotidiana. Além disso, nos manifestando de bicicleta (nus) convertemos a desobediência em um protesto exemplar.



Denunciamos que as nossas ruas foram seqüestradas pelos carros privados que colapsam as cidades, degenerando-as em lugares hostis e perigosos. O carro mata e sua impunidade nos escandaliza. Demasiados interesses de multinacionais bélicas do petróleo e do automóvel estão em jogo quando questionamos esses pontos.



Propomos um modelo de cidade onde as pessoas recuperem os seus espaços, onde se reduzam as necessidades de movimentação e se aposte pelo pedestre (onde somos todos) e pelos meios de transporte menos poluentes e mais eficientes.



Por que de bicicleta? A bicicleta é um meio de transporte urbano solvente, saudável, ecológico e divertido. É um ícone, um símbolo de liberdade e um instrumento prático de transformação social. Não paga tributos, não gasta petróleo, não colabora com o desenvolvimento destruidor nem com a guerra global.



Por que nus? Porque nos sentimos nus diante do tráfego pela falta de respeito dos motoristas e desespero dos governantes. Com a nudez fazemos visível a fragilidade de nossas "carrocerias" (nosso próprio corpo).



Ademais, mostramos o nosso corpo com naturalidade, rompendo o pudor, desmontando tabus com respeito ao nosso físico imposto pela moda e mesquinhez da indústria transnacional têxtil. Definitivamente, enfrentamos o tráfego urbano com o corpo nu sobre a bicicleta como a melhor forma de defender a nossa dignidade e viver a luta social.



Liberta a tua mente e corpo!



Desfrute de um passeio único pelo centro de sua cidade!



Permita-se a transgressão, a irreverência e não peça permissão.



Avante os índios metropolitanos!



Abaixo a roupa e viva a bicicleta!



Queime o carro!



Longa vida C. C. C.! Justiça nas ruas!



www.ciclonudista.net



info@ciclonudista.net



agência de notícias anarquistas-ana



Após a passagem

de um bando de papagaios -

O pôr-do-sol na serra.



Teruka Oda






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Date: 2009/5/4

Manifestação Antifascista na Eslovênia e a Declaração da Iniciativa Anarquista



[No dia 27 de abril, o grupo Iniciativa Anarquista (AI) se juntou à marcha contra o fascismo em Ljubljana. Aqui está a declaração do AI em relação ao fascismo e sua ligação ao capitalismo. Contra o fascismo e o capitalismo – pela revolução social!]



Olhamos para trás na história e observamos a ascensão do fascismo entre 1920 e 1930, e freqüentemente nos perguntamos como foi possível que as pessoas não reconhecessem o perigo e resistissem a isto com todos os meios necessários. Do ponto de vista do presente, não é difícil salientar os momentos quando o fascismo poderia ainda ter sido cessado antes que se tornasse muito tarde. Ainda, a difícil tarefa parece ser o reconhecimento das formas de fascismo no presente. Historicamente, o fascismo encontrou um rico chão reprodutivo, não somente porque o capitalismo entrou em uma outra de suas crises inerentes – uma crise similar que estamos testemunhando nos dias de hoje – mas também porque o fascismo, como uma ideologia totalitária, vislumbrou a possibilidade de ações concretas. Isto confrontou questões complexas com respostas simples, soluções rápidas e bodes expiatórios. Milhões, cegamente, seguiram líderes autoritários, não somente por causa da estupidez e cegueira das massas, mas também porque eles pensavam que o fascismo era uma visão válida de mudança social, uma mudança social que é condicionada pela exclusão, exploração, dominação e matança de “outros”.



Hoje, em circunstâncias que em alguns aspectos fortemente se assemelham à primeira metade do século 20, devemos entender o fascismo não somente como a ideologia que guia a juventude desorientada, mas, essencialmente, como o produto da violência estrutural do capital e do Estado. Na sociedade que está sendo rasgada pela exploração de classe, onde a minoria está roubando da maioria, é muito desejável à classe capitalista fomentar as novas formas de xenofobias militantes. A classe capitalista necessita dos fascistas para daí a classe capitalista poder se manter em posições de poder e domínio. Assim, a massa pobre – os “outros” – injustamente leva a culpa pelas injustiças da classe capitalista, quando na verdade os últimos são os atuais inimigos das pessoas. No entanto, algumas pessoas escolhem continuar e apanhar as migalhas debaixo das mesas dos capitalistas. A consciência das massas é mantida viva pela memória dos milhões que morreram por nada – que morreram por causa das políticas fascistas e nazistas. Portanto, as novas formas de ódio, por exemplo, as novas formas de fascismo, têm colocado um disfarce mais sofisticado. Ainda, eles permanecem lobos em pele de cordeiro.



Realmente, os capitalistas e seus servos políticos não estão mais saudando o fuehrer com sua mão direita. No entanto, continuam aceitando decisões políticas com e na qual eles exploram, dominam e condenam à morte milhões de mulheres, crianças, indígenas, aposentado/as, jovens, trabalhadore/as, estudantes, migrantes e aquele/as que pensam diferentemente. Em acordo com tais políticas, militantes xenófobos nas ruas meramente movem as fronteiras da normalidade e da aceitabilidade de violência sistêmica na sociedade.



Este é o porquê de devermos entender a luta antifascista como uma luta contra fascistas extremos em trajes patrióticos e simultaneamente como a luta contra a violência sistêmica das forças do capital e do Estado. Em tempos de crises, quando os políticos manifestam suas únicas lealdades, a lealdade para o capital, o apela ao fascismo inevitavelmente alarga seu alcance. Medidas reformistas é a ilusão, propostas pelas elites. As medidas reformistas são fumaça e espelhos para as massas e retêm a exclusão contínua das pessoas invisíveis, os excluídos. A crise não é uma hora para refletir sobre esta ou aquela reforma trivial, é um momento para mudanças sociais radicais. Uma mudança que resultará numa sociedade em que a solidariedade, o respeito pela dignidade de cada um, a igualdade, a irmandade e o companheirismo reinará. Uma sociedade que considera inaceitável a intolerância, a exclusão e o ódio.



Décadas atrás, nossos predecessores se levantaram e resistiram à ascensão do fascismo. Hoje, esta tarefa permanece inalterada para nós. Devemos construir a resistência novamente! Vamos dizer um firme NÃO ao capitalismo! NÃO ao fascismo e SIM à revolução social!



Iniciativa Anarquista



Tradução > Marcelo Yokoi



agência de notícias anarquistas-ana



Saudade do avô -

Suas roupas surradas

Vestem o espantalho.





João Toloi

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Date: 2009/4/29

[Grécia] Manifestação libertária no centro de Atenas



Nesta terça-feira, 28 de abril, às 18h00, aconteceu no centro de Atenas uma manifestação convocada por grupos autônomos, anti-autoritários, anarquistas e centros sociais okupados. Aproximadamente três mil pessoas participaram, protestando contra o pacote de restrições sociais que o governo quer implantar. Este, passa por perseguir as okupações, universitários, criminalizar o uso de capuzes, botar à serviço do aparato policial e judicial uma rede de repressão pela cidade, legalizar a escuta de telefones e perseguir a comunicação pela web.



Na manifestação, a polícia guardou certa distância frente ao bloco que ia protegido por pessoas com paus, fazendo um muro. Não houve maiores acidentes nem confrontos, algumas câmeras de vigilância e caixas eletrônicos foram arrebentadas, carros também atingidos acidentalmente.



O protesto social está sendo muito forte. Esta manifestação, que não foi convocada por partidos políticos e esquerdistas, foi a mais numerosa desde janeiro.



No sábado, dia 25, como atividade contra-cultural-lúdica paralela, a qual foi possível por uma coordenação autônoma e séria de base, foi feito um concerto de quatro bandas diversificadas, rock, hip-hop e crust, em Thissio, o parque da Acrópole, uma das zonas turísticas mais burguesas de Atenas. Todos os grupos falaram sobre as medidas que o capital quer canalizar na população e de tentar bloquear e as formas de continuar cada vez mais a luta, frente a uma polícia que está mudando de estratégia, mas que não poderá apagar nosso ódio. O concerto contou com cerca de seis mil pessoas. Desenvolveu-se com total normalidade: distribuição de material de leitura grátis, sem presença policial nem problemas relacionados ao excesso de bebidas (brigas, comas alcoólicos etc.).



Para este 1º de Maio estão sendo organizadas três manifestações simultâneas, que, com certeza, darão muito trabalho aos “repressores”.



Fotos: http://athens.indymedia.org/front.php3?lang=el&article_id=1023238



Ataques em Atenas



Sábado, 25 de abril, altas horas da madrugada, um grupo de pessoas atacou com coquetéis molotov uma patrulha “antidistúrbios” na Praça Kanigo, no centro de Atenas.



No mesmo dia, foi totalmente destruída a sede local do partido Nova Democracia (governo atual) no bairro de Kipseli.



Festa solidária



Antes dos últimos ataques fascistas aos imigrantes no bairro de Egaleo, a Iniciativa de Anarquistas de Egaleo organizou uma festa solidária na Praça Central do bairro, no domingo, 26 de abril.



Edifício é ocupado



No sábado, 4 de abril, a Assembléia Popular dos bairros de Petralona, Kukaki, Tiseo decidiu ocupar o edifício público PICPA (um centro médico abandonado). Devido a sua história, neste edifício se realizavam assembléias de médicos, enfermeiras e pessoas do Setor Sanitário que se encontravam nas ruas durante o rebelde Dezembro de 2008.



O objetivo dessas assembléias é transformar o local em um centro de relacionamento e saúde. As primeiras intenções são: Debates, Centro Informativo sobre enfermidades; Debates sobre o impacto que a destruição ao meio ambiente cria para a saúde em geral; Debates sobre o impacto que tem o trabalho na saúde de qualidade; Criação de grupos de auto-ajuda, por exemplo, em relação à saúde psiquiátrica; Grupos de auxílios para emergências; Investigação das necessidades de grupos marginalizados como: sem registros e documentos, sem seguridade social, e solidariedade através de processos coletivos; Investigação e estudo sobre medicinas alternativas, como uso de ervas etc.; Criação de uma biblioteca com material relacionado; Funcionamento, de algumas horas por dia, de um grupo de consultores.



Por isso foi criada uma Assembléia Aberta de Saúde no Centro Médico Okupado de (PICPA), a cada segunda-feira, a partir das 19h00.



Plantação de árvores



A assembléia do Parque Autogestionado de Kipru e Patision, fez um convite aberto para a população para plantar árvores no dia 26 de abril.



Tradução > Palomilla Negra



agência de notícias anarquistas-ana



Noite de luar

Minha solidão

No chão se reflete.



Ligia Alencar

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Date: 2009/4/26

Nasce na Grande São Paulo a Juventude Anarquista de Osasco




[Acaba de surgir na Grande São Paulo a Juventude Anarquista de Osasco (JAO). Um grupo formado por jovens trabalhadores e estudantes libertários. "Nossa meta é educar as pessoas em todos os sentidos, seja ecológico, político... Nossas principais ações no momento são contra o aumento abusivo das tarifas dos ônibus no município e contra um rodeio na cidade. Nossas futuras atuações serão bem mais abrangentes, e gostaríamos de nos unir a outros coletivos libertários. Queremos retomar a força do movimento anarquista na região através da conscientização, da autonomia e de ações diretas”, explicam. A seguir um comunicado do grupo.]



Carta de apresentação da Juventude Anarquista de Osasco



Camaradas anarquistas de Osasco,



Camaradas? Camaradas não, é coisa do passado, precisamos de uma nova linguagem.



Trutas de Osasco indignados como nós. Mas que também são camaradas, amigos, companheiros.



Bem, quer dizer... mal. Mal porque vivemos em uma região muito problemática, todos nós sabemos. Aqui as escolas parecem prisões, a paisagem da cidade é marcada pela tonalidade cinza de concreto, o ar é sujo como os córregos que cortam a cidade, as pessoas prendem-se em vícios (fé, televisão, drogas, uso excessivo de álcool, fanatismo futebolístico etc.), pois enxergar a crueza da realidade é muito cruel, falta cabedal para muitos, muitas vezes a nós mesmos, para enfrentar de cara o chicote que estrala todos os dias.



Se não tivesse citado o nome desta logo de início poderia estar falando de qualquer outra cidade do mundo ocidental. Ou pelo menos a maioria das atingidas pela modernidade, onde não há mecanismos suficientes de satisfação momentânea para satisfazer o mínimo de desejo de seus cidadãos (as cidades ou bairros “modelos”, por exemplo), em que encontramos uma “tragédia” a cada esquina – isto é, se não estivermos andando no Parque dos Príncipes ou na Granja Vianna sendo um executivo ou profissional liberal que se encontra abaixo daqueles que moram em Ipanema, Leblon, Morumbi ou Jardins.



Esta região é realmente problemática, aliás, quanto mais nos dirigimos à periferia ou ao “Oeste” da Grande São Paulo a situação piora, à Oeste, Sul, Norte, ou Leste. Na verdade, os problemas se encontram em todos os extremos. Mas moramos nessa região, agiremos mais nessa por praticidade e por estarmos condicionados neste campo de concentração de trabalhadores assalariados. Pelo menos essa é a nossa proposta. Não podemos é nos isolar, pelo contrário, devemos nos comunicar, agir em outras regiões, aprender e conhecer os desfavorecidos como nós, assim nos fortalecemos e podemos adquirir mais experiência.



É difícil de acreditar, mas esse lugar já foi até pior. Não parece, pois esse tipo de história não aprendemos nas escolas, nem nos livros didáticos, nem no museu que fica na Av. dos Autonomistas em frente à Av. João Baptista, muito menos no site da prefeitura ou no artigo do Wikipédia sobre a cidade, no entanto houve muitos subversivos como nós ao longo da história daqui. Houve assaltos e atentados ao quartel do Quitaúna, atentados à bomba, manifestações e greves imensas autodirigidas pelos próprios trabalhadores (nada de Sindicato pelego querendo se promover), ações estudantis sem interesse nas próximas eleições, panelaços, autoridades com medo de morrer. Aliás, a história dos operários de Osasco começa com uma “migração” forçada de trabalhadores anarquistas advindos da Vidraria Santa Marina localizada entre a Barra Funda e a Lapa que foram expulsos da Vila Operária (onde o mesmo dono da indústria era o “Seu Barriga” da vilinha) após uma greve iniciada pelas crianças exploradas!



O que temos que enfrentar são problemas diversos. As ações que faremos devem ser de ordem diversa também. De início podemos começar com coisas mais simples, como fizemos da última vez. Intervenções com estêncil, elaboração de um fanzine (quem sabe, com o tempo, um futuro boletim, jornal, ou outro tipo de mídia escrita), panfletagem, colagem, promoção de eventos subversivos etc.



Para fazermos tudo isso precisamos também construir meios de auto-sustentação. Para bancar as cópias, o spray e essas coisas. Por enquanto, só teremos nosso bolso de crédito. Mas já podemos pensar em vender camisetas, DVDs piratas, churrasquinhos em Verdurada, entre outras idéias que já foram levantadas ou que poderão alçar feito efeito de viagra.



Podemos pensar nosso grupo como um grupo de ação com diversas estratégias. Traçar metas de curta, média e longa duração (para o resto de nossas vidas e talvez para as gerações posteriores). De curta é o que estamos fazendo, coisas mais simples, como acabei de dizer nos últimos parágrafos mais a formação de um grupo de estudos onde estudaríamos novos modos de ação para semearmos os próximos passos, assim como acharia interessante também o exercício intelectual no campo da anarquia, da filosofia, da arte (de todas!) etc. Onde, ao contrário das universidades e modelos tradicionais de educação, esses estudos não seriam apenas teóricos, mas práticos e físicos também. Com um pouco de química até fazemos uma bomba!



De média podemos projetar eventos mais complexos, a sedimentação de contatos com grupos desse mísero país e de outras regiões do mundo, talvez até uma espécie de sede, um lugar onde poderíamos morar e promover ações, convidar pessoas, criar eventos etc.!



De longa, meus amigos, a grande revolução! Grandes rebeliões etc.! Mas antes, quem sabe, podemos constituir cooperativas autogestionárias, escolas com pedagogias libertárias, comunidades alternativas pelo interior do Brasil-sil-sil ou da Bolívia-via-via, ou por qualquer outro canto do universo! Quem sabe até lá o Zé Polvinho já tenha construído a sua espaço-nave e nos levado para um lugar mais agradável como o Planeta Verde em que conspiraremos contra a (dês) Ordem terrestre!



Juventude Anarquista de Osasco (JAO): jaosasco@gmail.com



agência de notícias anarquistas-ana



No verde da praça

a rã salta, salta, salta

e assusta quem passa.



Nilton Manoel---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Date: 2009/4/22

[Colômbia] Relato da Feira de Cultura Libertária em Medellín



A “Feira de Cultura Libertária” foi, de início, uma proposta do Koletivo Anarquista Agitação, que teria como finalidade ocupar espaços e desenvolver diversas expressões culturais. Por isso, nos eventos anteriores, realizados nos anos de 2006 e 2008, a feira teve um enfoque musical e contracultural. Este ano, levando em conta os encontros anteriores, o Centro de Investigação Libertária e Educação Popular (CILEP Medellín), a Distribuidora de Pedagogia Libertária NachoLee e a Cruz Negra Anarquista Medellín se animaram a realizar a Feira na cidade de Medellín com um enfoque específico: a educação popular como meio para construir práticas político-pedagógicas de acordo com nossas realidades. A Feira deste ano contou com a participação de coletivos anarquistas locais e nacionais, assim como movimentos sociais e políticos que estão sendo desenvolvidos na Colômbia.



A “Casa Taller Platohedro” foi o lugar onde aconteceram as palestras e oficinas da Feira nos dias 6 e 7 de abril. No primeiro dia teve início a apresentação dos eixos de trabalho do CILEP Medellín, Bogotá e Manizales e com a introdução da “Rede Libertária Popular Mateo Kramer” da cidade de Bogotá. Seguidamente se realizou uma oficina visual denominado “Arte como ferramenta de crítica social” do professor Leonardo Correa e um informe sobre a questão carcerária na atualidade e os processos da “campanha permanente de solidariedade com os presos políticos” por parte da Cruz Negra Anarquista de Bogotá.



A “Corporação Cultural Estanislao Zuleta” aceitou o convite para participar da Feira e deram uma palestra que aconteceu na rua, em frente a Casa Platohedro, sobre “Estanislao Zuleta e sua crítica ao modelo educativo vigente” . Finalmente, encerrando a programação do primeiro dia, o “Coletivo La Colmena”, da cidade de Manizales, realizou uma oficina pedagógica ilustrativa sobre o Plano Colômbia.



O segundo dia, terça-feira, 7 de abril, começou com um vídeo que foi enviado de Bogotá pelo “Movimento IRA” intitulado “Um debate entre anarquismos e marxismos; em busca de pontos comuns para uma luta conjunta”. Seguidamente deu-se a apresentação da Distribuidora de Pedagogia Libertária NachoLee e uma conferência chamada: “O dogma educativo: uma das formas de conservação do sistema econômico”.



Na área de comunicações, a “Associação Campesina de Antioquia: Observatório Audiovisual e Investigativo sobre Processos Comunitários e de Resistência” projetou sua última realização audiovisual, em que fazem uma retrospectiva de setembro de 2008 a fevereiro de 2009, mostrando como os meios de comunicação de massa, entre eles RCN e Caracol, apresentaram o escândalo dos Falsos Positivos. Na mesma linha da temática anterior, o “Movimento de Vítimas de Crimes de Estado” (MOVICE), comunicou sobre os processos de denúncia e o sucesso de algumas reivindicações em âmbito político que estão sendo permanentemente desenvolvidos.



No mesmo dia, foi feito um “debate e aperitivos” sobre o tema “Legalismo, Cárceres e Expropriação”, em que foram expostas as diferentes práticas legalistas e ilegais de certo tipo de anarquismo e se evidenciou a experiência européia e latino-americana do anarquismo individualista expropriador.



E por último, finalizando com êxito a “Feira de Cultura Libertária”, o CILEP Bogotá expôs o processo de investigação militante que está sendo realizado há 8 meses sobre “Anarco-sindicalismo na Colômbia nas primeiras três décadas do século XX”. O CILEP Bogotá discutiu sobre a influência e formas de luta e organização anarco-sindicalistas no movimento operário deste período; tudo isto com a intenção política de mostrar uma referência de enlace entre o anarquismo e o poder popular na história das lutas colombianas. O fim do encontro culminou com intensas jornadas de discussão anarquista e contou com a participação de 120 pessoas, entre elas, habitantes do bairro Buenos Aires, estudantes, grupos intelectuais, sindicalistas, coletivos e indivíduos de diversas filiações políticas.



Tradução > Palomilla Negra



agência de notícias anarquistas-ana



Tarde de outono

Chuva mansa

lágrimas na janela







Miguel Sá



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Date: 2009/4/21
[EUA] 3ª Conferência anual anarquista “Encontrando Nossas Raízes” em Chicago


[A 3ª “Encontrando Nossas Raízes”, uma conferência anarquista de práxis e organização, será realizada na Universidade Roosevelt, em Chicago, das 11 da manhã às 18 horas da noite do sábado e domingo, 25 e 26 de abril de 2009.]



Palestrantes e participantes da região centro-oeste e de todo o país, bem como um cruzamento da própria comunidade radical de Chicago, irá se reunir para dois dias de oficinas, discussões, sessões de estratégias e trabalhos em rede sobre o passado, presente e futuro dos esforços e vida anarquista.



O tema da conferência desse ano é ESPAÇO. Porque e como o espaço é importante para a teoria e a prática do anarquismo; o que é “espaço anarquista?” Como o/as anarquistas estão envolvidos nas lutas ao redor de espaços, dentro e além de nossa comunidade? Como o espaço é central para as lutas dos grupos oprimidos e marginalizados? Como o espaço opera dentro da paisagem social e das maquinações do capitalismo, bem como dentro da resistência contra o capitalismo? Tópicos para serem explorados nas oficinas incluirão: gentrificação, espaço queer, vida coletiva, organização comunitária, desmilitarização, educação radical, e muito mais.



Entre os principais palestrantes estará o veterano ativista e antigo Pantera Negra, Lorenzo Ervin, autor de “Anarquismo e a Revolução Negra”. Em sua apresentação sobre “Prisões como Espaços Liberados”, Ervin falará sobre suas próprias experiências no movimento carcerário radical de 1970, incluindo seu trabalho com a organização de apoio ao/às prisioneiro/as, Cruz Negra Anarquista. “Não podemos ignorar o papel das prisões como uma ferramenta repressiva do Estado e do racismo estrutural, e o mais importante, não podemos ignorar a história das lutas contra tudo isto”, explica Ervin. Ele também irá conduzir uma oficina sobre organização da vizinhança dentro de pobres comunidades de cor.



Outros apresentadores de destaques serão os membros do Bash Back de Chicago, e o ativista chicaguense de longa data, Darrell Gordon, ambos nos quais darão oficinas sobre espaços queers radicais.



A conferência será fechada com uma discussão sobre “A História dos Espaços Anarquistas em Chicago”, com a participação de membros fundadores da Zona Autônoma, e outro/as veterano/as da luta por espaços anarquistas em Chicago. No mesmo final de semana irá ser realizado nosso “evento irmão”, o “9º Festival Anual de Filmes Anarquista de Chicago”. O festival irá apresentar novos filmes e vídeos, bem como redescobrirá os clássicos, de diretores de cinema engajados em mudança social com uma visão anarquista. As exibições começarão às 19 horas de cada noite, de 24 a 26 de abril, no Jane Addams Hull House Museum, no campus da Universidade de Ilinois. Para maiores informações visite: http://home.comcast.net/~more_about_it/



Para uma programação completa da conferência do “Encontrando Nossas Raízes” e lista de oficinas, por favor, visite: www.findingourroots.org



Tradução > Marcelo Yokoi



agência de notícias anarquistas-ana



Noite outonal!

Minha avó contando histórias

Na varanda. Agora



Eunice Arruda

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Tue, 14 Apr 2009 20:20:31

Atividades e ataques na Grécia não param, apesar das novas medidas de repressão do governo grego


Hoje (14), por volta das 12 horas, uma câmera de vigilância localizada na esquina da Byron Tsimiski, no centro da cidade de Tessalônica, foi destruída, em protesto ao aumento do patrulhamento nas ruas da cidade.


Carros incendiados


Em um curto espaço de tempo após a meia-noite da segunda-feira (13), num ataque coordenado, foram incendiados 8 carros em 3 cidades gregas. Em Atenas 3 veículos foram queimados, em Tessalônica 4, e um outro automóvel em Larissa. A maioria dos carros foram completamente destruídos pelas chamas.


Manifestação solidária


Sob um forte esquema de repressão e os olhares da polícia de choque, centenas de anarquistas caminharam até a prisão de Korydallos em Atenas neste sábado (11), para exigir a libertação de dezenas de prisioneiros que foram detidos durante as revoltas de dezembro de 2008. No protesto foram gritados lemas de apoio e liberdade para os companheiros presos. Eles também zombaram da polícia que realizou um “cordão policial” na tentativa de enfileirar os ativistas. Muitos dos manifestantes usavam máscaras anti-gás, outros cobriram seus rostos em desafio as novas leis repressivas gregas.


Fotos: http://athens.indymedia.org/front.php3?lang=el&article_id=1017618


Vídeo: http://www.youtube.com/v/7GrU25QjDsY&


Bancos são atacados


Sábado (11), em Exarhia, um grupo de anarquistas atacou diversos bancos, quebrando vidraças, câmeras de vigilância e mecanismos de monitoramento utilizados para proteger os lucros dos banqueiros.


Protesto contra a nova legislação grega


Em Atenas, na quinta-feira (9), cerca de duas mil pessoas participaram de um protesto contra a nova legislação do governo grego que proíbe manifestantes vestirem capuz em encontros-protestos públicos e que, ainda, criou um novo ramo da polícia para responder às agitações públicas e ataques incendiários.


Fotos: http://athens.indymedia.org/front.php3?lang=el&article_id=1017690


Vídeo


Vídeo da manifestação em defesa do Parque Autogestionário de Exarhia:


http://www.youtube.com/watch?v=DC_D2tQzHWU

agência de notícias anarquistas-ana


Guardei para você,

num verso de porcelana,

as flores da manhã.


Eolo Yberê Libera




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Tue, 14 Apr 2009 18:08:46



SOLIDARIEDADE PRA ONTEM!!!!!



Cd coletânea bandas do INTERIOOOORRRRRRRRR ESTILHAÇADOS


Bandas: Cadaver do ser supremo, La decadence, Trapus, In desconcert, Bruxas descalças e Androginia.


Valor: R$10 reais (despesas correios, cd, copia da capa e cinco reais para ajudar xs manxs de Manaus que vem sofrendo processo de homicídio.) Deposite R$5,00(cinco) na conta abaixo e envie o outro R5%,00 para o endereço: Rua Abel Sartori, 304 – Ivo Tozzi – Ata(SP). Segue texto.


LUCÉLIA DA COSTA MELO


AGENCIA - 0028


OPERADORA - 013

CONTA POUPANÇA - 14745-6


CAIXA ECONOMICA


envie copia do comprovante do depósito para

emmanueljunior61@yahoo.com.br


“No dia 09 de janeiro de 2009, estávamos na praça do Congresso, depois de ter vindo do trabalho (malabares no semáforo) quando chegaram um grupo de dezesseis skinheads nos ameaçando e nos chamando para um confronto por não querermos brigas, saímos em direção ao Largo do São Sebastião. Chegando lá, alguns amigos nos informaram que o grupo estava no local mais cedo e que poderiam voltar. Saímos do Largo São Sebastião rumo à parada de ônibus em frente ao colégio militar conversando e fumando cigarros, quando fomos agredidos pelos skinheads que havíamos encontrado mais cedo, estes estavam num bar comemorando sua vitória. Quando nos viram, levantaram e começaram a jogar garrafas de vidro em nossa direção, além de pedras, pau e tudo que eles encontraram no caminho.


[Amazonas] Depoimento de uma jovem libertária vitima de ataques skinheads em Manaus


“No dia 09 de janeiro de 2009, estávamos na praça do Congresso, depois de ter vindo do trabalho (malabares no semáforo) quando chegaram um grupo de dezesseis skinheads nos ameaçando e nos chamando para um confronto por não querermos brigas, saímos em direção ao Largo do São Sebastião. Chegando lá, alguns amigos nos informaram que o grupo estava no local mais cedo e que poderiam voltar. Saímos do Largo São Sebastião rumo à parada de ônibus em frente ao colégio militar conversando e fumando cigarros, quando fomos agredidos pelos skinheads que havíamos encontrado mais cedo, estes estavam num bar comemorando sua vitória. Quando nos viram, levantaram e começaram a jogar garrafas de vidro em nossa direção, além de pedras, pau e tudo que eles encontraram no caminho.


Para me defender, me escondi atrás de um poste, e eles começaram a me insultar, três deles partiram para cima de mim, um deles me segurou pelo pescoço e os dois me socavam nas costas, na perna, na barriga, cabeça, por todo o corpo. Com isso, segurei os materiais do meu trabalho (garrafa pet com gasolina e minhas correntes de malabares) quando a garrafa espocou em minha mão molhando um deles e a mim. Como estava fumando, o contato com o cigarro ocasionou um incêndio, queimando a mim e ao que estava me segurando pelo pescoço. O fogo atingiu meu rosto, cabelo e parte do pescoço e costas. O rapaz que estava me segurando, se jogou no chão, onde estava molhado de gasolina, aumentando a queimadura. Eu saí correndo em busca de ajuda para tentar apagar o fogo em mim. Fui socorrida por um casal que estava indo para a parada de ônibus comigo que haviam se escondido próximo ao Rêmulo’s e o rapaz foi socorrido pelo vendedor de churrasquinho que estava na esquina, ele jogou o balde de água no rapaz. Voltamos para a praça do Congresso, em busca de alguém para nos levar para algum hospital, um restante do grupo de skinheads subiram com a polícia nos apontamos (a mim e a meu marido), e a polícia nos levou preso.


Depois de muita relutância dos skinheads, os policiais nos levaram até o lugar de onde tudo aconteceu. Chegando lá, a outra metade do grupo skinheads estava em um carro negociando com os policiais, que estavam em outra viatura com nosso amigo, Leilson, para ser levado a um varadouro, ele já tinha sido pego pela polícia e colocado dentro da viatura. Um dos policiais tiraram meu amigo de dentro da viatura e o entregou aos skinheads, onde foi surrado violentamente, quebrando a maxilar, arreando dois dentes da frente.


Chegamos na viatura, fomos colocados junto ao Leilson que estava com o rosto desfigurado e sangrando muito, assim presenciamos a negociação que acabou não acontecendo.

Passado quase dois meses disso, no dia 28 de março de 2009, estava em casa quando chegaram dois amigos avisando que eles haviam sido espancados por policiais que tem relações com skinheads e que o Leilson também tinha sido pego, ele foi levado para o mato próximo ao condomínio Tocantins na Avenida Constantino Nery junto com o Reginaldo, mas o Leilson estava vestido de “punk” e o Reginaldo não. O Reginaldo foi solto e o Leilson não. Acredito que o modo de como o Leilson estava vestido foi o motivo pelo qual o seguraram e até agora está desaparecido.


Sou cobradora de ônibus e estou afastada da empresa fazendo tratamento médico devido às ameaças que já vinha sofrendo por esse grupo. Por isso fazia malabares na rua, pois estava a um mês sem receber da empresa, agora não posso mais fazer malabares na rua devido às ameaças que aumentaram e se tornaram constantes que sofro pelo referido grupo”



Duda - Manaus, 29 de março de 2009

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Tue, 14 Apr 2009 15:02:14

Anarquistas são suspeitos de incendiarem veículos militares alemães


Pelo menos trinta veículos do exército alemão foram incendiados na madrugada desta segunda-feira (13) em um estacionamento da Escola de Oficiais do Exército em Dresden (sudeste da Alemanha). Além do mais o hangar onde se encontrava os automóveis foi fortemente danificado.


O valor dos danos provocados aos veículos - ônibus, automóveis e caminhões - ultrapassa a três milhões de euros. Ninguém saiu ferido no ataque.


Para extinguir os focos de incêndio o corpo de bombeiros de Dresden usou 22 veículos e 65 pessoas.


Até agora nenhum grupo assumiu a responsabilidade pela ação. A polícia alemã abriu uma investigação, e não descarta um eventual ato de grupos anarquistas e autônomos.


O país também registrou no fim de semana várias manifestações, como parte das tradicionais "Marchas da Páscoa", para protestar contra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a favor do desarmamento nuclear.


agência de notícias anarquistas-ana



Sonho enluarado

boiando no dia

– estrela guia.


Sandra Maria de Sousa Pereira





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Mon, 13 Apr 2009 22:24:10

Organização libertária italiana convoca uma greve para o dia 23 de abril



A União Sindical Italiana (USI-AIT), junto com seus sindicatos, proclama uma greve geral de todos os setores, públicos e privados, para o dia 23 de abril de 2009, devido ao agravamento da crise econômica, para que o governo italiano garanta a todos os serviços mínimos para continuar vivendo com dignidade, a recuperação dos recursos do imposto de renda, a ampliação da oferta de emprego e direito à seguridade social a todos os trabalhadores de forma permanente.



A greve geral conclama:



> Contra todas as leis e acordos entre os interlocutores sociais, passados e presentes, tratando de restringir o direito à greve, negociações coletivas e representações;



> Contra qualquer intento de aumentar os custos da crise apenas aos trabalhadores, com o aumento da idade para aposentadoria, congelamento dos salários frente ao aumento da inflação;



> Luta a favor dos aumentos salariais, que não estão relacionados com a produtividade das empresas, direito a pensão e garantia de serviços adequados, recursos e recuperação dos benefícios fiscais e ampliação da seguridade social a todos os trabalhadores de forma permanente;



> Para a eliminação dos gastos militares e contra a guerra e “lógica” da “Segurança Nacional”;



> Eliminação de todas as formas de emprego precários e subempregos, auxílio aos trabalhadores ilegais, como ocorre em importantes setores sociais como a saúde e educação, porque o trabalho é objeto de uma forte inversão no direito da previdência social;



> A eliminação entre a relação das permissões de moradia e os contratos de trabalho, retirada do emparelhamento e fechamento da CIE - Centro de Permanência Temporária);



> Pelo direito às escolhas individuais e contra qualquer interferência do Estado e/ou religiosa;



www.usi-ait.org



Tradução > Palomilla Negra



agência de notícias anarquistas-ana



No azul do mar

golfinhos saltam –

parecem brincar



Eugénia Tabosa





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Thu, 9 Apr 2009 14:30:48


O 'Artista' que matou um cão à fome vai repetir o acto em 2009- Ou NÃO! Assinem a Petição s.f.f.


Como muitos devem saber e até ter protestado, em 2007, Guillermo Vargas Habacuc, um suposto

artista, colheu um cão abandonado de rua, atou-o a uma corda curtíssima na

parede de uma galeria de arte e ali o deixou, a morrer lentamente de fome e

sede.



Durante vários dias, tanto o autor de semelhante

crueldade, como os visitantes da galeria de arte presenciaram impassíveis à

agonia do pobre animal.



Até que finalmente morreu de inanição,

seguramente depois de ter passado por um doloroso, absurdo e incompreensível

calvário.






parece-te forte?



Pois isso não é tudo: a prestigiosa Bienal Centroamericana de Arte

decidiu, incompreensivelmente, que a selvajaria que acabava de ser cometida por

tal sujeito era arte, e deste modo tão incompreensível Guillermo Vargas Habacuc

foi convidado a repetir a sua cruel acção na dita Bienal em

2009.

Fato que podemos tentar impedir, colaborando com a

assinatura nesta petição :








(não tem que se pagar, nem registrar) para enviar a petição, de

modo que este homem não seja felicitado nem chamado de 'artista' por tão cruel

ato, por semelhante insensibilidade e desfrute com a dor

alheia



REENVIA ESTA MENSAGEM A TODOS OS TEUS CONTACTOS, POR FAVOR.



se puseres o nome do 'artista' no Google, saem as fotos

deste pobre animal e seguramente também aparecerão páginas web onde poderás confirmar a veracidade da informação.

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Data: Quarta-feira, 8 de Abril de 2009, 10:09



[Itália] Jornada de Resistência Contra as Biotecnologias e a Agroindústria


De 18 a 20 de abril de 2009, haverá em Cison di Valmarino (Treviso) a cúpula do G-8 Agricultura proposta pelo Ministro da Agricultura de Zaia, em Castellbrando, uma fortaleza localizada na zona dos Alpes. O município de Cison e as regiões limítrofes estão militarizadas e com acesso proibido.


A fim de acabarmos com a lógica da zona vermelha e de uma forma de perseguição aos poderosos, propomos descentralizar e multiplicar as ações de resistência a um modelo de “desenvolvimento” que não concordamos e ao qual queremos acabar em todos os lugares e espaços onde estão presentes.


Nesta reunião de cúpula não será discutida a destruição da Terra, mas a perpetuação dos centros de investigações de biotecnologias públicas e privadas, de todas as fundações que lucram e especulam com a devastação ambiental, todas as empresas que para obter sempre o lucro, contribuem para criar um deserto social e ambiental, o qual parece ser sempre o nosso panorama futuro.


Fazemos por isso um chamado a todas as pessoas interessadas em mudar radicalmente esta situação, e propor uma marcha em oposição difusa a este caminho obscuro que o chamado “desenvolvimento” nos impõe, e esta mudança se dá através da ação direta e de atividades coordenadas.

Assembléia Contra a Cúpula do G-8 Agricultura.


Contra o G-8 Agricultura

Ato Público em Vittorio Veneto

Comidas e microfones abertos


> Contra a exploração agrícola do hemisfério sul, e o modelo de desenvolvimento representado por este G8.
> Contra a devastação ambiental e a agricultura industrial.

> Contra a nano-biotecnologia e os OGM.


Por uma agricultura livre das leis de mercado, sem hierarquias nem monopólios!

Assembléia Contra o G-8 Agricultura

www.assemblea.gelohc.com


E-mail: equalrights-a-libero.it

Tradução > Palomilla Negra

agência de notícias anarquistas-ana



Flores no chão

Porta fechando

Apenas ilusão



Bianca Dantas Vieira

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Date: Mon, 6 Apr 2009 16:33:13 -0700


Novas medidas repressivas e legislativas encaminhadas ao parlamento grego para criar um “Estado de Sítio” no país


[Governo grego pretende criminalizar manifestantes que usarem capuzes ou máscaras em manifestações. Muitos legisladores conservadores estão pedindo a revisão da lei de asilo universitário que impede a polícia de entrar nas universidades gregas - onde muitas vezes ativistas se refugiam - e diminuir as restrições quanto ao uso de câmeras de vigilância, além de incrementar o poderio das forças policiais. "É preciso terminar agora com a violência de grupos anarquistas e os ataques da extrema-esquerda. Isto significa que alguma coisa tem de ser feita com urgência: é necessário tomar medidas fortes e essas medidas têm de ser eficazes", disse recentemente uma autoridade grega.]


Reuniões da Scotlan Yard (brigada anti-terrorista britânica), com assessores da segurança nacional dos Estados Unidos, e o governo grego, tem anunciado medidas draconianas recentemente encaminhadas ao parlamento grego com o objetivo de frear o aumento do conflito social em todo o país, que se intensificaram depois da morte do jovem Alexis Grigoropoulos, morto pela polícia em 6 de dezembro passado..

Com o apoio dos meios corporativos, o governo tem divulgado que não tolerará mais a violência política nas ruas, dando carta branca à guarda pretoriana do regime do ex-ministro de Ordem Pública, Byron Polidoras. A polícia denominada anti-distúrbios utilizará toda a força excessiva contra os manifestantes.


Além disso, o governo anunciou a formação de uma “força de reação rápida”. Que contará com 300 policiais armados em motocicletas para patrulhar o coração de Atenas, juntamente com a guarda canina. O ministro da justiça também noticiou uma nova lei que punirá aqueles que estiverem em manifestações utilizando capuzes, máscaras e outras vestimentas que prejudiquem a identificação.

A imprensa corporativa tem usado historicamente o termo “koukouloforos” para referir-se a anarquistas encapuzados e outros “radicais”, tratando de diferenciar o movimento social dos nazis colaboradores da ocupação alemã na década de 40, uma tática de guerra psicológica respaldada pelo Partido Comunista Grego (KKE).

Os meios corporativos estão avivando o medo nos setores conservadores da população, falando do possível surgimento de uma guerra civil. Também apóiam o governo e seus aliados, a extrema direita, em seu intento de isolar as universidades, com uma cláusula da Constituição grega, da lei de asilo universitário. Tentativas anteriores a isso já foram feitas e tiveram seus resultados frustrados pela grande mobilização estudantil de 2006-2007.


A esquerda e os meios de comunicação independentes, assim como um amplo espectro dos movimentos sociais, condenam as medidas ensaiadas por um Estado “policialesco”, que tem como objetivo impor um “Estado de Sítio” para reprimir as lutas sociais e os trabalhadores, afirmando isso como prioridade do Estado, quando deveria ser a dissolução de organizações neonazistas paraestatais, a imediata libertação dos insurgentes de dezembro e o desarmamento policial (inúmeros são aqueles considerados não aptos para obter porte de arma, por testes psicológicos) e levar obrigatoriamente seu número de identidade policial (algo que não ocorre hoje)..


Com as novas medidas, espera-se que ao invés de frear a tensão social, aumente-as, e, em muito, sobretudo porque, ultimamente, o governo tem demonstrado sua tendência ao totalitarismo, entre outras coisas, mediante a nomeação do velho chefe de propaganda da junta de coronéis, como diretor dos arquivos de Estado, pondo assim em cheque as investigações independentes, que ficarão sobre a égide de uma das figuras mais obscuras da recente história grega.


O atual governo grego é dirigido pelo partido Nova Democracia (direita), que conta com o apoio da maioria dos empresários do país, sucessor imediato do governo anterior, dirigido pelo Partido Monárquico, que transformaram inúmeras ilhas gregas em campos de concentração para comunistas na década de 50.



Tradução > Palomilla Negra



agência de notícias anarquistas-ana



A estrela cadente



e o meu pedido-relâmpago.



Segredos no céu.



Zuleika dos Reis

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Data: Segunda-feira, 6 de Abril de 2009, 16:32




hipocrisia e farsa verde...



["a natureza é a responsável pelas mortes, jamais o empreendimento (o rodoanel)". isso é muito escárnio. olhem lá no último trecho desta matéria o que o gerente de "gestão ambiental" da dersa afirmou. esse é outro que merecia um raio no meio da cabeça. moésio R.]



Animais silvestres morrem durante obras do Rodoanel



Mais de cem animais silvestres já morreram desde o início das obras de construção do Trecho Sul do Rodoanel em áreas de mata atlântica, em São Paulo. Parte era de espécies ameaçadas de extinção. São veados catingueiros, macacos bugios, preguiças de três dedos, lagartos teiús, gambás, cobras, corujas orelhudas e várias outras espécies que deveriam passar por manejo cuidadoso, mas tiveram ferimentos graves ou sofreram estresse profundo - que resultaram em óbito.

De 137 animais enviados para recuperação em parques e clínicas veterinárias, 105 não resistiram. Outros 371 bichos foram devolvidos para a mata sem apresentar problemas, segundo dados da Desenvolvimento Rodoviário S. A. (Dersa), empresa do governo do Estado que administra a obra. Os mortos, contudo, representam 21,9% dos que passaram pelas mãos dos técnicos da Dersa. Os animais encontrados nas áreas desmatadas que precisam receber atendimento veterinário são levados pela Dersa para parques ou encaminhados ao Departamento de Parques e Áreas Verdes (Depave), da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente de São Paulo.



Pela gravidade dos ferimentos de muitos deles, a Polícia Ambiental às vezes também os encaminha para veterinários particulares ou para um santuário localizado em Cotia, na zona oeste da Região Metropolitana de São Paulo, no sentido oposto das obras do Trecho Sul. Pesquisador das interferências da ação humana no Parque Estadual Xixová-Japuí, em São Vicente, o professor da Unesp Dênis Abessa acredita que manter animais silvestres em más condições caracteriza um crime ambiental. "A alta taxa de morte dos animais remanejados no Rodoanel indica algum problema na coleta, no transporte ou nos momentos seguintes dessas operações", afirma.



Culpa



O gerente de Gestão Ambiental da Dersa, Marcelo Arreguy Barbosa, descarta qualquer tipo de crime ecológico nas obras do Trecho Sul do Rodoanel e afirma que a empresa está preparada para executar o projeto de manejo de animais silvestres. Para ele, a culpa pelas mortes é da natureza e o empreendimento deve ser isentado de qualquer ação de imperícia ou negligência. "Os animais receberam o tratamento adequado. A natureza é a responsável pelas mortes, jamais o empreendimento (o Rodoanel)", alegou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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---------- Forwarded message ----------

From: Henrique Da Silva

Date: 2009/4/1

Subject: Boletim sobre Situação do Cocaia.

To:

Camaradas de Jornada.

Venho por meio deste email, divulgar um Boletim informativo sobre a situação do Parque Cocaia, e de forma geral o que veem acontecendo na cidade de São Paulo. O boletim foi feito para ser divulgado, por tanto quem puder imprimir e distribuir, ótimo! O texto esta extenso, mas penso que pela dimensão dos problemas, está bem suscinto e explicativo.

Para imprimir, -----------> Arquivo -----> Imprimir >>>>>>>> Propriedades >>>>>Setup>>>> Duplex >>> Open to Left.

Ok pessoal?

COMUNICADO IMPORTANTE!


B oletim do Parque Cocaia I.

Na segunda-feira (16 de Março de 2009), a Prefeitura da cidade de São Paulo em ação conjunta com a construtora Santa Bárbara, iniciou mais um triste processo de despejo vinculado a “Operação em Defesa das Águas - Projeto Manancial”, cujo objetivo é “defender” a água da Represa Billings, Alto Tietê e na Guarapiranga.

Um dos pontos do projeto é que ele consiste na intervenção em áreas habitadas que contornam as represas Billings e Guarapiranga.


Essa intervenção prevê a retirada de algumas famílias que residem no entorno das áreas de proteção ambiental, uma vez que a legislação ambiental vigente prevê áreas em que construções são proibidas, outras em que as construções são restritas, enfim sendo certa a necessidade de respeitar uma distancia mínima da orla das represas e das áreas de nascente.

O que tem acontecido no Jd. Toca, área que integra o Parque Cocaia I, é a manifestação do descaso e desrespeito para com os moradores e total descumprimento do compromisso assumido no projeto, por conseqüência lógica um total descaso para com a vida humana.


As famílias do Jd. Toca, depois de mais de 20 anos no local, receberam uma notificação para deixarem suas casas em um prazo máximo de 10 dias. As famílias que receberam a notificação receberam uma proposta de acordo, deixar suas casas em troca de um de um cheque despejo de R$8.000,00 (oito mil reais).


Esse cheque seria pago pela Prefeitura da cidade de São Paulo, em parceria com a construtora Santa Bárbara. O valor de R$8.000,00 para remover as casas do Jardim Toca, será pago somente para algumas famílias.


Mas se a Prefeitura da Cidade de São Paulo oferece somente R$2.000,00 para as famílias de baixa renda, quando tem uma remoção, por que no Jardim Toca está sendo oferecido R$8.000,00 ?


O Projeto Mananciais, Intervenção, está sendo financiado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), em parceria com a Prefeitura de São Paulo, Prefeitura de Guarulhos, Prefeitura de São Bernardo do Campo e da Sabesp. Além destes financiamentos, existe o financiamento do Banco Mundial, que irá fazer um empréstimo no valor de 129 milhões de dólares. Somando toda a verba destinada para esse projeto, temos o valor total de 292,3milhões de dólares.

Por isso a Prefeitura de São Paulo, junto com a construtora Santa Bárbara, está oferecendo um cheque de R$8.000,00, porém com a verba que tem destinada para o projeto. Eles deveriam oferecer o que está escrito no Projeto, a construção de conjuntos habitacionais para a população que será removida.


No “Projeto Mananciais” dentro de seus objetivos principais, está escrito: “Iniciativas de ordenamento da ocupação de seu território e de melhoria da qualidade de vida da população residente, particularmente no que diz respeito à infra-estrutura sanitária e à habitação. Estes objetivos, vistos como indissociáveis, devem ser perseguidos sob uma perspectiva de ações integradas.”


Então moradores do Jardim Toca e região, se o objetivo principal do projeto é este que está escrito em cima, devemos exigir que esse objetivo principal seja feito, ou se não, que projeto é esse, que no papel diz uma coisa, e no Jardim Toca faz outra? Vamos exigir a melhoria da nossa qualidade de vida e de nossas casas, e impedir que destruam nossa moradia em troca de um cheque de R$8.000,00!


Na cidade de São Paulo, tem sido adotada ao longo destes últimos anos a política do cheque despejo, que vem infelizmente, substituindo a tão necessária Política Habitacional para a cidade. Geralmente esse cheque despejo tem o valor aproximado de R$2.000,00.


A ocupação de áreas que a Prefeitura considera irregulares ou como mencionam áreas de risco social tem sido desocupadas e removidas pela Prefeitura através do pagamento de um cheque e o compromisso assinado de deixarem aquele local num prazo determinado.


A pergunta que paira no ar é para aonde vão essas famílias com o valor de R$8.000,00 (Oito mil reais)?

Esse valor é irrisório em uma cidade cosmopolita como São Paulo dominada pela especulação imobiliária, grande parte de seus habitantes não tem acesso ao centro da cidade, mesmo sabendo que tudo ainda acontece no centro.


E nas regiões mais próximas do centro é fato, é impossível conseguir uma moradia digna em razão dos valores praticados, sendo assim, o que essas famílias podem fazer?


Assim, ocorre o famoso efeito “dominó”: as famílias deixam uma comunidade onde travaram durante um longo período relações sociais e obtiveram a prestação de serviços públicos nas redondezas, postos de saúde, escolas, creches, etc, e, no mais das vezes, se deslocam para outros locais também irregulares, nos quais em grande parte não gozarão de aparato publico, sobrecarregando algumas ocupações e gerando um verdadeiro caos social.


A Prefeitura da cidade de São Paulo vem maquiando a pobreza urbana utilizando-se da mídia e de grandes obras de embelezamento urbanístico para favorecer os donos do poder econômico.


Em um ano, despejam a Favela do Real Parque, sob o argumento de que a comunidade ameaçava pessoas de bem. Em seguida, se inicia o processo de despejo marcado por violação dos direitos humanos e repressão policial, e a seguir, verifica-se a inauguração da Ponte Estaiada “Um novo cartão postal da cidade”, deixando para trás todo o sofrimento infligido às famílias e apagando-se os rastros sobre qual foi o destino destas pessoas.


Na mesma época, tentaram retirar a comunidade do Jardim Edite que também incomodava os políticos, e os detentores do capital por destoar da riqueza e opulência dada aos empreendimentos imobiliários do entorno.


Ali a situação foi um pouco diferente, pois sob o direcionamento e a mobilização da Associação de Moradores do Jardim Edite, a comunidade conseguiu resistir e ainda se mantém ali, apesar de toda a dificuldade que existe nesta manutenção, já que é explicita a total falta de vontade política dos gestores da região em atender aos anseios por moradia digna da Comunidade Jardim Edite, localizada entre os arranha-céus da região sudoeste da cidade.


Falamos de tudo isso, para chegarmos ao que está acontecendo hoje no Jd. Toca, nada difere do que tem sido observado em toda a cidade. Esse processo chama-se: limpeza urbana, o qual é maquiado pela Prefeitura da cidade de São Paulo, através de projetos que inicialmente são apresentados como urbanização de favelas.


O que nos impressionou no primeiro contato com os moradores do Jardim Toca e Parque Cocaia I, foi o fato de que há uma grande infra-estrutura na região, incluindo aparato publico escolas, asfalto, energia elétrica, saneamento básico, enfim as casas são de alvenaria, bem estruturadas, o que acaba sendo uma característica incomum em grande parte das comunidades que sofrem o processo de despejo.


Infelizmente, verificamos que nossa cidade não possui uma política habitacional, o que permite que haja um avanço da especulação imobiliária e faz com que a população carente de recursos se afaste cada vez mais da região central da cidade, super povoando a periferia e, apesar de reivindicar junto ao poder publico melhores condições de vida tem suas reivindicações afastadas sob a justificativa da ausência de previsão orçamentária e outras prioridades de atuação da municipalidade, por exemplo.


É hora dos moradores da Rua Nuno Guerner se unirem, e lutarem para continuarem com suas casas, aonde criaram seus filhos. Não podemos deixar a Prefeitura fazer o que vêem fazendo, destruindo e complicando cada vez mais nossas vidas, ao invés de nos ajudar.


Henrique Yasuda



Escritório Modelo da PUC-SP



Em apoio às famílias do Jardim Toca e região.



Henrique Toshio Yasuda Da Silva


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Não atirei o pau no gato! Cantiga infantil



Posted: 26 Mar 2009 09:45 AM PDT



Estórinha desenhada sobre a cantiga de roda Não atirei o pau no gato! na versão ética, em respeito aos animais. A concepção artística foi feita por Brisa, da SVB - grupo Anna Kingsford, de Brasília.



Gentilmente enviado pela leitora Tanira.
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Ativistas da Espanha protestam contra a matança de focas do Canadá


Posted: 26 Mar 2009 04:14 PM PDT




100 ativistas do grupo Equanimal ( www.equanimal.es ) protestaram nús no último dia 15 (março/2009) contra a matança de focas que ocorre todos os anos no Canadá. Só este ano o governo autorizou - veja bem, o governou AUTORIZOU - a matança de mais de 300 mil focas!



É a festa da indústria de peles. Aquela mesma que faz casacos e bancos de couro de boi ou ainda aqueles chapéuzinhos ridículos que o papa costuma usar, confeccionados a partir da tortura de pequenos animais que tem o simpático nome de Arminhos.

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Wed, 18 Mar 2009 10:10:36

Lucas Vinci




Ativistas de organização pelo direito dos animais simulam sangue com tinta vermelha em protesto contra as touradas organizadas durante o festival de Fallas, em Valência, na Espanha.



A festa dura sete dias e marca o início da temporada de touradas. A celebração também é conhecida pelos grandes bonecos de papel machê - com feições de personalidades - que são pendurados ao longo da cidade e incendiados no último dia do festival. (Foto: Heino Kalis/Reuters)

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De: Lucas Vinci ,Lucas Vinci


Wed, 25 Feb 2009 07:36:36


entrevista de um "ecoterorrrista"

O Ecoterrorista


Para o ativista Jerry Vlasak, vale tudo na luta contra o uso de animais como cobaias em testes de laboratórios. Até matar cientistas

Carin Homonnay Petti



Seria durante uma passagem pela Grã-Bretanha que o médico e ativista americano Jerry Vlasak explicaria à Super suas opiniões sobre a luta pelos direitos dos animais. A entrevista ocorreria na Inglaterra, durante um encontro promovido por ativistas da Europa e dos Estados Unidos. Mas o texano radicado na Califórnia nem teve oportunidade de arrumar as malas. O governo britânico negou seu pedido de visto, alegando que suas "opiniões perigosas" não são bem-vindas no país.

Ao conversar com a revista por telefone, Vlasak mostrou por que quando abre a boca assusta autoridades, aterroriza a indústria farmacêutica e recebe críticas da maior parte da comunidade científica. Suas idéias são uma amostra do que muita gente chama de ecoterrorismo. Acha, por exemplo, "moralmente aceitável" o assassinato de cientistas que utilizem cobaias de laboratório. "As mortes só ajudariam a causa", afirma.

Quando não está atendendo vítimas de acidente de trânsito, tiros e facadas num hospital de Los Angeles, Vlasak dá assessoria científica a entidades como Speak e Shac, duas das mais radicais organizações antitestes com animais. Atualmente, os grupos tentam impedir a construção do novo laboratório de cobaias na Universidade de Oxford e varrer do mapa a Huntingdon Life Sciences, empresa especializada em pesquisas químicas e farmacêuticas. Entre os objetivos dos inimigos de Vlasak estão a busca de tratamentos para doenças como o câncer, diabetes, mal de Parkinson e de Alzheimer.



Por que você julga ser aceitável atacar cientistas que estão usando cobaias para desenvolver novos medicamentos?

Qualquer coisa que detiver essas pessoas é moral e necessária. Não estamos falando de gente inocente. Eles torturam animais em laboratórios todos os dias. Não adianta eu parar numa calçada com um cartaz pedindo o fim dos experimentos. Ninguém vai me ouvir. E a verdade é que nossas táticas funcionam. A Universidade de Cambridge desistiu de construir um laboratório porque ficou com medo dos ativistas – eles também acharam que o sistema de segurança ficaria muito caro. Uma empresa especializada em pesquisas já perdeu 63 clientes e fornecedores. Nossa pressão também já fechou uma fazenda que criava gatos e um canil que fornecia cães da raça beagle para laboratórios. Nelson Mandela dizia que a não-violência é uma estratégia, não um princípio moral. Nós temos o dever moral de fazer o que dá resultados.



Você vê algum limite ético nesse dever?

Não existem limites. Qualquer tática que funcione é legítima. Alguns cientistas só vão acabar com os experimentos se temerem pela própria vida. É uma pena que seja assim. O que fazemos não é muito diferente de assassinar nazistas como Hitler, Himmler ou Goebbels. Se matássemos os três e salvássemos 6 milhões de judeus, ninguém diria que é errado. Creio que o mesmo raciocínio vale para animais. Matar dois, três, cinco ou dez (pesquisadores) e salvar milhões de vidas inocentes é moralmente aceitável.



Como a morte de um cientista será capaz de trazer benefícios aos animais?

Observe qualquer movimento de luta contra a opressão, como o combate ao apartheid na África do Sul e a escravidão nos Estados Unidos. Sempre que uma força exerce pressão sobre outra, a mais fraca recorre à violência. E os resultados acontecem. Até agora ninguém morreu, mas isso ainda vai acontecer. Não estou pedindo isso, apenas prevendo. Você não pegaria em armas para impedir que crianças no jardim de infância fossem torturadas até morrer em laboratórios? Se aceitamos fazer isso por pessoas, mas não por animais, estamos adotando o especismo, ou seja, acreditar que seres humanos são superiores a outras espécies. Sou contra o especismo da mesma maneira que sou contra racismo, machismo e homofobia.



Melhorar a saúde dos humanos não justifica os testes com animais?

Na Alemanha nazista, judeus eram utilizados como cobaias em campos de concentração. Graças a testes assim, cientistas obtiveram informações úteis. Eu acho errado matar de frio um judeu para estudar o combate à hipotermia. Da mesma maneira, sou contra matar animais. Não me interessam os benefícios que essas pesquisas trarão.



Para desenvolver antibióticos, os cientistas valeram-se de testes em cobaias animais. Como médico, você receita esse tipo de remédio a seus pacientes?

Claro que sim. Mas o fato de um idiota ter enfiado droga goela abaixo de um animal para verificar a eficácia do tratamento não prova que esse ato seja necessário. É bom lembrar que novos remédios precisam sempre ser testados também em seres humanos.



E como a medicina pode avançar sem experimentar suas novas tecnologias em cobaias de laboratório?

Animais são forçados a viciar-se em cocaína, anfetaminas, cigarros e outras substâncias que todos sabem que são prejudiciais. Em outros experimentos, filhotes são separados de suas mães para estudar o que acontece com pessoas criadas sem afeto. A forma como esses animais sofrem não tem nada a ver com os humanos. Não há razão para isso. A maior parte das informações úteis para seres humanos é obtida em testes clínicos com seres humanos. Estudamos grandes amostras de pessoas, vemos o que acontece e detectamos padrões. Também podemos usar técnicas como autópsias, a análise de tecidos, testes em culturas de células humanas e modelos matemáticos. Experimentos assim são muito mais confiáveis do que dar drogas a ratos, coelhos ou outros animais. Quando aplicamos drogas numa fêmea podemos ter efeitos diferentes daqueles verificados num macho. Acreditar que o que você deu ao rato terá o mesmo efeito num ser humano é estúpido. Não faz qualquer sentido. Não funciona. Na verdade, a utilização de animais pode até atrapalhar esse processo. O desenvolvimento da vacina contra pólio, por exemplo, atrasou dez anos porque o modelo animal não produziu os resultados desejados. Gastam-se centenas de milhões de dólares em pesquisas envolvendo animais e pelo menos 90% dos estudos vão para o lixo. E de tudo que é publicado, no máximo 1% ou 2% realmente tem alguma utilidade.



Se os experimentos em cobaias são mesmos inúteis, por que a indústria farmacêutica gasta tanto dinheiro com eles todos os anos?

Testes com animais servem como arma para disputas judiciais. Se o remédio fizer mal, alega-se inocência com base nos testes da droga em muitas espécies. Também há muita gente ganhando dinheiro com pesquisas financiadas por recursos públicos, incluindo as indústrias farmacêuticas. Além disso, governos exigem a realização de testes em animais. Isso é um erro, mas não surpreende. A indústria farmacêutica tem dois lobistas para cada membro do congresso americano. Foi por causa desse tipo de lobby que o meu visto de entrada na Grã-Bretanha foi negado.



• Nos tempos de médico-residente, participou de pesquisas contra a arteriosclerose envolvendo cachorros. Abandonou os experimentos por considerá-los "inúteis" e "cruéis".

• Saboreava um bom bife até 1992, quando leu alguns livros sobre o sofrimento de animais, deu adeus a carne, leite e ovos e virou vegetariano

• Foi preso por cinco dias por participar de um protesto contra o uso de peles animais em Los Angeles. Questionou a detenção na Justiça e acabou com 20 mil dólares de indenização no bolso

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Data: Quarta-feira, 25 de Fevereiro de 2009, 10:03



Filme sobre protestos ecológicos radicais na Rússia já está disponível na internet



O filme “No Pasarán!” documenta as campanhas de protestos ambientais na cidade de Azov, na Rússia, no verão de 2003. Habitantes de Azov, juntamente com ativistas e anarquistas do grupo Ação Autônoma e do Guardiões do Arco-Íris, defendem seus direitos à um meio ambiente saudável e lutam contra a construção de um terminal de embarque de metanol em sua cidade natal.



Após a queda da União Soviética, tem havido uma grande pressão desenvolvimentista nas orlas do Mar Negro, e anarquistas e ambientalistas têm passado por tempos difíceis tentando defender e proteger o que ainda resta de natureza naquele lugar. A maioria das campanhas de protestos na região não teve êxito, mas a campanha de Azov, que teve seu pico em 2003, foi um sucesso – finalmente o terminal de distribuição de metanol, no qual já estava quase sendo fechado por ele/as, foi reformulado para ser usado para exportação de bens “menos perigosos”. Isto foi devido, principalmente, aos protestos populares massivos, que conseguiram reunir grandes manifestações com cerca de 7.000 pessoas em uma cidade de 90.000 habitantes.



Este é um documentário dos protestos que aconteceram no verão de 2003, que duraram dois meses. Protestos radicais (bloqueios de estradas, ações direta, manifestações), mobilizações de pessoas, a vida no acampamento ecológico de protesto, e as relações entre ativistas e os habitantes locais estão registrados nesse vídeo.



Você pode baixar o “Torrent” no seguinte endereço:



http://onebigtorrent.org/torrents/4584/No-Pasaran



O “Torrent” tem 4GB e incluiu muitos materiais adicionais, tais como fotos dos protestos e a tese de mestrado de Vadim Likhachyov em antropologia social: “Eqüidade em um protesto ambiental radical: pragmatismo ou ideologia imposta? Dois casos de campanhas de protesto no Sul da Rússia”. A tese também está separadamente disponível no sítio da internet do grupo Ação Autônoma:



http://avtonom.org/files/lib/ligachev.pdf



Ficha técnica



Título: “No Pasarán!”



Diretor, Produtor, Pesquisador e Diretor de Fotografia: Vadim Likhachyov



Duração: 73 minutos



Rússia, 2006



Tradução > Marcelo Yokoi



agência de notícias anarquistas-ana



Viagem de ônibus —



No vidro da janela



a companhia do sol.



Rogério Togashi



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Thu, 19 Feb 2009 01:04:49

Saudações,


Estou escrevendo mais uma vez para pedir que assinem petição on line a favor do Santuario dos Pajes e contra a especulação imobiliaria e grileiros de terras indigenas. Podem assinar pelo link http://www.petitiononline.com/Bananal/petition.html, ajude também a divulgar.


TODO APOIO AOS INDIGENAS!



segue informações abaixo



abraços



Iberê-Uaná Tupinambá - Israel Sassa



Complexo Espiritual e Tribal é Inaugurado em Brasília - http://midiaindependente.org/pt/blue/2009/02/440804.shtml

Por Resistência Indígena 13/02/2009 às 16:42



Ontem, dia 12 de fevereiro, no Santuário Sagrado dos Pajés, onde moram o Sol e a Lua, onde a vida brota e continua, as 9 horas, foi inaugurado o Herbário Fitoterápico dos Pajés, com a benção da chuva - oyanma - enviada pelo Grande Espírito. O Santuário dos Pajés - Terra Indígena do Bananal, situado em Brasília, há mais de 30 anos é um espaço de convergência da sabedoria dos povos tribais de todos os continentes. Na inauguração estiveram presentes pajés e xamãs, da África, da Colômbia, do Peru, da Lapônia e da América do Norte (Red Crow). O mundo ganhou um presente dos povos da Terra, que não a ocupam e sim são ocupados por ela. Reunindo conhecimentos de mais de 90 povos tribais, o Herbário Fitoterápico do Santuário é o primeiro complexo espiritual e tribal, do Brasil, fundado na Ciência dos Pajés. Os povos tribais que ao longo dos séculos aprenderam a domesticar os elementos da natureza, mantém vivo seu conhecimento, mesmo após 509 anos de usurpação indo-europeia.



No Brasil, são 100 do Serviço de Proteção ao Índio - SPI, instituição fundada na égide militar e que foi responsável pelo extermínio de mais de 80 nações indígena. Somado a isso, temos mais 48 anos da Fundação Nacional do Índio - FUNAI - fundada pelo Estado para dominar juridicamente os povos da Terra, sob o pretesto de os protejer. Mesmo diante de cenário tão perverso, os povos tribais - chamados genéricamente de indígenas - com seus meios de resistência sagrada, e com a sabedoria milenar baseada na tradição oral, seguem sua missão de deixar preservado a biodiversidade e o conhecimento fitoterápico tribal para as futuras gerações.



O Herbário dos Pajés é uma iniciativa do professor Santxie Tapuya, que a cerca de 27 anos vêem desenvolvendo o trabalho com as sementes e as mudas no Santuário Sagrado dos Pajés, produzindo um bioacervo vivo fruto do intercâmbio de mudas e sementes das diversas etnias que freqüentemente visitam o Santuário. Somente após 17 anos de luta e trabalho, por meio de uma portaria, a FUNAI reconheceu o trabalho e cedeu um espaço em seu prédio para a Flora Medicinal dos Povos Indígenas, como uma maneira de disponibilizar ao público em geral os remédios naturais advindos da sabedoria ancestral. E no ano passado, o Ministério da Cultura, por meio do Prêmio Chicão Chucuru, reconheceu o trabalho desenvolvido na comunidade Tapuya do Santuário dos Pajés. Com esse prêmio a comunidade pode estruturar melhor o herbário, criando uma oca especial onde é feita a germinação das espécies e a produção de mudas com fins de tratamento medicinal e de reposição da biodiversidade ameaçada. Para conhecer o Herbário e participar dos cursos que serão oferecidos, dentre eles Línguas Indígenas e Medicina Natural Doméstica, basta entrar em contato com a Flora Medicinal, na FUNAI, pelo telefone 61 3313 3623.



Todo esse trabalho, reconhecido nacional e internacionalmente, resultado da sabedoria ancestral de dezenas povos tribais, está em perigo devido ao projeto do Governo do Distrito Federal de construir o Setor Noroeste, bairro para a elite brasiliense onde o metro quadrado chegará a custar mais de 8 mil reais - o GDF já embolsou cerca de 600 milhões com a venda das primeiras projeções. As irregularidades desse processo foram extensamente noticiadas aqui no Centro de Mídia Independente.(veja links para editoriais anteriores)



Fotos do Herbário

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Wed, 18 Feb 2009 11:36:56


Cxu vi konas Esperaton, la lingvo internaticia?



se você não entendeu a pergunta esta precisando aprender Esperanto, a lingua internacional, falada em mais de 120 paises no mundo todo. as principais obras da literatura mundial já foram traduzidas para o Esperanto.



A proposta do Esperanto é ser a segunda lingua de todas as nações, quebrando a barreira linguistica e acabando com o imperialismo de linguas oficiais de paises desenvolvidos ou qualquer outro que quer impor sua cultura.



Existe em São Miguel Paulista desde 1949 o Esperanta Klubo Zamenhof, que ensina gratuitamente o Esperanto.



CURSO GRATUITO



Inicio das aulas em março



maiores informações:



tel 2297-1400



ou Rua Idioma Esperanto, 363 - São Miguel Paulista - São Paulo - SP (ao lado do terminal de onibus de São Miguel)

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Sat, 14 Feb 2009 14:50:12


IV INTERCULTURAL

...E MST!



1 DE MARÇO - domingo - a partir das 12h00.



Local: Rua Leonel Martiniano, s/n, Perus - Km 27 da Rodovia Anhanguera. ÁREA SOCIAL DA COMUNA IRMÃ ALBERTA (MST).



BANDAS:

REVOLTA POPULAR (Punk)

SERVIDORES DO RAP (Rap)

UNIDOS DA LONA PRETA (Samba)

COMUNIDADE CULTURAL QUILOMBAQUE (Maracatu)



COMIDAS E BEBIDAS ...E MAIS EXPOSIÇÕES



mais informações em www.interculturalzl.blogspot.com


Posted: 11 Feb 2009 06:21 PM CST


Itu terá novo Cineclube chamado Brad Will



Aliado do Cineclube Itu Osvaldo de Oliveira, o Cineclube Brad Will nasce com o propósito de somar cada vez mais com o Movimento Cineclubista e difundir as obras audiovisuais e cinematográficas, além de documentários, trabalhos independentes, curtas e outros que estimulem a reflexão e o debate. “Queremos filmes que nos façam pensar, e que possamos debater sobre os assuntos abordados nas obras exibidas”, afirmou Josuel Rodrigues, idealizador do novo Cineclube.

Inicialmente os filmes serão exibidos no ponto de leitura, na Biblioteca Comunitária Prof. Waldir de Souza Lima. A proposta, no entanto, inclui também exibições itinerantes em bairros e locais estratégicos.



A estréia será dia no dia 21 de fevereiro, sábado, às 19 horas, com a exibição do filme “A Carne é Fraca” e contará com a presença de professores, estudantes, vegetarianos e ambientalistas. A entrada é gratuita.



Fazendo um link com o trabalho da Biblioteca Comunitária, serão exibidos livros e revistas sobre vegetarianismo e medicina alternativa. “Os Cineclubes são importantes pelo estímulo à reflexão e a biblioteca pode contribuir oferecendo literaturas complementares aos temas abordados nos filmes”, acrescenta José Renato Galvão, do Ponto de Leitura.



Quem foi Brad Will?



Bradley Roland Will (Evanston, 1970 - Calicanto, 2006), informalmente conhecido como Brad Will, foi um documentarista americano. Trabalhou como voluntário do Indymedia de Nova Iorque e ficou conhecido por mostrar lutas populares em vários lugares do mundo, principalmente na América Latina.



No Brasil, ao lado do Centro de Mídia Independente, registrou a luta dos sem-teto do acampamento Sonho Real, em Goiânia.



No começo de outubro de 2006, Brad Will foi a Oaxaca, um estado mexicano onde ocorria desde maio uma insurreição popular. No dia 27 de outubro, foi morto durante um ataque paramilitar às barricadas dos insurrectos no município de Calicanto.



O Vídeo “A Carne é Fraca” mostra realidade de abatedouros e conta toda a “trajetória de um bife”, desde o nascimento de bezerros e frangos até o abatedouro.



Ao longo de 54 minutos, sob a direção de Denise Gonçalves, o documentário mostra aspectos da indústria da carne de aves e gado que normalmente não são divulgados.



Além disso, também conta com depoimentos de técnicos ambientais, médicos, pediatras, jornalistas como Washington Novaes, Dagomir Marquezi e Flávia Lippi, da socióloga Marly Winckler, presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira e da veterinária Rita de Cássia Garcia.



Mais informações pelos telefones (11) 7163-3756 ou 8445-6122.



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Thu, 12 Feb 2009 14:50:26 +0000

CAMPO DE BATALHA




Luca Galassi. Peacereporter / Rebelión 04/02/2009.



Hoje, soldados israelenses atiraram em jornalistas italianos membros do grupo pacifista International Solidarity Movement (ISM) e em camponeses palestinos. Os disparos ocorreram na região agrícola próxima de El Farai’n, a norte de Khan Yunis, na região central da Faixa de Gaza, a duzentos metros da fronteira com Israel.



O fato de soldados do Tsahal [Grupo de Atiradores de Elite] terem disparado contra um grupo de civis desarmados poderia ser explicado como uma ação intimidatória. Mas não é assim. Desde sempre, os agricultores e pastores palestinos que trabalham nos campo próximos à fronteira com Israel são alvo dos fuzis dos soldados israelenses. Alguns dias atrás, na região onde nos encontramos, mataram um camponês. Por esta razão, as colheitas continuam nos campo sem alguém que as recolha e a população é privada assim de sua principal fonte de sustento.



Esta manhã, acompanhamos os membros do ISM, um movimento integrado por cidadãos de várias nacionalidades aos campos de salsinha de El Farai’n. A jornada previa uma ação chamada de “interposição não-violenta”, uma prática corrente dos movimentos pacifistas que atuam nos Territórios Ocupados: nos posicionamos entre o exército e os civis palestinos para permitir à população o desenvolvimento de suas atividades, que, sem isso, estaria sujeita ao tiro ao alvo, às vezes fatal, praticado pelos soldados israelenses.



Os camponeses trabalharam sem serem molestados durante quase duas horas, enquanto uma dúzia de pacifistas do ISM, alguns munidos de megafone e jalecos que refletem a luz, observava a presença eventual de soldados do outro lado da rede metálica que marca a fronteira. Por volta do meio-dia, dois jipes e um blindado se aproximaram da rede. Alguns soldados desceram e se colocaram em posição de tiro. Um ou, mais provavelmente, dois deles subiram no teto de um dos veículos e começaram a atirar. Os projéteis se fincaram no solo a poucos metros de onde estávamos, enquanto os camponeses, cujas vidas sem a presença dos pacifistas internacionais estariam com certeza em grande perigo, se jogaram no chão. Paradoxalmente, o lugar mais seguro para se refugiar eram os sulcos deixados no terreno pelos tanques e os bulldozers israelenses que têm cortado todos os campos dos arredores e devastado centenas de casas. Esta região foi justamente o ponto de entrada das forças israelenses que dividiram em dois a Faixa de Gaza durante a operação Chumbo Endurecido. Em volta das áreas de cultivo, as moradias têm sinais da ofensiva: casas destruídas ou perfuradas pelos mísseis ou crivadas pela artilharia.



O fogo intermitente durou ao longo de um bom período. Os soldados continuavam a atirar em nossa direção enquanto os ativistas com seus megafones os exortavam, sem sucesso, a suspenderem os disparos: “Ninguém está armado. Somos todos civis. Não atirem”. A intervalos de alguns minutos, seqüências de dezenas de projéteis assoviavam perto de nós. De chão se levantavam nuvens de poeira a menos de três de metros. A presença de pacifistas e jornalistas foi o elemento dissuasório que evitou que camponeses fossem feridos ou mortos. Contudo, durante uma dessas iniciativas, ao longo dos últimos anos, um ativista britânico morreu após três meses de coma pelos disparos de um soldado enquanto acompanhava algumas crianças em Rafah. Rachel Corrie, outra pacifista britânica, foi esmagada em 2003 por um bulldozer israelense.

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As informações sobre os livros QUESTÃO PALESTINA – DA DIÁSPORA AO MAPA DO CAMINHO e a segunda edição ampliada do POESIA PALESTINA DE COMBATE podem ser obtidas junto à Editora Achiamé através do e-mail letralivre@gbl.com.br

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Wed, 11 Feb 2009 07:45:47

Poemas Palestinos da Resistência




Confissão de um terrorista ...

Mahmud Darwish



Ocuparam minha pátria

Expulsaram meu povo

Anularam minha identidade

E me chamaram de terrorista





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Confiscaram minha propriedade

Arrancaram meu pomar

Demoliram minha casa

E me chamaram de terrorista





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Legislaram leis fascistas

Praticaram odiada apartheid

Destruíram, dividiram, humilharam

E me chamaram de terrorista





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Assassinaram minhas alegrias,

Seqüestraram minhas esperanças,

Algemaram meus sonhos,

Quando recusei todas as barbáries



Eles ... mataram um terrorista







Discurso no mercado do desemprego



Samih Al-Qassim



Talvez perca — se desejares — minha subsistência

Talvez venda minhas roupas e meu colchão

Talvez trabalhe na pedreira... como carregador.. . ou varredor

Talvez procure grãos no esterco

Talvez fique nu e faminto mas não me venderei

Ó inimigo do sol

E esta é a última pulsação de minhas veias

Resistirei

Talvez me despojes da última polegada da minha terra

Talvez aprisiones minha juventude

Talvez me roubes a herança de meus antepassados

Móveis... utensílios e jarras

Talvez queimes meus poemas e meus livros

Talvez atires meu corpo aos cães







Não iremos embora



Tawfic Zayyad



Aqui

Sobre vossos peitos

Persistimos

Como uma muralha

Em vossas goelas

Como cacos de vidro

Imperturbáveis

E em vossos olhos

Como uma tempestade de fogo

Aqui

Sobre vossos peitos

Persistimos

Como uma muralha

Em lavar os pratos em vossas casas

Em encher os copos dos senhores

Em esfregar os ladrilhos das cozinhas pretas

Para arrancar

A comida dos nossos filhos

De vossas presas azuis

Aqui sobre vossos peitos persistimos

Como uma muralha

Famintos

Nus

Provocadores

Declamando poemas

Somos os guardiões da sombra

Das laranjeiras e das oliveiras







Palestina, Palestina



Georges Bourdokan, para Hannan Ashrawi



Às profundezas da história,

À impiedade e ao medo,

À realidade invisível,

À ocupação e à exclusão,

Ao Ocidente que buscou aliviar a culpa de seus anti-semitas,

Uma nação torturada resiste!



O coração palestino palpita.

Tentam abafar seu grito de liberdade,

Suas pedras revidam contra a injustiça,

Contra o racismo e a intolerância!



A estrela busca a purificação com sangue

E ao muro dirige suas preces.

Existirá um limite para a brutalidade?

Existirá um limite para a indiferença?





Carteira de Identidade

Mahmud Darwish



Registra-me

Sou árabe

O número de minha identidade é cinqüenta mil

Tenho oito filhos

E o nono... virá logo depois do verão

Vais te irritar por acaso?



Registra-me

sou árabe

trabalho com meus companheiros de luta

em uma pedreira

tenho oito filhos



Arranco das pedras

o pão, as roupas, os cadernos

e não venho mendiigar em tua porta

e não me dobro

diante das lajes de teu umbral

vais te irritar por acaso?



Registra-me

Sou árabe

Meu nome e muito comum

E sou paciente

Em meu pais que ferve de cólera

Minhas raízes...

Fixadas antes do nascimento dos tempos







Confissão



Mahmud Darwish



Sonhei com um casamento

Sonhei com um par de olhos enormes

Sonhei com a garota das traças

Sonhei com uma oliveira que não se vende

Por uns poucos centavos

Sonhei com as impossíveis muradas da história

Sonhei com o cheiro das amendoeiras

Amparando as tristezas das longas noites

Sonhei com a família

E os braços de minha irmã

Me protegendo como um escudo de hermoísmo

Sonhei com uma noite de verão

Com uma cesta de figos

Sonhei muito mais

Me desculpe por isso....







O Limoeiro



Mahmud Darwish



Tínhamos atrás das grades

Um limoeiro

As frutas amareladas brilhavam como lâmpadas

As flores eram um leque cheiroso no nosso bairro



Tínhamos, atrás das grades

Um limeiro. Nosso

Mas, para fazer enfeites com seus galhos

E perfume das suas flores

O cortaram

Ficamos

Sem o nosso limoeiro

Nossos olhos

Nunca mais viram a primavera.



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Vem aí o livro “Valente Domador” para a criançada


Posted: 09 Feb 2009 10:41 AM CST




Autor: César Obeid


Ilustrações: Simone Matias

Número de Páginas: 32

Formato: 19 x 22

Faixa etária: a partir de 7 anos

Segmento: Literatura Infantil

Assunto: Animais

ISBN: 978-85-262-7124-1



Aguarde o lançamento: março/2009.

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Data: Tue, 10 Feb 2009 13:05:54

Data: Tue, 10 Feb 2009 13:05:54

Data: Tue, 10 Feb 2009 13:05:54 -0300 [10-02-2009 16:05:54 WET]

Data: Tue, 10 Feb 2009 13:05:54


Tue, 10 Feb 2009 13:05:54 -0300


A guerra esquecida! Sri Lanka pede ajuda!

Caros amigos,



250.000 civis desesperados estão presos no fogo cruzado da guerra civil no Sri Lanka. A Secretária do Estado dos EUA Hillary Clinton receberá as mensagens enviadas pelos membros da Avaaz pedindo a proteção dos civis – clique abaixo enviar uma mensagem:


Participe agora

No Sri Lanka acontece a guerra civil mais longa e esquecida da Ásia, que em seus momentos finais está colocando em risco aproximadamente 250.000 civis, presos no fogo cruzado entre o governo e os rebeldes.


O governo dos EUA é o maior parceiro comercial do Sri Lanka e um dos maiores doadores de financiamento militar e de desenvolvimento para o país, portanto tem um grande poder de influência sobre o governo. Os EUA pediram “zonas de segurança” para proteger os civis, porém é preciso uma pressão diplomática mais forte para ambos os lados concordarem, deixando claro que o financiamento e o comércio poderão ser comprometidos, assim como medidas diplomáticas legais poderão ser tomadas.


Diplomatas de alto escalão concordaram em apresentar as nossas mensagens pessoalmente para a Secretária de Estado Hillary Clinton dentro dos próximos dias, se comprometendo a responder as mensagens por escrito. Esta é uma verdadeira oportunidade de persuadir a administração Obama a assumir um papel construtivo nesta crise séria. Clique aqui para ver um modelo de mensagem ou enviar a sua mensagem pessoal:


http://www.avaaz.org/po/sri_lanka_civilians


A longa guerra no Sri Lanka já gerou muitas atrocidades e tragédias – a maioria delas não chegou aos noticiários e permaneceram escondidas do mundo devido à campanha brutal do governo contra jornalistas independentes. O fim da guerra não resolverá as injustiças que a causaram; depois que as armas forem colocadas de lado, as questões dos Tamil e outros grupos minoritários terão que ser resolvidos pelo governo através do diálogo político e a reconstrução que virá a seguir.


Porém agora, nos últimos dias ou semanas de guerra, os 250.000 civis Tamil não precisam ser as casualidades finais desta guerra.


Vamos acrescentar as nossas vozes às dos ativistas de direitos humanos que ao longo dos anos lutaram contra a marginalização dos grupos minoritários e contra a degradação dos direitos básicos no Sri Lanka.


Clique abaixo para pedir para a Secretária do Estado dos EUA Clinton, a principal diplomata do Obama, apoiar os civis ameaçados no Sri Lanka:


http://www.avaaz.org/po/sri_lanka_civilians

Com esperança,


Luis, Ben, Graziela, Ricken, Paula, Alice, Iain, Pascal, Paul, Milena e o resto da equipe Avaaz


Saiba mais a guerra do Sri Lanka:


Cruz Vermelha alerta para crise humanitária em meio à guerra no Sri Lanka:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u495342.shtml


Sri Lanka: Ban Ki-moon preocupado com a segurança dos civis afectados pelos combates:

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_idXSSCleaned=1121655



ONU atende feridos no Sri Lanka; indiano se mata em protesto contra ofensiva:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u495957.shtml


Exército do Sri Lanka prestes a acabar com resistência dos Tigres Tamil:

http://www.euronews.net/pt/article/04/02/2009/tamil-tigers-urged-to-surrender/


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SOBRE A AVAAZ


Avaaz.org é uma organização independente sem fins lucrativos que visa garantir a representação dos valores da sociedade civil global na política internacional em questões que vão desde o aquecimento global até a guerra no Iraque e direitos humanos. Avaaz não recebe dinheiro de governos ou empresas e é composta por uma equipe global sediada em Londres, Nova York, Paris, Washington DC, Genebra e Rio de Janeiro. Avaaz significa "voz" em várias línguas européias e asiáticas. Telefone: +1 888 922 8229

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Data: Domingo, 8 de Fevereiro de 2009, 2:10



Dois dias de festa, música e política!
Veganismo
autogestão
ação-direta
música
faça-você-mesm#
política
"não somos nada se não formos tudo ao mesmo tempo..."SÁBADODia 21 de Fevereiroa partir das 13hEntrada 6$Atividades:Bate-papo sobre Permacultura, seguida de oficina de horta e compostagem emlugares pequenos(Você Tem Que Desistir)Debate/palestra:"Crítica à Modernidade"Formas de vida, necessidades criadas e transtornos que não são mais queconsequências da modernidade. O que isso tem a ver com o Veganismo?(Coordinadora de Liberación Animal Buenos Aires)Exibição do Vídeo "Breaking the Spells", seguido de debate A partir da exibição do filme “Breaking The Spells”, de autoria daCrimethinc, onde

é retratado, pelos própios indivíduos envolvidos, toda aefervescência dos atos anti-globalização que acorreram em Seatle 1999, epela exibição do trailer do filme hollywoodiano “Batle in Seatle”,análogo pelo assunto ao primeiro, mas produzido pela Reedwood Palms Pictures,será aberto um debate para entendermos melhor como a espetacularizaçãosistemática da resistência tem como conseqüência, além de todo o lucrogerado, o esvaziamento do sentimento de possibilidade de atuação pelodistanciamento do indivíduo (agora na condição de espectador) do ato em si,da resistência propiamente dita, e do aprisionamento temporal dosacontecimentos, como sendo algo restrito aquele tempo-espaço e não sendoconstante, assim, mais uma vez, afogando as possibilidades de atuação pelacondição contemplativa do passado própia do espectador.Show com as bandas:Animinimalista (argentina) -

http://myspace.com/animinimyspaceFuera de Línea (chile) - www.myspace.com/fueradelinea Vivenciar (rio de janeiro) - http://www.myspace.com/vivenciarVocê Tem Que Desistir (sp)DOMINGODia 22/02a partir das 13hEntrada 6$Atividades:Oficina de serigrafia caseiraOficina de Áudio DIY(Você Tem Que Desistir)Debate/palestra:"Críticas aos modelos políticos humanistas-antropocentricos"Vivemos em uma sociedade que tem como parâmetro somente as necessidadeshumanas. Como anarquistas e vegans lutamos contra isso.(Coordinadora de Liberación Animal Buenos Aires)Exibição do Vídeo Sinfonia Animal, seguido de bate-papoRelações entre animais humanos e não humanos no espaço urbano,imposição/roubo do espaço.Show com as bandas:Los Perversos (argentina) - http://www.myspace.com/losperversosIntenta Detenerme (chile) -

www.myspace.com/intentadetenerme Nossa Vingança (sp)Cúrcio Corsi (rio de janeiro)Comida vegana, feira de materiais, conversas e música boa!Local:Espaço ImpróprioRua dona antonia de queiroz, 40
Consolação - SPLos Perversos & Animinimalista também tocam em:Porto Alegre 14 de FevereiroCuritiba 15 de Fevereiro (com Você Tem Que Desistir)São Paulo 21 e 22 de Fevereiro (com Você Tem Que Desistir)Sorocaba 23 de FevereiroDivinópolis 24 de Fevereiro (com Você Tem Que Desistir)Belo Horizonte 27, 28 de Fevereiro e 1 de Março (com Você Tem Que Desistir)Rio de Janeiro 06, 07 e 08 de Março (com Você Tem Que Desistir)São Paulo 20 e 21 de MarçoSanto André 22 de Março (com Você Tem Que Desistir)----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Sea Shepherd, heróis no mar


Posted: 06 Feb 2009 01:52 PM CST





Sabia que enquanto você lê confortavelmente este artigo existem pessoas em automar dedicando suas vidas à preservação das espécies marinhas? Eles enfrentam hostilidade, tempestades, saudade e todo tipo de dificuldade para fazer o que a maioria de nós não tem coragem e/ou condições para fazer.



A Sea Shepherd Conservation Society - SSCS foi fundada em 1977, nos Estados Unidos, pelos fundadores do Greenpeace, que, ao engajarem-se nesse novo projeto, criaram um movimento de caráter mais ágil, objetivo e ativista. Atualmente, a Sea Shepherd é considerada a ONG de proteção dos mares mais ativista do mundo e conta com a participação efetiva de milhares de voluntários em todo o planeta.


O capitão Paul Watson está à frente de ações realmente ousadas e perigosas. Luta incansavelmente pela vida marinha com recursos de batalha: ele literalmente joga seu navio em navios “caçadores” afim de impedí-los de matar mais e mais animais marinhos. Rcentemente houve mais um “acidente proposital” causado pelo Capitão Paul e sua tripulação, veja o vídeo divulgado pela ong:





Este é apenas um exemplo das batalhas enfrentadas por este homem e seus milhares de voluntários pelo mundo.




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A ONG Animal Defenders International publicou um novo relatório e um vídeo expondo o tráfico de primatas para serem usados em experimentos cruéis em três continentes. O filme inclui imagens feitas por um investigador dentro do laboratório Huntington Life Sciences (HLS) – o alvo da organização Stop Huntingdon Animal Cruelty (SHAC), uma organização internacional de direitos animais que tem como objetivo fechar o HLS, um dos maiores laboratórios de experimentação animal no mundo.



Os primatas são sequestrados em seu habitat natural e postos em prisões minúsculas no Vietnam, antes de terem que suportar uma viagem de trinta horas em jaulas ainda menores, chegando então no laboratório da HLS na calada da noite para serem submetidos a experimentos horrorizantes.





O investigador filmou macacos amarrados em cadeiras e forçados a inalar produtos. Muitos eram deixados em gaiolas de um metro cúbico, depois eram retirados enquanto funcionários os seguravam à força para que tubos pudessem ser inseridos em suas gargantas.



Os primatas dentro do HLS estão vivendo em imundície absoluta. O dano psicológico causado a esses inocentes os leva a mastigar seus próprios dedos; o rosto de um deles estava tão danificado que ele tinha de ser alimentado à força. Durante a investigação da Animal Defenders International, que durou um ano, 217 primatas foram mortos em apenas cinco estudos para clientes que incluem a GlaxoSmithKline (GSK), AstraZeneca e MoD.

Fonte: ANDA

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FEVEREIRO ANTI-FASCISTA 2009


Uma atividade organizada pelo Movimento Anarcopunk de São Paulo desde 2000, ano em que o adestrador de cães Edson Néris foi espancado até a morte por um grupo de skinheads por ser homossexual.

Participe! Divulgue! Contribua! Organize!



Mais informações, cartaz da jornada, textos e denúncias no site www.anarcopunk.org/antifa



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Calendário de Atividades:



> 07 de fevereiro - 10hs: ATO NO CENTRO DE DIADEMA

panfletagem, microfone aberto para denúncias, exposições e som com Servidores do RAP.



> 14 de fevereiro - 12hs: ATIVIDADE, GRAFITE E ARTE DE RUA ANTI-RACISTA

e mais distribuição de panfletos e materiais.



Local: Rua N. Feitosa (atrás da escola Celso Pascheco) - Jardim Capriott - Carapicuíba



> 14 de fevereiro - 18hs: SOLIDARIEDADE À COMUNIDADE ANDINA

exposições, intervenções e distribuição de materiais



Local: Rua Coimbra - Bresser (próximo ao metrô Bresser)



> 15 de fevereiro - 13hs

Vídeos: Jornadas Anti-Fascistas 2008 - clip da banda Revolta Popular e documentário "Ordem e Progresso e a Destruição da Natureza"

Debatepapo sobre a luta anti fascista, e som com bandas punks e rap, e capoeira.



Local: CDM - Vila Invernada / Rua Raimundo Correa, 131 Água Raza.



Entrada: 1kg de alimento não perecível em prol da Casa de Apoio a Portadores de HIV/DST "Resplendor".



> 28 de fevereiro: 13hs

panfletagem, teatro, exposições, bandas (punk, rap, forró, sertanejo), distribuição de materiais, vídeo…



Local: Praça Brasil Japão - Sapé / Rio Pequeno



> 07 de Março: 10hs - ATO NA PRAÇA DO PATRIARCA - CENTRO

roda de capoeira, bateria da Pavilhão 9, teatro, microfone aberto para denúncias, exposições, panfletagens, mural anti-fascista, faixas, som com Servidores do Rap e Regicidas.



* * *

Essa Luta Também é Sua!



Organização: Movimento Anarcopunk de São Paulo - MAP/SP ::: Cx Postal 1677 CEP 01032-970 SP/SP

map.sp@anarcopunk.org

Apoio e Organização: Núcleo Anarco Rap


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31 Jan 2009 15:52:31

Olá para todos vcs!!



Amigos vegetarianos, a SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira), já conta com uma filial aqui em São José do Rio Preto.



Desde já convido a todos para fazer parte dessa batalha pacifica que é o vegetarianismo.



O nome do nosso grupo é "Essência". Nosso objetivo é divulgar o vegetarianismo através de palestras e eventos. Mas para realizar essa meta precisamos de voluntários.



Então, aqui vai um convite para vcs. Gostaria que todos participassem, pois acho que nós vegetarianos não devemos ficar parados.



Mandem a confirmação do convite, para que possamos realizar uma reunião para objetivarmos as metas.



Já estamos providenciando as camisetas do grupo.


Também estamos estudando a campanha do Outdoor Vegetariano em pontos estratégicos da cidade.


E através de todos vcs, estudarmos os demais eventos.


Vcs já podem acessar o site da SVB e mandar suas mensagens para o grupo Essência. Basta ir no mapa e clicar no estado de S/P. Vamos lá galera, vamos tocar para frente esse grupo!!!!!


Um abraço a todos!!



Posted: 25 Jan 2009 02:41 PM CST

Ativistas do Anima Naturalis, da Espanha, protestaram neste domingo contra o uso de peles de
animais. O objetivo é alertar a população sobre as crueldades cometida no comércio de peles.
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Feminicídio no Congo


.
Por Eve Ensler

Volto do inferno. Procuro desesperadamente uma maneira para lhes contar o que vi e ouvi na República Democrática do Congo. Procuro uma maneira para lhes narrar as histórias e as atrocidades, e, ao mesmo tempo, evitar que fiquem abatidos, chocados ou afetados mentalmente. Procuro uma maneira de lhes transmitir o meu testemunho sem gritar, sem me imolar ou sem procurar uma AK 47. Não sou a primeira pessoa que denuncia as violações, as mutilações e as desfigurações das mulheres do Congo. Existem relatórios a respeito deste problema desde 2000. Não sou a primeira que conta essas histórias, mas, como escritora e militante contra a violência sexual contra as mulheres, vivo no mundo da violação. Passei dez anos a ouvir as histórias de mulheres violadas, torturadas, queimadas e mutiladas na Bósnia, Kosovo, Estados Unidos, Cidade Juárez (México), Quênia, Paquistão, Haiti, Filipinas, Iraque e Afeganistão. E, apesar de saber que é perigoso comparar atrocidades e sofrimentos, nada do que eu tinha escutado até agora foi tão horrível e aterrorizador como a destruição da espécie feminina no Congo. A situação não é mais do que um feminicídio, e temos que a reconhecer e analisar como tal. É um estado de emergência. As mulheres são violadas e assassinadas a toda hora. Os crimes contra o corpo da mulher já são horríveis por si. No entanto, há que acrescentar o seguinte: por causa de uma superstição que diz que, se um homem viola mulheres muito jovens ou muito idosas, obtém poderes especiais, meninas de menos de doze anos de idade e mulheres de mais de oitenta anos são vítimas de violação. Também é necessário acrescentar as violações das mulheres em frente de seus maridos e filhos. Mas a maior crueldade é a seguinte: soldados soropositivos organizam comandos nas aldeias para violar as mulheres, mutilá-las. Há relatos de centenas de casos de fístulas na vagina e no reto causadas pela introdução de paus, armas ou violações coletivas. Essas mulheres já não conseguem controlar a urina ou as fezes. Depois de serem violadas, as mulheres são também abandonadas por sua família e sua comunidade. No entanto, o crime mais terrível é a passividade da comunidade internacional, das instituições governamentais, dos meios de comunicação... a indiferença total do mundo perante tal extermínio. Passei duas semanas em Bukavu e Goma entrevistando as sobreviventes. Algumas eram de Bunia. Efetuei pelo menos oito horas de entrevistas por dia. Almocei e fui a sessões de terapia com essas mulheres. Chorei com elas. O nível de atrocidades supera a imaginação. Não tinha visto em nenhuma parte esse tipo de violência, de tortura sexual, de crueldade e de barbárie. No leste do Congo existe um clima de violência. Nesta zona as violações tornaram-se, tal como me disse uma sobrevivente, um “esporte nacional”. As mulheres são menos do que cidadãs de segunda classe. Os animais são mais bem tratados. Parece que todas as tropas estão implicadas nas violações: as FDLR, as Interahamwe, o exército congolês e até as Forças de Paz da ONU. A falta de prevenção, de proteção e a ausência de sanções são alarmantes. Passei uma semana no Hospital de Panzi, vivendo em uma aldeia de mulheres violadas e torturadas. Era como uma cena de um filme de terror futurista. Ouvi histórias de mulheres que viram os seus filhos serem brutal e cinicamente assassinados. Mulheres que foram forçadas, sob a ameaça de armas, a ingerir excrementos, a beber urina ou a comer bebês mortos. Mulheres que foram testemunhas da mutilação genital dos seus maridos ou, durante semanas, violadas por grupos de homens. Essas mulheres faziam fila para me contar as suas histórias. Os traumas eram enormes e o sofrimento extremamente profundo. Sentei-me com mulheres que tinham sido cruelmente abandonadas por suas famílias, excluídas por causa do seu cheiro, e pelo que tinham sofrido. Eu quero lhes falar da Noella. Mudei-lhe o nome para a proteger porque ela só tem nove anos de idade. Noella vive dentro de mim agora, persegue-me, leva-me a agir, a lembrar. Ela é magra, muito inteligente e viva. O dano está no seu corpo ligeiramente torto, envergonhado, preocupado. Ela sente a ansiedade nos seus pequenos dedos. Começa a contar a sua história como se ainda vivesse. Para ela o tempo parou. “Uma noite as Interahamwe vieram à nossa casa. Eles não deixaram nada. Pilharam nossa casa. Levaram a minha mãe para um lado, o meu pai para outro e a mim para outro. Levaram-me para o mato. Um deles pôs qualquer coisa dentro de mim. Não sei o que foi. Um disse para o outro, não faça isso, não faça mal a uma criança. O outro me bateu.. Eu fiquei sangrando. Ele me bateu mais e eu caí. Depois me abandonou. Passei duas semanas com os soldados. Eles me violaram constantemente. Às vezes usavam paus. Um dia me deixaram no mato. Tentei caminhar até a casa do meu tio. Consegui, mas estava demasiado fraca. Tinha febre. Estava muito mal. Cheguei até a casa. O meu pai tinha sido morto. A minha mãe voltou, mas em muito mau estado. Comecei a perder a urina e as fezes sem controle. Depois minha mãe percebeu que eles tinham me violado e destruído. Eles registraram o que tinha me acontecido e me trouxeram para cá. Estou contente por estar aqui. Já não perco a urina e ninguém ri de mim. Os rapazes riem de mim. Já não tenho vergonha. Deus julgará aqueles homens, porque eles não sabem o que fazem. Quero me restabelecer. Também penso em como eles mataram o meu pai. Sempre que penso no meu pai as lágrimas caem pelo rosto.” O Dr. Mukwege, que, tanto quanto posso dizer, é um tipo de médico “santo” no hospital, disse-me que a uretra da Noella está destruída. Sendo tão jovem, ela não tem tecido suficiente para operar. Terá de esperar oito anos. Oito anos de vergonha e humilhação. Oito anos em que será forçada a recordar todos os dias o que aqueles homens lhe fizeram na floresta, antes dela ter idade suficiente para saber o que era um pênis. Ela é incontinente. O médico me disse: “O que acontece a essas jovens é terrível. Elas têm muito medo de serem tocadas por homens. Às vezes leva semanas até eu conseguir tratá-las. Dou-lhes bombons e trago-lhes bonecas.” As mulheres sofrem imensamente. Estão debilitadas pelas violações, as torturas e a brutalidade. Não têm praticamente apoio nenhum. Depois de viver essas atrocidades, são incapazes de trabalhar nos campos ou de transportar coisas pesadas, por isso deixam de ter renda. Vi chegar pelo menos doze mulheres por dia a essa aldeia. Chegavam mancando e apoiadas em bengalas feitas à mão. Várias mulheres contaram-me que “as florestas cheiravam à morte”, e que “não se podia dar nem cinco passos sem tropeçar com um corpo”. Durante a semana que passei em Panzi, o governo cortou a água. Por isso, o hospital, onde havia centenas de mulheres feridas, ficou sem água. O mesmo hospital pelo qual as mulheres tinham andado mais de sessenta quilômetros porque não havia outro mais perto. O mesmo hospital onde não havia nada para comer, (duas crianças morreram por má nutrição em um dia), onde as mulheres tinham de ficar durante meses, às vezes anos, porque as suas aldeias eram tão perigosas ou porque eram tão rejeitadas, após terem sido violadas e desonradas, que não tinham um lugar para onde voltar, onde as mulheres não podiam apresentar queixa porque os violadores podiam facilmente comprar a sua saída da prisão, voltar e violá-las outra vez, ou matá-las. E, enquanto nós estamos aqui escrevendo nosso relatório, há mulheres que estão sendo violadas, meninas que estão sendo destroçadas para sempre, mulheres sendo testemunhas do assassinato (a golpe de catana) de suas famílias, e outras que estão sendo infectadas pelo vírus da AIDS. Onde está a nossa indignação? Onde está a consciência das pessoas? Em 1999, eu voltei aos Estados Unidos de uma viagem ao Afeganistão, ainda debaixo do poder dos talibãs. As condições das mulheres, a violência... era uma loucura. Dirigi-me a todas as pessoas que consegui encontrar, canais de televisão, revistas, líderes etc. Com exceção de uma revista, ninguém parecia estar interessado no problema das mulheres afegãs. Naquela altura eu sabia que, se não se interviesse, se o mundo não se levantasse e ajudasse as mulheres, haveria graves conseqüências internacionais. Sabemos o que aconteceu depois. Não apenas o 11 de Setembro, mas a reação ao 11 de Setembro, a profanação do Iraque, a justificação dos ataques preventivos, o aumento da militarização e violência e o terror que ainda hoje continua a aumentar. As mulheres são o centro de qualquer cultura e sociedade. Embora possam não ter poder ou direitos, o modo como são tratadas ou não valorizadas, indica o que a sociedade sente em relação à própria vida. As mulheres do Congo são resistentes, poderosas, visionárias e solidárias. Com poucos recursos elas poderiam ser líderes do país e tirá-lo do seu atual estado de desordem, pobreza e caos; ou podem ser aniquiladas e, com elas, o futuro do país. A República Democrática do Congo é o coração da África, o centro dinâmico e a promessa do futuro. Se se permitir a destruição das mulheres, mata-se a vida, não apenas do Congo, mas de todo o continente africano. Eu estou aqui como artista e ativista, mas, sobretudo, estou aqui como um ser humano destroçado pelo que ouvi na República Democrática do Congo. Estou aqui para implorar àqueles que têm poder, para declarar estado de emergência no leste do Congo, para dar um nome ao que está sendo feito às mulheres: feminicídio. Para se unirem à nossa campanha internacional para parar as violações do melhor recurso do Congo, e dar poder às mulheres e jovens do Congo. Para desenvolver os mecanismos para proteger essas mulheres, para impedir esses crimes horrorosos e desumanos.


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Resultados: Promoção Cozinhando Sem Crueldade


Posted: 20 Jan 2009 11:29 AM CST


“Foi muito difícil escolher as 3 frases pois estão realmente ótimas, originais e criativas. Usei alguns critérios para tentar dar uma peneirada, tema da frase, clareza da idéia e não ter erros gramaticais. Assim cheguei aos 3 Ganhadores finais que são as frases de número: 48, 54 e 94, e fui beeeeem difícil chegar nelas viu.” Ana Maria Curcelli


48. Cozinhar sem crueldade é preparar um alimento que não nos deixe com as mãos cheias de sangue, com a lixeira cheia de ossos, com o prato cheio de colesterol e com a consciência cheia de culpa. Comentário por Mari Mendonça — 19/dezembro/2008


54. Cozinhar sem crueldade é poder dar um grito de prazer e nao de sofrimento ! Comentário por Cauê Angotti — 22/dezembro/2008


94. É um toque de sentimento, dúzias de prazer, pitadinhas de amor e carinho à gosto. Tudo fica mais gostoso quando cozinhado sem crueldade. Sem morte, sem dor… Comentário por Tyago — 12/janeiro/2009


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> Date: Thu, 15 Jan 2009 05:50:13 -0800

> From: faisca@riseup.net

> To: faisca@lists.riseup.net

> Subject: [faisca] NOVIDADE: PROMOÇÃO EDITORA IMAGINÁRIO

>

> PROMOÇÃO DA EDITORA IMAGINÁRIO

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> livros) o comprador ganhará a obra A MANIPULAÇÃO SIONISTA, para melhor

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> 18. DIA EM QUE O MUNDO MUDOU, O

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> 19. ELEITOR, ESCUTA! / A PODRIDÃO PARLAMENTAR

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> 21. ESPANHA LIBERTÁRIA - A Revolução Social Contra o Fascismo

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> 22. ESSENCIAL PROUDHON, O

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> 23. ESTADO E SEU PAPEL HISTÓRICO, O

> Piotr Kropotkin * R$ 18,00 * 95 páginas * Imaginário

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> 24. ESTATISMO E ANARQUIA

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> 25. EVOLUÇÃO, A REVOLUÇÃO E O IDEAL ANARQUISTA, A

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> 26. FALSO PRINCÍPIO DA NOSSA EDUCAÇÃO, O

> Max Stirner * R$ 20,00 * 87 páginas * Imaginário

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> 27. HISTÓRIA DO MOVIMENTO OPERÁRIO REVOLUCIONÁRIO

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>

> 28. INSTRUÇÃO INTEGRAL, A

> Mikhail Bakunin * R$ 18,00 * 94 páginas * Imaginário

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> 29. LIBERTÁRIOS 1 – Quem tem medo do Anarquismo?

> Ronald Creagh / Organisatión Communiste Libertaire / Piotr Kropotkin /

> Miguel Chueca / Luciano Lanza / Frédéric Blanchet / Antônio J. Botelho /

> Noam Chomsky / James Herod / Edson Passetti / Daniel Aarão Reis /

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>

> 30. LIBERTÁRIOS 2 - Miséria da Economia, Economia da Miséria

> Ronald Creagh / Organisatión Communiste Libertaire / Piotr Kropotkin /

> Miguel Chueca / Luciano Lanza / Frédéric Blanchet / Antônio J. Botelho /

> Noam Chomsky / James Herod / Edson Passetti / Daniel Aarão Reis /

> Alexandre Samis / Francisco Trindade * R$ 10,00 * 43 páginas * Imaginário

>

> 31. MANIPULAÇÃO SIONISTA, A

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> 32. NESTOR MAKHNO E A REVOLUÇÃO SOCIAL NA UCRÂNIA

> Nestor Makhno / Alexandre Skirda / Alexandre Berkman * R$ 18,00 * 95

> páginas * Imaginário

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> 33. NOVOS TEMPOS 1

> Piotr Kropotkin / Pierre-Joseph Proudhon / Mikhail Bakunin / Jean-Marc

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> 34. NOVOS TEMPOS 3 - Faces do Horror

> Hector Morel / Edson Passetti / Errico Malatesta / Daniel Colson /

> Alexandre Samis / Laboratório de Estudos Libertários / José Luis Solazzi *

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> 35. PALAVRAS DE UM REVOLTADO

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> 36. RACIONALISMO COMBATENTE, O - Francisco Ferrer y Guardia

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> 37. REVOLUÇÃO MEXICANA, A

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> 58. SURREALISMO E ANARQUISMO

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> CONDIÇÕES DE COMPRA

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Date: Sun, 11 Jan 2009 17:21:48 -0200

From: encontrolibertario@gmail.com

Subject: Solidariedade ao povo palestino nesta quarta, em Fortaleza



FIM AO MASSACRE EM GAZA!



Dia 14 de janeiro, Pça. do Ferreira, 16h



Junte-se a nós e a milhões em todo o mundo!



Desde 27 de dezembro, o Estado de Israel realiza de forma covarde um impiedoso massacre da população palestina da Faixa de Gaza. A agressão militar começou com pesados bombardeios seguidos por uma ocupação por terra que já mataram mais de 800 palestinos e deixaram mais de 3000 feridos, incluindo grande número de crianças, mulheres e idosos.




Com argumentos cínicos e mentirosos, o Estado de Israel e os grandes meios de comunicação tentam justificar mais essa carnificina. Dizem que o objetivo da ofensiva é "combater os terroristas do Hamas" e que seu exército "está fazendo todo o possível para poupar a vida de civis". Então por que a grande maioria dos mortos e feridos é de civis desarmados e indefesos? Seriam terroristas as quase 300 crianças palestinas mortas até agora pelo exército de Israel? E como devem ser chamados os soldados israelenses que apertam o gatilho e jogam as bombas?




Israel não apenas mata, mas mata de forma indiscriminada e covarde. Os primeiros bombardeios do dia 27 despejaram nada menos que 100 toneladas de bombas numa região que possui uma das maiores densidades populacionais do planeta, com 1,5 milhão de habitantes (49,1% são crianças). Foi um ataque surpresa que não deu chance para as pessoas se protegerem: num mesmo dia, 145 morreram e outras 300 ficaram feridas, incluindo crianças que voltavam da escola.




O exército de Israel é um dos mais bem treinados e equipados do mundo, e se acha no direito de matar com impunidade. Destruiu um hospital infantil, mesquitas, escolas, mercados, uma universidade, casas e prédios residenciais. O Estado de Israel diz que eram depósitos de mísseis do Hamas, mas nos destroços não havia qualquer vestígio de armas, apenas feridos e corpos estraçalhados. Não bastasse isso, vem utilizando bombas de fósforo branco, munição com tungstênio e com urânio empobrecido, armamentos proibidos pela ONU.



Em todas as guerras, multidões de refugiados fogem das áreas de conflito tentando salvar suas vidas. Mas a população da Faixa de Gaza não tem para onde fugir. Há 18 meses ela está confinada dentro de seu próprio território por um bloqueio militar israelense que não permite que ninguém entre ou saia, causando o assassinato em massa de palestinos, o que constitui de acordo com convenções internacionais um crime de guerra, um genocídio.



O Estado de Israel "justifica" o massacre acusando o Hamas de ter rompido um acordo de cessar-fogo em 19 de dezembro de 2008, quando o grupo passou a atirar foguetes de curto alcance contra o território israelense. Mas antes disso, Israel já havia rompido o cessar-fogo, primeiro em 4 de novembro, quando bombardeou e matou 6 palestinos em Gaza e, depois, em 17 de novembro quando outra vez bombardeou e matou mais 4 palestinos. Israel jamais cumpriu sua parte no acordo de cessar-fogo, que determinava o fim do bloqueio a Gaza. Em vez disso, intensificou o cerco impedindo a chegada de remédios e comida, tornando impossível a vida de 750 mil palestinos miseráveis cuja alimentação depende exclusivamente da ajuda humanitária.



A situação piora a cada hora! Além do banho de sangue, não há comida, água potável, energia elétrica, remédios nem médicos suficientes. Os hospitais não comportam a multidão de feridos que morrem aos montes sem possibilidade de atendimento e os necrotérios não têm espaço para amontoar as centenas de mortos. Médicos palestinos e estrangeiros em Gaza denunciam que o exército de Israel está atirando nas ambulâncias e impedindo-as de socorrer os feridos.



Diante da covardia e da tirania do Estado de Israel, milhões de vozes no mundo se unem para exigir o fim do massacre em Gaza. Nós também gritamos e nos solidarizamos com a luta e a dor do povo palestino. Não somos contra os judeus nem concordamos com o Hamas, mas nos opomos ao terrorismo de Estado e à limpeza étnica que o Estado racista de Israel realiza diante de nossos olhos. Solidarizamos-nos com os palestinos da mesma forma que nos solidarizamos com todas aquelas e todos aqueles que no mundo inteiro preferem lutar com dignidade a viver como animais e que por isso são obrigados a enfrentar a violência dos Estados e do capitalismo que cada vez mais semeiam a miséria e afundam o mundo em banhos de sangue.



Por uma Palestina livre! Contra o racismo, pela união e a paz entre os povos! Contra a barbárie do capitalismo e dos Estados! Por uma Terra sem amos!



ANTICAPITALISTAS CONTRA O MASSACRE EM GAZA



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Posted: 12 Jan 2009 10:12 AM CST



Amazônia concentra maior parte de casos de trabalho escravo no Brasil

Atividades econômicas que destroem floresta estão ligadas ao crime. Pará, Mato Grosso e Maranhão são estados mais afetados pelo problema.



Eles não vivem presos a correntes, não são transportados em navios féditos e nem são vendidos em mercados, mas são considerados escravos. Muitos trabalhadores brasileiros ainda são chamados assim porque bebem água suja, dormem em alojamentos superlotados, são obrigados a comprar equipamentos de trabalho e muitas vezes não podem deixar o emprego porque têm dívidas com patrão. E a maior parte desses casos acontece na Amazônia.



Libertado da escravidão exibe lesões ocasionadas pelo trabalho e mostra água suja que era obrigado a beber. (Foto: Leonardo Sakamoto/Repórter Brasil)



Segundo o último cadastro de empregadores que utilizaram mão-de-obra escrava divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 66% dos flagrantes do crime ocorreram em estados pertencentes à Amazônia Legal, região que abrange Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão. O cadastro, divulgado semestralmente pelo governo desde 2003, é conhecido popularmente como “lista suja” e reúne 201 nomes de fazendeiros e de empresas.



De acordo com dados levantados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), 51% dos casos de trabalho escravo ocorridos em 2008 estavam ligados à pecuária. “Os trabalhadores [encontrados nessa situação] fazem limpeza e manutenção dos pastos, além de instalarem cercas”, explica o frei Xavier Plassat, coordenador da campanha contra o trabalho escravo da CPT.



A segunda atividade que mais concentrou casos de trabalho análogo à escravidão em 2008 foi a produção de carvão, que respondeu a 17% do total. Segundo Plassat, esses casos são comuns nos arredores do pólo siderúrgico de Marabá, no Pará, onde o carvão é utilizado para a produção de ferro.



Pecuária é campeã de trabalho escravo no Brasil




Posted: 12 Jan 2009 10:12 AM CST



Amazônia concentra maior parte de casos de trabalho escravo no Brasil

Atividades econômicas que destroem floresta estão ligadas ao crime. Pará, Mato Grosso e Maranhão são estados mais afetados pelo problema.



Eles não vivem presos a correntes, não são transportados em navios féditos e nem são vendidos em mercados, mas são considerados escravos. Muitos trabalhadores brasileiros ainda são chamados assim porque bebem água suja, dormem em alojamentos superlotados, são obrigados a comprar equipamentos de trabalho e muitas vezes não podem deixar o emprego porque têm dívidas com patrão. E a maior parte desses casos acontece na Amazônia.



Libertado da escravidão exibe lesões ocasionadas pelo trabalho e mostra água suja que era obrigado a beber. (Foto: Leonardo Sakamoto/Repórter Brasil)



Segundo o último cadastro de empregadores que utilizaram mão-de-obra escrava divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 66% dos flagrantes do crime ocorreram em estados pertencentes à Amazônia Legal, região que abrange Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão. O cadastro, divulgado semestralmente pelo governo desde 2003, é conhecido popularmente como “lista suja” e reúne 201 nomes de fazendeiros e de empresas.



De acordo com dados levantados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), 51% dos casos de trabalho escravo ocorridos em 2008 estavam ligados à pecuária. “Os trabalhadores [encontrados nessa situação] fazem limpeza e manutenção dos pastos, além de instalarem cercas”, explica o frei Xavier Plassat, coordenador da campanha contra o trabalho escravo da CPT.



A segunda atividade que mais concentrou casos de trabalho análogo à escravidão em 2008 foi a produção de carvão, que respondeu a 17% do total. Segundo Plassat, esses casos são comuns nos arredores do pólo siderúrgico de Marabá, no Pará, onde o carvão é utilizado para a produção de ferro.




8 Jan 2009 17:21:48

Ajudem a divulgar :)----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------




Jornada de luta



Pelo fim imediato do massacre em Gaza



Mais de 50 instituições brasileiras e árabe-brasileiras convocam a

população a unir forças

para os atos em solidariedade ao povo palestino que acontecerão esta

semana na cidade de São Paulo.



Desde 27 de dezembro de 2008, os ataques pelo Governo de Israel à

população palestina de Gaza deixaram um saldo superior a 700 mortos e 3

mil feridos. É o maior ataque perpetrado pelo Estado sionista aos

territórios ocupados dos últimos 40 anos.



Toda a infra-estrutura local foi destruída, agravando a crise

humanitária da região. Seus 1,5 milhão de habitantes há mais de 18 meses

enfrentam o bloqueio imposto pelo Estado sionista, que torna essa faixa

uma prisão a céu aberto.



Por uma Palestina livre, independente e soberana já!



--



Atos em São Paulo



"Sapatada na invasão"



Sexta-feira, 9 de janeiro, às 14h30 em frente ao MASP na Av. Paulista



Ato público



Domingo, 11 de janeiro, às 10h no Vão livre do MASP
6 Jan 2009 14:34:48

Alessandro Buzo disponibiliza livro grátis na Internet.


O livro "Pelas Periferias do Brasil - VOL II" ganhou em novembro no Rio de Janeiro, o Prêmio Hutúz 2008, na categoria "Ciência e Conhecimento".

E para comemorar, o organizador da obra, escritor Alessandro Buzo (o livro tem 17 autores de 7 estados), simplesmente disponibilizou a obra de "graça" na internet, acesse e confira, leia, avise os amigos...........

Literatura de graça, a gente vê por aqui !!!!!

Suburbano Convicto Produções



Get your own - Open publication



Clique para ampliar, leia o livro "Pelas Periferias do Brasil - VOL II"

De gratis !!!!!!



Primeiro "Encontro com o Autor" de 2009, traz Guilherme Azevedo

O "Encontro com o Autor" acontece uma vez por mês na Loja Suburbano Convicto (do escritor Alessandro Buzo) que fica no Itaim Paulista.

O principal motivo desse evento existir é diminuir a distancia entre escritores e poetas e o povo da periferia.

2009 chegou e no ultimo dia de janeiro, nosso convidado é o escritor e jornalista Guilherme Azevedo, autor de "As Aventuras de Alencar Almeida".

Não deixe de prestigiar, vamos juntos fazer acontecer a literatura na periferia.


Guilherme Azevedo dia 31 no Itaim Paulista




suburbanoconvicto@hotmail.com
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4 Jan 2009 10:58:36
Bolas de semente